ANÁLISE CRÍTICO-REFLEXIVA DA REFORMA DO ENSINO MÉDIO: O ENSINO DE GEOGRAFIA EM QUESTÃO
Item
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Título
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ANÁLISE CRÍTICO-REFLEXIVA DA REFORMA DO ENSINO MÉDIO: O ENSINO DE GEOGRAFIA EM QUESTÃO
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Revista de Ensino de Geografia
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UnB
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Autor
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Alcinéia de Souza Silva
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Hugo de Carvalho Sobrinho
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Cristina Maria Costa Leite
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Assunto
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Análise crítica
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ensino
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ensino médio
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Abstract
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O objetivo deste artigo é apontar algumas reflexões sobre o fim da obrigatoriedade do ensino
de Geografia no Ensino Médio e as suas implicações no processo de formação crítica,
intelectual e cidadã do estudante. A partir de revisão literária que versa sobre o papel da
Geografia no âmbito escolar e da análise crítica da Lei n.o 13.415, de 16 de fevereiro de 2017,
que aprova a reforma na última etapa da Educação Básica, busca-se discorrer acerca do
processo verticalizado da implementação da referida norma, assim como da relevância desta
área do conhecimento na composição do núcleo comum, de cunho obrigatório nos três anos
do Ensino Médio. Procura-se ainda provocar uma reflexão sobre o contexto de sérios ataques
à democracia brasileira por meio de medidas de caráter essencialmente neoliberais
implantadas nos últimos tempos, cuja repercussão compromete a oferta da educação pública,
gratuita e de qualidade. Pela perspectiva dialética, essa discussão abrange os principais pontos
instituídos, como a integralização do ensino e condições reais da escola; a composição do
novo currículo para o Ensino Médio e a posição secundária dada a algumas áreas do
conhecimento, a exemplo da Geografia; a primazia concedida à educação técnica no tocante à
carga horária; e, as regalias para a atuação de profissionais (com notório saber) e a
desvalorização aos profissionais do magistério. O trabalho defende a oferta obrigatória da
Geografia, visto que o reconhecimento das espacialidades dos fenômenos, o conhecimento do
mundo, a construção da cidadania e a compreensão das inextrincáveis realidades sociais
contemporâneas, se devem aos seus atributos por meio dos temas e das categorias geográficas.
Nesses raciocínios, acredita-se numa educação que contemple a formação humana e não a que
se apropria do aluno como capital humano para fomentar o desenvolvimento capitalista.
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volume
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8
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issue
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14
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Páginas
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13
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Date
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2017
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Língua
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pt