TURISMO ÉTNICO QUILOMBOLA: EQUILI-BRANDO-SE ENTRE “MODERNIDADE” E “TRADIÇÃO”
Item
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Título
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TURISMO ÉTNICO QUILOMBOLA: EQUILI-BRANDO-SE ENTRE “MODERNIDADE” E “TRADIÇÃO”
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GEOPUC
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PUC-RJ
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Autor
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Rodrigo Penna-Firme
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Assunto
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Quilombo
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Unidades de Conservação
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cultura
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política
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Abstract
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Com base em pesquisa etnográfica realizada no Cambury, uma pequena vila rural situada dentro de uma unidade de conservação da natureza (UC), em Ubatuba, São Paulo (Brasil), este artigo ilustra algumas vantagens e desvanta-gens associadas ao uso da identidade étnica quilombola tanto como uma arma legítima para a busca dos direitos humanos e constitucionais e como uma estratégia de de-senvolvimento utilitarista. Novos e renovados usos da ‘negritude urbana’ e da identidade quilombola rural, com-binando elementos de tradição e modernidade, estão sur-gindo na medida em que demandas mercadológicas de turismo étnico em ‘territórios tradicionais’ e em UCs con-tinuam a crescer. Em função desta nova geografia, argu-menta-se que, apesar das melhorias inegáveis na autoesti-ma dos quilombolas, da melhoria de renda e do acesso à propriedade da terra, em comparação com indivíduos que não se identificam como quilombolas, a utilização dessa identidade étnica híbrida, especialmente no contexto da conservação da natureza, pode produzir con-sequências positivas e negativas para essas pessoas a longo prazo, assim como sinergias e/ou retrocessos na compatibilização da con-servação da natureza e do desenvolvimento humano. Nesse sentido, políticas multicultu-rais, ambientais e de combate à pobreza pre-cisam ser formuladas conjuntamente consi-derando-se essas dinâmicas.
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Date
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2013