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Título
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LUGARES, REGIÕES, FRONTEIRAS E PAISAGENS SUL-MATO-GROSSENSES NAS ARTES PLÁSTICAS: O ARTISTA COMO UM GEOVISUALOCALIZADOR DESSE LUGAR
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ENTRE-LUGAR
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UFMS
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Autor
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Marcos Antônio Bessa-Oliveira
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Edgar Cézar Nolasco
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Assunto
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Mato Grosso do Sul
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artes plásticas
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artista
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conceitos
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lugar
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Abstract
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Quero tentar pensar os conceitos de lugar, região, fronteira, paisagem e geovisualocalização, elencados no título deste meu trabalho, não apenas como tais conceitos que são, posto que, como observara Jacques Derrida em Mal de arquivo: uma impressão freudiana, por mais que eu os conceitue criticamente, eles não serão abordados em todas as suas totalidades. Portanto, quero também dar-lhes uma “fotografia”, como retrato de alguma coisa mesmo, de paisagens, para pensar alguns trabalhos artísticos e os seus artistas sul-mato-grossenses. Pensando neste lugar artístico-cultural – fronteiriço entre o estado de Mato Grosso do Sul, a República do Paraguai e a Bolívia – como um lugar privilegiado geograficamente, na região central da América do Sul para produzir. Nesse sentido, convém esclarecer que minhas leituras basear-se-ão nos estudos feitos por Jacques Derrida, no já referido livro Mal de arquivo; em Silviano Santiago, principalmente no livro O cosmopolitismo do pobre, com seus estudos sobre os centros e periferias da cultura brasileira; e, por se tratar de um estudo que pretende dialogar com questões geográficas, valer-me-ei também de Cássio Eduardo Viana Hissa nos livros A mobilidade das fronteiras e Saberes ambientais, onde, no primeiro, o autor trata de questões pertinentes a limites e fronteiras, lugares e regiões etc, e, já no segundo livro, em textos por ele organizados, propõe discussões alentadas sobre o saber disciplinar e o meio ambiente. Além de Homi K. Bhabha com seu posicionamento pós-colonialista – principalmente no tocante à Nação como narração – que favorece minhas leituras sobre o locus latino-americano; Alberto Moreiras e outros que se fizerem necessários. Considerando as possíveis relações de vizinhanças entre o Mato Grosso do Sul, a República do Paraguai e a Bolívia, quero tentar geovisualocalizar de qual lugar os artistas sul-mato-grossenses estão pensando suas paisagens artísticas sobre esse lugar oeste-central do Brasil. Busco esse reconhecimento considerando possibilidades que, como salienta Santiago, grosso modo, o latino-americano sempre está voltando-se para os grandes centros em busca de um cosmopolitismo sonhado. Ou seja, pensando do meu lugar específico, o brasileiro está sempre buscando referências culturais nos países do outro lado do Atlântico e nunca olha para dentro de si, voltando-se primeiro para pensar sua cultura e depois buscar a do outro. Considero ainda como outra possibilidade de pensar esta paisagem no artista sul-mato-grossense, assentado desses lugares artístico-conceituais, levando em consideração as proposições de Beatriz Sarlo – no livro Cenas da vida pós-moderna – quando afirma que os shoppings centers contemporâneos são mini-cidades cosmopolitas dentro das grandes cidades nacionais. Posto isso, penso, quero vir a compreender, ou ao menos pensar mais claramente, qual é a relação, ou relações, entre centro e periferia estabelecidas pelos artistas plásticos do estado de Mato Grosso do Sul e os dois países fronteiriços a ele? Qual é a diferença entre o mundo miniaturizado que vive por debaixo das arraias pantaneiras de Manoel de Barros e os shoppings das cidades cosmopolitas?
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volume
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2
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issue
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4
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Páginas
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151-179
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Date
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2011
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Língua
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pt
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doi
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10.30612/el.v2i4.879
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issn
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2177-7829
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título curto
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LUGARES, REGIÕES, FRONTEIRAS E PAISAGENS SUL-MATO-GROSSENSES NAS ARTES PLÁSTICAS
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Rights
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Direitos autorais