FLORESTA, PARA QUE TE QUERO? DA TERRITORIALIZAÇÃO CAMPONESA A NOVA TERRITORIALIDADE DO CAPITAL

Item

Título
FLORESTA, PARA QUE TE QUERO? DA TERRITORIALIZAÇÃO CAMPONESA A NOVA TERRITORIALIDADE DO CAPITAL
REVISTA NERA
UFAC
UFAC
Autor
Elder Andrade de Paula
Sílvio Simione da Silva
Assunto
Amazônia.
assentamentos
floresta
regularização fundiária
uso do território
Abstract
Nas últimas três décadas do século XX, no Acre e áreas circunvizinhas, foram marcadas pela luta sociais na disputa por terras de trabalho, perante retomada da terra de negócios no âmbito da fronteira amazônica. A transferência do domínio privado do seringal para fazendeiros mexia com as condições de territorialização camponesa. Esse processo de lutas e disputas socioterritoriais passa a ser fortemente influenciado pelo ambientalismo a partir da década de 1980. As políticas e estratégias adotadas pelo Estado no sentido de amenizar os conflitos, produziram quatro modalidades distintas de regularização fundiária: a) assentamentos agrícolas; b) assentamentos agroextrativistas; c) assentamentos agroflorestais; d) unidades de conservação. Neste trabalho estamos buscando analisar as peculiaridades desse “arranjo” perante a seguinte indagação: qual o significado da incorporação de parte das demandas do campesinato e das bandeiras dos movimentos ambientalistas no reordenamento da estrutura fundiária e nas formas de uso da terra nessa porção do território amazônico? A nossa conclusão é a de que há sim formas de promoção de acesso a terra de trabalho, mas também de geração de mecanismos de espoliação e expropriação que mantém a lógica destrutiva e predatória do capital intocadas.
issue
12
Páginas
86-97
Date
2008
Língua
pt
issn
1806-6755
título curto
FLORESTA, PARA QUE TE QUERO?
Rights
Direitos autorais
Coleções
Revista Nera