MARIA GERALDA DE ALMEIDA

Item

Título
MARIA GERALDA DE ALMEIDA
Nome Completo
MARIA GERALDA DE ALMEIDA
Nascimento
1948
Falecimento
19 de março de 2022
História de Vida
EU, MARIA GERALDA DE ALMEIDA

Nasci em 1948, no norte de Minas Gerais, num local que se chama Fernão Dias (povoado), distrito de Brasília de Minas. Uma região considerada do Polígono das secas, área da Sudene. Os meus pais moravam numa fazenda desse município. Minha família era de pessoas que tinham terras, fazendeiros, meu avô era uma liderança política, foi prefeito neste município. Tinha grande influência na região devido ao poder econômico que possuía, além de ser muito bem relacionado com os governadores de Minas Gerais.
Estudei em Montes Claros (MG) e fiz o primeiro ano do ensino superior na Faculdade de Filosofia e Letras de Montes Claros, posteriormente transformada na Unimontes e, atualmente ela é uma instituição estadual. No segundo ano eu e mais duas colegas pedimos transferência para a UFMG, por termos interesse em fazer um curso diferenciado e contarmos com o apoio do geógrafo prof. Davi Márcio Rodrigues; ele nos incentivou a transferirmos e fomos aceitas na UFMG. Fiz a licenciatura e o bacharelado e também um curso de licenciatura concentrada que era um acordo entre o Brasil e os Estados Unidos da América para formar professores para trabalhar em novas escolas de melhor padrão de ensino, consideradas como modelo chamadas Polivalente. O ingresso no curso foi mediante um processo seletivo e como fiquei bem classificada permaneci trabalhando em Belo Horizonte depois de concluído este curso.
Atualmente sou aposentada mas, continuo, desta feita vinculada ao Programa de Docente Voluntária na UFG (Universidade Federal de Goiás onde ingressei primeiramente como professora visitante e, no ano seguinte, fiz um concurso para professor titular de Geografia Cultural e Turismo; antes fui docente na Universidade Federal do Ceará, de 1987 até 1998 e como professora efetiva, na Universidade Federal de Sergipe, onde fui visitante, e na Universidade Federal do Acre-Ufac, e comecei de fato a carreira no ensino superior, de 1978 a 1981.Estudar na França, cuja geografia era apresentada como relevante para nós, as vindas de professores franceses nos congressos passou a ser um sonho e arrisquei a tentar uma bolsa pela Embaixada da França no Brasil.Também, ressalto que o fato de Osvaldo Amorim Bueno Filho, estudante em Geografia na UFMG ter ido para França e ter me incentivado a pedir a bolsa de estudos foi um incentivo maior. Pedi demissão da UFAC para fazer o mestrado e o doutorado quando ganhei a bolsa do governo francês, que no ensino de pos-graduação francês correspondia ao DEA e o Doctorat de Troisieme Cycle, na Université de Bordeaux III, no Laboratoire de Géographie Tropicale em Bordeaux.. Meu doutorado foi em Geografia Tropical, concluido em 1985. Em minha tese analisei “ Experiences de colonisation rurale dans l´état d ´Acre, en Amazonie Bresiliènne”, abordando a questão da terra e as lutas e conflitos dos seringueiros face aos pecuaristas que chegavam a partir de 1970.

Quero dizer que trabalhando sempre em universidades federais, tive o privilégio de percorrer algumas regiões brasileiras: No Norte, no Nordeste e atualmente estou no Centro-oeste em universidades distintas e o contexto no qual elas estavam foi importante para a minha construção como geógrafa. No Acre, era uma geografia que estava começando, com 70% de professores de outros estados o que propiciou abordagens e concepções diferenciadas para os alunos. Além disso, nós tivemos um envolvimento intenso, nós, professores da Ufac, em movimentos em defesa do meio ambiente, no qual fazíamos palestras e encontros com os seringueiros, convivíamos com eles. E, movimentos sociais, apoiando aqueles que lutavam pelos direitos a moradia, a educação e saúde, atuando junto à Pastoral da Terra. Quando fui para Sergipe, em 1985 já não tinha mais este tipo de preocupação, era outro, mais as identidades culturais no espaço rural. No Ceará me envolvi particularmente com a AGB, que possuía figuras de destaque nacional como o José Borzacchiello da Silva, Vanda Claudino Sales e Maria Clelia Lustosa; fui da diretoria da AGB e integrei cargos e várias comissões da mesma. Estávamos envolvidos com as discussões da Constituinte. Atualmente, desde 2018 estou como pesquisadora sênior na Universidade Federal do Amapá, no projeto Procad/Amazonia. Edital Nº 21/2018. “Construções de Estratégias de Desenvolvimento Regional e as Dinâmicas Territoriais do Amapá e Tocantins: 30 anos de desigualdades e complementaridades” MDR/UNIFAP. .Particularmente, desenvolvo a pesquisa ´”Povos subalternos nos territórios delimitados pelo governo federal no Amapá e presenças nos planos de desenvolvimento estadual”
Ressalto que tenho orgulho e satisfação pessoal de ter iniciado minha vida acadêmica ,em uma universidade pública no Acre/Amazônia e, quando caminho para encerra-la retorno novamente a esta região, no estado do Amapá.

DESTAQUES NO INSTITUTO DE ESTUDOS SOCIO-AMBIENTAIS IESA
DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, DESDE 1998.

-participação da fundação do Laboratório dos Estudos e Pesquisas das Dinâmicas Territoriais- Laboter
- contribuição na criação da revista A2- Ateliê Geográfico.
- organização de 19 livros geográficos .
- autoria de um livro.
- organização de uma cartilha para Moçambique.
-..organização de 2 cartilhas para os Quilombolas- Kalunga.
- coordenação de 11-projetos de pesquisa
- primeira professora da Geografia-Iesa a coordenar projetos de pesquisa e extensão nos Quilombolas- Kalunga
-primeira professora de Geografia-Iesa a pesquisar sobre as festas populares no estado de Goiás
- primeira professora Geografia-Iesa a ter um livro, “ Tantos Cerrados” , citado no concurso nacional do Enem.
- primeira professora Geografia -Iesa a ser presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação em Geografia. 2009-2011.

DOCÊNCIA NO EXTERIOR

Université de Quebec à Montreal (2003)
Universidad Autónoma Metropolitana do México, UAM, México (2012),
Universidad Autónoma del Estado de México, UAEM, México. (2012)
Universidad Nacional de Cuyo, UNCuyo, Argentina (2013).
Universidad de Caldas – Colombia ( 2015 a atual orientação e aulas)
Universidad de Guajira- Colombia (2018 e 2020)

PERTENCIMENTO A REDES

Participa das seguintes redes: NEER- Núcleo de Estudos sobre Espaço e Representações. 18 pesquisadores de 12 instituições brasileiras.
RETEC- Red internacional de estúdios de território y cultura.- Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, França, México, Peru,Venezuela
RELISDETUR- Red latinoamericana de innvestigadores em desarrollo y turismo- Argentina, Brasil, Chile,Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México.
RIEF - Red Internacional de Investigadores en Estudios de Fiesta, Nación y Cultura. RIEF-. Una Red con más de 150 investigadores de varias naciones.
GI-1871: Grupo de Investigación de Análises Territorial, da universidad de Santiago de Compostela-Espanha.

REFLEXÕES SOBRE A GEOGRAFIA NO BRASIL E NO MUNDO

Entrevista de Maria Geralda de Almeida concedida a Claudio Benito O.Ferraz, Flaviana G, Nunes e Edvaldo C. Moretti.
Entre-Lugar, Dourados, MS, ano 2, n. 3, 1º semestre de 2011 Universidade Federal da Grande Dourados, p. 170- 178
Atualizada em setembro de 2020

E-L: Os pensadores que considera como importantes para a sua concepção de Geografia? MG: Paul Claval, para mim, é uma referência pela opção de abordagem que tenho - que é pela geografia cultural. Depois dele tem o Denis Cosgrove, geógrafo inglês que faleceu jovem, porém, deixou como legado uma forma de abordar a geografia cultural com uma visão mais crítica, mais reflexiva, centrada na categoria da paisagem. Ainda no campo dos geógrafos que não são brasileiros, têm alguns geógrafos portugueses que considero importantes, como é o caso da professora Ana Francisca Azevedo e do professor João Pimenta, que fazem uma leitura crítica do processo de colonialismo e pós-colonialismo. Estou falando dentro do contexto da geografia ou da abordagem da geografia cultural, mas, logicamente, que não podemos desconsiderar que a geografia brasileira é muito influenciada por Milton Santos; ele conseguiu dar um enfoque inovador para o pensamento geográfico projetando o Brasil e o considero muito importante na geografia de modo geral.

E-L: Como analisa a evolução do pensamento geográfico brasileiro a partir dos anos 70 do século XX? MG: Essa evolução melhor que seja analisada no interior do que Renato Ortiz denomina de mundialização e também no contexto das mudanças ocorridas no meio técnico-científico-informacional. Nos anos 70 vamos ter a agudização dos conflitos ideológicos em decorrência da Ditadura Militar e o início do processo de abertura que, para nós Geógrafos, terá o congresso de Fortaleza em 1978 como marco. Ali se expressará com mais força, uma geografia em prol de uma abordagem mais crítica, alimentada pela corrente marxista, contra as posturas de certos geógrafos atuando no planejamento, trabalhando em órgãos governamentais e possuíam uma abordagem quantitativa da geografia. Muitos dizem que a partir daí se estabelece uma crise, mas não sei se a palavra é crise; diria que os geógrafos tomaram consciência do contexto político e assumiram uma postura mais comprometida com as necessidades dos desfavorecidos socialmente. Vejo uma diferença entre esse momento de crítica e o que foi se desdobrando ao longo dos anos 80 e 90, ou seja, o caráter combativo, crítico e politizado que, todavia, foi-se reduzindo no século XXI. Teria certa dificuldade para falar que nós continuamos combativos, que nós continuamos preocupados com os problemas mundiais e se nós estaríamos nos posicionando de forma engajada com as necessidades fundamentais da sociedade diante dos conflitos e crises ambientais, urbanos e dos problemas sociais de modo geral. Penso que é emblemático o que aconteceu nos anos 80, notadamente no interior da AGB, quando se desenvolveu uma crítica muito grande ao que se fazia e ao que se pensava enquanto geografia vinculada aos interesses hegemônicos articulados pelo Estado. Contudo, iniciando no inicio dos anos 80 com o desgaste da Ditadura Militar, e de quase todas as ditaduras latino-americanas, paralelo ao processo de redemocratização social, o qual acabou em grande parte cooptado pelas novas forças e arranjos capitalistas articulados globalmente, isso com certeza influenciou no enfraquecimento do movimento sindical e das organizações sociais. A partir daí, a geografia que vem sendo construída, nos anos 90, desemboca na atual. Penso que existe uma visão de mundo atrelada a um novo enfoque. Onde foram parar aqueles geógrafos militantes e que tinham comprometimento com os problemas da sociedade? A geografia que mudou ou foi nós geógrafos que mudamos a nossa forma de pensar e isso reflete na geografia que estamos fazendo? Vejo que a AGB tinha um papel muito grande, intenso no convite e atuar nesse campo de militância do geógrafo. Contudo, ela mudou, gradualmente, o perfil. Lá na AGB é onde havia os embates, havia, também, os conflitos, as contradições. Penso que a AGB deixou de fazer um pouco o estimulo ao geógrafo militante e a geografia-ação.

E-L: Como interpreta a geografia cultural nos demais países, e a brasileira neste contexto? MG: A partir de minha experiência no mestrado e doutorado, percebia a geografia na França refletindo as experiências dos franceses nos países tropicais e como eles se preocupavam em buscar procedimentos para lidar com esta realidade. Depois disso, voltei novamente a França para fazer um pós- -doutorado na geografia cultural, com Augustin Berque, que já tinha uma experiência com o Japão. Nesse outro momento identifiquei a prática de uma geografia cultural ocidental com base em uma filosofia oriental que tentava ler o mundo; e, no meu caso, ver o Brasil, um país tropical, sem uma raiz própria uma vez que havíamos construído a nossa geografia com influências da geografia francesa. Este contato com o professor Berque foi interessante para eu começar a desenvolver uma geografia sensível.
Como geógrafa brasileira, tinha facilidade para com esta geografia, mas não me restringi a apenas este contato, pois também tive experiência com Maximo Quaini, na Itália, onde passei um tempo do pós-doutorado. Ele fazia um humanismo marxista. Valorizava muito o romper com aquele marxismo mais ortodoxo e colocara o homem com um interlocutor importante para estabelecer aquela leitura da desigualdade, das contradições que ele destacava pela leitura marxista. Ele dizia que se não for pelo homem, entendendo e reconhecendo o homem nas dimensões sociais, econômicas, culturais e psicológicas impossível entender as contradições que vivenciamos. Isso se adequava muito bem ao que eu identificava como fruto de mudanças ocorridas com a geografia brasileira ao longo dos anos 80 e 90 do século passado. Porém, era um olhar geográfico que surgia sobre o homem produtor, consumidor e, apoiando um Estado planejador.

A minha ida para o Canadá abriu uma outra perspectiva. Percebi que os canadenses tinham transposto a geografia francesa para o Quebec, como nós brasileiros também fizemos na criação dos primeiros cursos de geografia. Mas, eles estabeleceram uma conexão com a geografia norte-americana, de caráter mais tecnicista e pragmático.e procuraram fazer esta interlocução. A experiência de exercitar essas técnicas serviu para fundamentar estudos de natureza cultural, no caso a discussão dos referenciais de identidade e região discutindo a migração mas recente dos ingleses para o Canadá; e, como a cultura inglesa se situava perante os quebequenses, que eram franceses em suas raízes. Penso que foi rica essa forma deles procurarem fazer uma geografia própria, de Quebec, estabelecendo este diálogo com outras escolas geográficas, se abrir para acolher métodos, abordagens, categorias adequando-os nos estudos culturais do Canadá. Isso pode ser um importante exemplo para a geografia cultural brasileira.

Quanto à América Latina, tenho participado da grande maioria dos Encontros da Geografia da América Latina (EGAL). É notório, que os brasileiros prevalecem nesses encontros. Há mesmo uma brincadeira sobre isso, que são brasileiros que saem do Brasil para assistirem brasileiros em outros países (risos). Somos vistos como um país que conseguiu implantar a geografia nas instituições e ganhar credibilidade, comparando com os demais países temos uma grande quantidade de cursos de pós-graduações em várias universidades. Com exceção da Argentina, México e Cuba, nos demais países praticamente não existe uma oferta diversificada de pós-graduação em geografia. Nesse sentido, segundo eles, a geografia brasileira aparece como imperialista.
Na leitura deles, nós temos uma supremacia, devido à quantidade de cursos de pós-graduação espalhada pelo território nacional. O fato é que possuímos 114 cursos de pós-graduação (Mestrado- 72); Mestrado Profissional - 5, e Doutorado- 37, dados da Capes, 2020), uma qualidade na nossa produção e uma projeção internacional para a geografia, que eles não têm. Essa é a diferença que vejo. O Milton Santos tornou-se uma referência em toda a América Latina, mas, já no século XXI outros brasileiros já possuem livros traduzidos para o espanhol como Rogerio Haesbaert “O Mito da Desterritorialização: do 'fim dos territórios' à multiterritorialidade" (edição espanhola por Siglo XXI Editores, México), e Carlos Walter Porto-Goncalves. ( Geo-grafías: Movimientos sociales, nuevas territorialidades y sustentabilidade. Siglo XXI, Editores, ,México, 2001).

E-L: Como entende a distância entre a geografia universitária no Brasil comparando-a com a praticada no ensino básico? MG: Bem. O que é hoje a universidade Brasileira? Vamos refletir: o que passou a ser solicitado da universidade e de nós professores universitários. Penso que a universidade não dialogou muito com o ensino básico para saber hoje os órgãos responsáveis pelo ensino superior cobram mais do professor uma produção do que uma qualidade no envolvimento com a educação, o ensino e a sociedade. O que está sendo solicitado da universidade é que ela produza e, ao considerar isso, vejo que ela muda, um pouco, o seu foco. Passa de uma função, que seria preocupar-se em levar o conhecimento e promover a formação da sociedade, isto é, de uma função social, para uma instituição, se assim posso dizer, mercadológica. Fazendo isso, a universidade adentra numa crise, ela perde aquela força de socialização ampla do conhecimento e põe o foco em outra questão, de uma especialização em prol do retorno econômico e técnico dos seus produtos. A Universidade está distante do Ensino Básico fundamental e médio no que ela ensina, como ensina formando licenciados.
Nós criticamos esse Ensino Básico. Contudo, quem está trabalhando nele são aqueles egressos da universidade; quando os profissionais recém formados nos cursos de licenciaturas chegam ao Ensino Básico, em sua grande maioria tem dificuldade em colocar em prática o aprendizado universitário para o magistério nas escolas; ele não consegue reproduzir o aprendido, o que, a princípio, é o desejado. Também, há a considerar nesta crítica é se há essa distância entre a formação no ensino superior e o praticado na sala de aula do ensino básico, deve-se a universidade ter desvalorizado a licenciatura e eleger a formação de mão de obra especializada, formar profissionais com melhores salários que os professores no mercado de trabalho. Não é exatamente aquilo que se pretende com a formação do educador, esse ficou em segundo plano.

E-L: Com a geografia pode contribuir para pensar a questão da identidade? MG: A identidade não é uma categoria geográfica especificamente, mas pode ser empregada geograficamente a partir do instante que a identidade permite uma leitura dos homens e dos espaços. Ao falar do espaço, estou me referindo a identidade territorial. Não creio que a geografia, de modo geral, tenha esse interesse em discutir a identidade, seria uma abordagem mais particular, que seria esta da geografia cultural. Ao fazer esta discussão, a geografia precisa se associar a outras ciências: antropologia, sociologia, história etc., o que torna o estudo ou a aplicação do conceito de identidade bastante complexo. A abordagem da geografia cultural não tem o propósito de discutir a categoria pela categoria, mas sim aplicar para entender e explicar melhor o espaço produzido e significado pelas relações humanas, de como os homens se identificam com os lugares. Discutir identidade é muito instigante para você conhecer e interpretar melhor o que é o território, a região, o lugar levando em consideração como um determinado grupo social, povo, gente se vincula, se associa com aquele espaço. Essa forma de criar o laço espaço- homem, diz muito de como nós nos sentimos naquele espaço. . É o caso, por exemplo, do trabalho do Robinson S. Pinheiro , no qual o autor faz uma discussão da identidade a partir de uma leitura que apresenta da produção literária regional, fazendo uso desta literatura como um veículo que expressa a complexidade dos processos identitários no Mato Grosso do Sul. Enfim, penso que mais que a geografia contribuir para pensar a questão da identidade , é a identidade que auxilia na compreensão espacial e da ciência geográfica. 1 A entrevistada está fazendo referência ao trabalho de Robinson Santos Pinheiro: Geografia e Literatura: Diálogo em torno da Construção da Identidade Territorial Sul-Mato-Grossense. Dissertação de mestrado, sob orientação do Prof. Dr. Cláudio Benito O. Ferraz, defendida junto ao Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul em abril de 2010

E-L: Como presidenta da ANPEGE no biênio 2009-2011, como entende o papel dessa entidade para a formação do pensamento geográfico brasileiro? MG: A ANPEGE é uma entidade diferente da AGB. Uma entidade que não mais tem o ímpeto do trabalho do geógrafo militante politicamente, porque já espera que ele venha com essa militância praticada em outras instâncias. Penso que a ANPEGE, hoje, tem uma respeitabilidade que é importante, considerando que ela já tem mais de dez anos de existência, desde 1992. Então, é uma entidade que representa mais de 40 programas de pós-graduações, sendo 18 programas de doutorado e que tem essa preocupação de discutir o que é a formação e o papel do pesquisador.
Vejo com muita seriedade e muita responsabilidade estar diante de uma entidade que tem um perfil deste. Entendo que a entidade, em si, já configura como um mecanismo de visibilidade do que é feito nos programas, quando ela tem voz ativa na escolha de representantes que estão na CAPES no CNPQ e é chamada para opinar sobre assuntos que dizem respeito a produção científica do geógrafo. Espero que a entidade continue fazendo este papel, que ela não seja apenas ilustrativa, mas que seja ativa na ajuda da construção do que é a geografia. Vocês acreditam nisso? (risos).

E-L: Quais seriam os principais desafios da produção científica brasileira hoje, mais especificamente a geográfica? MG: Já mencionei aqui a importância que tem sido atribuída ao caráter produtivista no interior da universidade. Quando disse isso queria me referir a uma produção é considerada como um passaporte para o professor ser convidado para ser docente na Pós-Graduação, ter visibilidade ao ter publicações de destaque, participações em mesas de congressos etc.. Com isso, levou-se a uma proliferação de revistas. Revistas que nem sempre são da qualidade desejada. Estou fazendo uma crítica ao que se espera do profissional pesquisador e também de como ele se sente diante de ter que produzir para conseguir o reconhecimento dos seus pares, ou a bolsa produtividade do CNPq; além disso, o preço dessa produtividade em relação ao tempo necessário para se fazer uma pesquisa com qualidade e profundidade. Esse tem sido um dilema para o professor pesquisador.

Diria que se tem produzido muito na geografia brasileira, impulsionada pela pressão da Capes aos cursos de Pós-Graduação. Contudo, não temos condição de avaliar e de conhecer o “todo” que está sendo produzido. As vezes tenho a impressão de que estamos publicando e produzindo sobretudo para o nosso público local.
. O envelhecimento da ideia pode ocorrer até sua publicação e, mesmo afetar essa finalidade da publicação, que eu entendo ser a interlocução, o debate entre o autor e aqueles que vão ler. Mas o momento é rico para a produção e como consequência para a geografia brasileira, basta ver a quantidade de livros que estão sendo publicados anualmente. As revistas com melhores qualis tornam-se mais criteriosas, o que concordo, e há prazos de até dois anos, entre a submissão do artigo, o aceite e a publicação.

Muito positivo vejo as revistas que tem surgido, cada programa de pós-graduação praticamente tem a sua. Mas, a minha crítica é, sobretudo, quanto a dificuldade de tempo para você ler e se inteirar sobre o que está sendo feito. As vezes nem todos têm conhecimento do conjunto maior das discussões que permeiam a geografia, a maioria se isola em sua especialização e apenas lê sobre aquilo que pesquisa. Isso é perigoso, em especial para um conhecimento amplo como o geográfico.

E-L: Fazendo uso de uma música interpretada por Mercedez Sosa: É possível o Sul?2 Explicando melhor, é possível um conhecimento filosófico e científico ser gestado a partir das condições periféricas ao sistema econômico e ter como característica ser alternativo ao pensamento dominante, no caso, oriundo ideologicamente do norte? MG: Boaventura de Souza Santos fala de uma epistemologia para o sul. Quando ele fala de uma epistemologia para o sul está respondendo a Mercedez Sosa. Concordo com ele ao criticar que nós ficamos muito ao sabor do que vem do hemisfério norte e estamos deixando que algumas vozes sejam esquecidas, marginalizadas; acredito que seja possível sim um pensamento oriundo dos saberes locais, baseando na nossa realidade e contradições. Acredito que esteja faltando fazer uma geografia mais nossa, uma geografia que contaria com nossos próprios referenciais. Contudo, prevalece a crença que somente a academia produz ciência e saberes e, nós desconsideramos outras formas e, ainda não estamos utilizando os saberes locais. O Boaventura quando fala dos saberes locais se refere ao fato que as universidades estão se distanciando de meio e voltando-se para os saberes oriundos do estrangeiro, do norte, dos de “fora”. Boaventura pergunta o inverso: por que não levar os saberes locais para dentro das universidades e tentarmos dialogar com eles? Aí vem aquela pergunta anterior, como tem sido nossa relação com o Ensino Básico? Nós formamos professores, mas não trazemos este professor de “lá” para “cá” depois que estão na prática, até mesmo para termos uma noção mais fundamentada entre aquilo que é ensinado nas universidades e como na prática (realidade) se deu. Isso é importante para que os professores revejam as suas práticas nas universidades. 2 ¿Será posible el sur? Letra de J. Boccanera e C. Porcel de Peralta. Interpretada por Mercedez Sosa no disco do mesmo nome. Philips da Argentina, 1984.

E-L: Diante dessa possibilidade, como você analisa o pensamento de Milton Santos. Ele está organicamente vinculado com esta possibilidade de um pensar enraizado na realidade periférica ou ele é um desdobrar do pensamento monopolizante que está se dando no sul? MG: Quando o Milton Santos escreveu o livro O trabalho do geógrafo no terceiro mundo, nota-se uma referência de autores de pensamento francês na obra dele, mas o seu discurso é focado para a realidade de um mundo então majoritariamente desconhecido pela Europa e as demais nações do norte dominante. Mas, se você observar o desdobrar do pensamento de Milton Santos, com o tempo sua obra se distancia disso; ele não fala mais neste geógrafo do hemisfério sul.
Milton Santos não tinha por hábito citar suas fontes; porém, quem o lê, e também faz a uma literatura de filósofos e sociólogos franceses identificam semelhanças dos pensamentos. Seriam possíveis influências? Pelo que percebi, lendo a obra do Milton Santos, algumas ideias similares constam tal como que em Foucault, ou como Guattari havia expressado em Cartografias do Desejo. É inegável a valiosa contribuição de Milton Santos ao nos trazer estes pensamentos que muito nos ajudou, a construir uma geografia com esse tom mais brasileiro. Entretanto, poucos geógrafos ousaram dialogar, contestar este grande geógrafo. Penso que os geógrafos brasileiros poderiam ter começado a se posicionar mais criticamente diante do seu pensamento. Também não vou culpar o Milton Santos por uma persistência institucionalizante de seu pensamento; o engessamento de qualquer pensamento é problemático para o processo de evolução do saber científico e filosófico. Não diria que Milton Santos chegou abraçar um pensamento monopolizante que estaria se dando no sul. Porém, tampouco era um critico e mesmo defensor de um pensar emergindo na periferia.

E-L: Estamos localizados, o curso de geografia da UFGD, numa área de fronteira. É possível pensar na produção de um saber científico geográfico a partir dessa condição fronteiriça? MG: Quando você me faz esta pergunta penso está se referindo a uma fronteira política/administrativa; diria que a fronteira é social e ela está onde nós a colocamos. Então, a fronteira sempre existe, ela existe por nós diante dos outros, e ela existe quando instauramos a relação sujeito/objeto. José de Souza Martins fala sobre isso, no livro dele sobre a Fronteira, de como nós nos situamos na fronteira ao estabelecermos a relação entre o “eu” e o “outro”. Penso que a produção geográfica deva ser mais universal, mas a partir do local; ela deve ser sempre pensada e concebida de modo a colaborar na leitura da realidade, ler o mundo e fazer com que cada sujeito reflita sobre este lugar, este local. Na minha opinião, a leitura que se faz aqui - uma geografia feita por esta fronteira – falando rapidamente, que pode ser uma fronteira, um encontro daqueles que chegaram para colonizar o Mato Grosso do Sul e uma população indígena que lá se encontrava. Uma geografia capaz de auxiliar na melhor interpretação dessa situação fronteiriça pode dar uma grande contribuição e avançar na reflexão de como ler tal dinâmica espacial por meio de seus conflitos e tensões. Nesse contexto, afluem elementos comuns a outras regiões, mas que aqui possuem sua singularidade, como as grandes áreas produtoras de soja, de cana, dos agronegócios e dos assentamentos. Eis aspectos locais que aparecem de outras formas no Brasil em áreas como Amazonas, Pará, Goiás etc. Uma geografia aqui produzida que pode ajudar a refletir sobre um Brasil singular, mas que é um Brasil que se reproduz também em outros locais. Há aqui um grupo que estaria refletindo sobre isso? Como os geógrafos daqui estão vendo e assumindo esta realidade e qual o papel que possuem na leitura e interpretação desta realidade? Será que aqui poderia ser um núcleo de uma geografia do pós-colonialismo?

E-L: Como a senhora entende os referenciais teóricos/metológicos que estão sendo praticados pela geografia brasileira de uma forma geral? MG: Até alguns anos atrás tínhamos um discurso que era aceito como único para fazer geografia, para esta ser considerada ciência. Isso mudou bastante e hoje interpreto que a geografia se enriquece com suas várias possibilidades de diálogos, os métodos que passaram a ser aplicados. Inclusive a geografia brasileira ganha uma respeitabilidade frente ao cenário da América Latina, da Europa etc. pois mostra que é uma geografia que evoluiu. Só para termos uma ideia, recentemente recebemos a visita de alguns geógrafos americanos, a partir de um convênio estabelecido entre a Universidade Federal de Goiás e a Universidade da Califórnia. Houve intercambio de estudantes. Ao chegarem na nossa universidade a preocupação deles era: “Vocês vão trabalhar com pesquisa qualitativa, não é?”. Estranhava a pergunta dizíamos: “Sempre trabalhamos com pesquisa qualitativa” e eles explicavam: “é porque nós não queremos aquela pesquisa voltada para a quantificação, modelos etc.”. Ou seja, eles estavam cansados do referencial único da geografia quantitativa e estavam procurando, algo que para eles era inovador e que para nós já estava consolidado. Quero dizer com este caso que a geografia, no instante que ela passa a usar de vários referenciais teóricos/metológicos e dialoga com outras perspectivas e análises, ela se enriquece; e isso a geografia brasileira soube aproveitar das várias influências que sofreu das demais escolas com as quais manteve contato.

LIVROS MARCANTES DA CARREIRA (OBRAS E REFERÊNCIAS)

1. ALMEIDA, M. G..(org.) Território de tradições e de festas. 1. ed. Curitiba: UFPR, 2018.
2. ALMEIDA, M. G.. GEOGRAFIA CULTURAL - UM MODO DE VER. 1. ed. Goiânia: Gráfica UFG, 2018. v. 1. 384p .
3. ALMEIDA, M. G.; SILVA, M. A. V. (Org.) ; TORRES, M. A. C. (Org.) ; D`ABADIA, M. I. V. (Org.) ; CURADO, J. G. T. (Org.) . Manifestações Religiosas Populares em Goiás: Atlas de festas católicas. 2. ed. Anápolis: UEG, 2018.
4. ALMEIDA, M. G.; CURADO, J. G. T. ; TEIXEIRA, M.F. ; MOTA, Rosiane Dias ; MARTINS, L. N. ; MOREIRA, J. F. R. ; SOUZA, A. F. G. ; LIMA, R. S. ; TORRES, R. P. A. ; BONJARDIM, S.G.M. . Atlas das celebrações : as festas dos ciclos junino e natalino em Goiás e Sergipe. 1. ed. Aracajú: Instituto Banese, 2016. v. 1. 92p .
5. ALMEIDA, M. G.; MOTA, R. D. (Org.) ; BRITO, E. P. (Org.) ; MACHANGUANA, C. A. (Org.) ; RIGONATO, Valney Dias (Org.) ; RIBEIRO, G. G. (Org.) ; SILVA, R. G. (Org.) ; SANTOS, S. A. (Org.) . Paisagens e Desenvolvimento Local: Imagens sobre Chibuto, Moçambique. 1. ed. Goiânia: Gráfica UFG, 2015. v. 1. 78p .
6. ALMEIDA, M. G.. O Território e a comunidade Kalunga: Quilombolas em diversos olhares. 1. . Goiânia: Gráfica UFG, 2015. v. 1. 329p .
7. DE ALMEIDA, MARIA GERALDA; RIGONATO, V. D. ; BRITO, E. P. ; MACHANGUANA ; ARGENTINA, I. . Aprendizado participativo em Chibuto-Gaza. 1. ed. Goiânia: Kelps, 2015. 56p .
8. CURADO, J. G. T. (Org.) ; BRETAS, I. F. (Org.) ; SILVA, M.A. (Org.) ; D`ABADIA, M. I. V. (Org.) ; ALMEIDA, M. G. (Org.) ; PAULA, M. V. (Org.) ; MOURA, M. R. P. (Org.) ; BARBOSA, Romero Ribeiro (Org.) ; MOTA, R. D. (Orgs.) . Atlas de festas populares de Goiás. 1. ed. goiania: Gráfica UFG, 2015. v. 1. 125p .
9. ALMEIDA, M. G.; ARRAIS, T. P. A. (Orgs.) . É geografia, é Paul Claval. 1. ed. Goiânia: UFG, 2013. 176p .
10. ALMEIDA, M. G.; MAIA, C. E. S. ; LIMA, L. N. M. (Orgs.). Manifestações do Catolicismo. 1. ed. Goiânia Goiás: LABOTER/FUNAPE, 2013. 998p .
11. ALMEIDA, M. G.; TEIXEIRA, Karla A. ; ARRAIS, T. P. A. (Orgs.) . Metrópoles: Teoria e pesquisa sobre a dinâmica metropolitana. 1. ed. Goiânia: Cânone, 2012. 152p .
12. COSTA, J. J. ; SANTOS, C. O.; SANTOS, M. A. ; ALMEIDA, M. G.; SOUZA, Rosemeri Melo e (Orgs.) . Questões geográficas em debate. 1. ed. Sao Cristóvão: UFS, 2012.
13. DE ALMEIDA, MARIA GERALDA. Trocas de saberes no Cerrado, valorização dos quintais, segurança alimentar e cidadania nas comunidades kalunga em Teresina de Goiás. 1. ed. Goiânia: IESA/FUNAPE/UFG, 2012. 31p .
14. ALMEIDA, M. G.; CRUZ, B. N. (Org.s) . Território e Cultura - inclusão e exclusão nas dinâmicas socioespaciais. Goiânia: CEGRAF-UFG, 2009. 256p .
15. ALMEIDA, M. G.. Territorialidades na América Latina. 1. ed. Goiânia: Cegraf UFG, 2009. 240p .
16. ALMEIDA, M. G.; CHAVEIRO, Eguimar Felício; BRAGA, Helaine da Costa (Orgs.) . Geografia e Cultura - os lugares da vida e a vida dos lugares. 1. ed. , 2008. v. 1. 313p .
17. ALMEIDA, M. G.. Tantos Cerrados: múltiplas abordagens sobre a biogeodiversidade e singularidade cultural. Goiânia: Vieira, 2005. 321p .
18. ALMEIDA, M. G.; RATTS, Alecsandro J P (Orgs.) . Geografia Leituras Culturais. Goiânia: Alternativa, 2003. v. 1500. 286p .
19. ALMEIDA, M. G.. Paradigmas do Turismo. 1. ed. Goiânia: Editora Alternativa, 2003. 176p .
20. ALMEIDA, M. G.. Abordagens Geográficas de Goiás: o natural e o social na contemporaneidade. CDU. ed. Goiânia: IESA - CEGRAF UFG, 2002. 260p

LINHAS DE PESQUISA

1. PESQUISA APLICADA EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE.
2. Turismo e Cultura em Geografia
3. Geografia, Cultura e Cerrado
4. Geografia das Manifestações Culturais
5. Geografia do Turismo

PROJETOS DE PESQUISA

2020 - Atual
Ruralidades e sinergias na Região Metropolitana de Goiânia (RMG) no século XXI
Descrição: De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (Brasil, 2010), a população total da Regiao Metropolitana de Goiania-RMG é de 2.173.141 habitantes dos quais 43.067 habitantes estão localizados em áreas rurais. Há contrastes na distribuição deles, que nos revelam um mundo rural bastante diversificado e específico da referida região metropolitana, na qual nos interessa analisar e conhecer as ruralidades presentificadas. Nesta pesquisa reiteramos o entendimento de que espaço rural não se define exclusivamente pela presença de atividade agrícola. É significativa a redução de pessoas ocupadas na agricultura, dado que se associa ao aumento do número de pessoas residentes no campo exercendo atividades não-agrícolas e ao aparecimento de uma camada relevante de pequenos agricultores que combinam a agricultura com outras fontes de rendimento. Neste estudo, nossa análise será voltada às ruralidades .A ruralidade compreendida como uma representação social, definida culturalmente por sujeitos sociais que desempenham atividades não homogêneas e que não estão necessariamente remetidas à produção agrícola. O rural e o urbano se complementam. O objetivo geral é compreender a dinâmica das ruralidades na Região Metropolitana de Goiânia (RMG) bem como o papel do Estado, do mercado e das sinergias no processo de produção do espaço metropolitano, no século XXI..
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.

2018 - Atual
Povos subalternos nos territórios delimitados pelo governo federal no Amapá e presenças nos planos de desenvolvimento estadual
Descrição: Este projeto foca os assentados, os negros e indígenas como povos subalternos adotando a concepção de Spivak (1998, p.12) para quem o termo subalterno descreve “as camadas mais baixas da sociedade constituídas pelos modos específicos de exclusão dos mercados, da representação política e legal, e da possibilidade de se tornarem membros plenos no estrato social dominante.”A concepção de subalternidade é, assim, uma leitura critica da sociedade, neste caso, do Amapá, estado brasileiro a ter todas as terras indígenas demarcadas. Na faixa de terras que se estende do estado do Amapá ao norte do Pará, há 8 terras indígenas demarcadas – sendo 7 homologadas – onde se distribuem, atualmente, 10 grupos indígenas Galibi Marworno, Palikur, Karipuna, Galibi do Oiapoque, Wajãpi, Aparai, Wayana, Tiriyó, Katxuyana e Zo’é. No caso da população negra o primeiro foco de povoamento essencialmente para o Amapá, com inclusão do negro, aconteceu a partir de 1771. Da herança colonial, surgiram diversas vilas, principalmente nos municípios de Mazagão, Macapá, Santana e Calçoene, sendo a base da economia desses lugares a agricultura e a criação de animais para a subsistência. Há 30 anos que Amapá tornou-se politicamente um estado, o que estimulou-se reflexões sobre sua nova realidade buscando ainda alternativas econômicas compatibilizando-as com a proteção ao seu patrimônio natural e com sua comunidade autóctone. Diante desta intencionalidade declarada cabe alguns questionamentos: Assim, nosso problema é: As políticas propostas pelo estado do Amapá denotam um reconhecimento para com as especificidades culturais das comunidades negras e indígenas e assentados e, qual rebatimento que elas tiveram social e economicamente entre os subalternos.
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.
Integrantes: Maria Geralda de Almeida - Coordenador.

2016 - Atual
Cartografia das Paisagens Turísticas das Savanas Brasileiras e Moçambicanas
Descrição: A despeito do enorme potencial para as modalidades de turismo ligadas à natureza, como o ecoturismo, o turismo de aventura, o turismo rural, entre outras, as paisagens das savanas brasileiras ainda são pouco expressivas nas estatísticas referentes à demanda turística no Brasil, tanto interna quanto externa. O mesmo ocorre em Moçambique, ainda que na África como um todo a região das savanas atraia grande número de turistas, especialmente estrangeiros, interessados em viagens de aventura e pelo fascínio em relação à grande fauna africana. Tanto no Brasil quanto em Moçambique há carência de registros cartográficos acerca das paisagens das savanas com potencial turístico. Essa, portanto, é a proposta que se apresenta neste projeto, cujas metas envolvem o estabelecimento de uma rede de pesquisa colaborativa em mapeamento de paisagens turísticas, unindo pesquisadores do Brasil e de Moçambique, com intuito de promover a cooperação científica e tecnológica e o intercâmbio científico-cultural, com vistas a se desenvolver uma proposta teórico-metodológica acerca da cartografia de paisagens turísticas, definindo parâmetros de identificação (inventário), de avaliação (potencialidade turística) e de valoração (interpretação turística)..
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.

2014 - 2018
A mulher rural assentada nos espaços da casa e dos quintais: troca de saberes sobre agroecologia, economia social/criativa e saúde no Vão do Paranã-GO
Descrição: O público alvo da pesquisa são mulheres rurais em comunidade tradicionais em áreas limítrofes do ;Cerrado Goiano e Baiano, mais precisamente em um Território da Cidadania em Goiás e na RVS Veredas do Oeste Baiano nas comunidades de Pratudinho e Brejão nos municípios de Cocos e Jaborandi na Bahia. ;comunidades goianas situam-se ao Território da Cidadania do Vão do Paranã, Goiás, mais precisamente nos assentamentos de Simolândia (Projeto de Assentamento Zumbi dos Palmares e PA Simolândia e no município de Posse (Baco Pari comunidade quilombola) e a comunidade de Branquinha. Sabe-se que essas ;comunidades e, sobretudo, as mulheres rurais são detentoras de saberes agroecológicos ligados à rica ;biodiversidade do Cerrado os quais estão sobre forte pressão e erosão da biodiversidade nativa desse ;domínio geoecológico. Saberes estes, adquiridos ao longo de gerações no convívio mais aproximativo das ;paisagens naturais do Cerrado. Assim, essa pesquisa objetiva analisar o papel das mulheres rurais das ;comunidades tradicionais sobre a importância no espaço do quintal para o Cerrado, no que tange a água, a vegetação, a terra, buscando a sua conservação e a valorização da biodiversidade, principalmente, nas ;Unidades de Conservação. Para tanto, faz-se necessário alguns objetivos específicos: 1) Discutir o uso e a ;ocupação dos espaços dos quintais pelo trabalho feminino em relação às estações do ano; 2) Avaliar a ;percepção ambiental das mulheres rurais quanto as paisagens do Cerrado e suas alterações; 3) Mapear os ;saberes das mulheres rurais assentadas e quilombolas sobre espaço do quintal e do Cerrado que ;evidenciem a sua conservação e a valorização, como lugares de produção e aprendizado rumo a ;segurança alimentar; 4) Mapear a Reserva da Biosfera (RESBIO) Goyas no que diz respeito ao território de ;Cidadania do Vão do Paranã e RVS do Oeste Baiano com as imagens de satélite e Veículos Aéreos Não ;Tripulados (VANTs), os aspectos de uso da terra; desmatamento; queimadas; evapotranspiração; produtividade primária líquida; precipitação diária; temperatura de superfície; A metodologia para o ;desenvolvimento desta pesquisa será a abordagem qualitativa pela ciência geográfica com abordagens ;interdisciplinares. Os procedimentos metodológicos do Diagnóstico Rural Participativo (DRP) tais como: mapa falado; mapas mentais, calendário sazonal; diagrama de fluxo; diagrama de VENN e a matriz ;comparativa. Além disso, contará com trabalhos de campo e sobrevôos com Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) para melhor diagnóstico e mapeamento das áreas de interesse da pesquisa. As bases ;teóricas dialogam com autores Paul Claval com os estudos de Etnogeografia; Yi-Fu Tuan que discute os lugares e as paisagens por meio da percepção ambiental; Adreu Viola que em sua antropologia enfoca as ;teorias e estudos etnográficos da América Latina o qual elucida o papel da mulher no desenvolvimento da ;economia informal nos países latinos americanos. Tais abordagens visam ressaltar a importância do papel das mulheres rurais tanto no seio familiar como na preservação e conservação dos saberes e da ;biodiversidade do Cerrado. Por último, os resultados esperados almejam elucidar conhecimentos e ;saberes relativos ao modo de vida das mulheres rurais de comunidades tradicionais nas áreas do Cerrado, ;sobretudo, de Unidades de Conservação sobre forte pressão e erosão da biodiversidade nativa desse ;domínio geoecológico. Com isso, almeja-se contribuir com o avanço teórico e metodológico das pesquisas ;relacionadas as questões de gênero que envolvem saberes e conhecimentos relativos aos espaçosdomésticos e aos quintais produtivos como forma de empoderamento das mulheres rurais das ;comunidades tradicionais sobre forte pressão pela modernização da agricultura nos Cerrados brasileiros.
Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa.

2014 - Atual
Ambiente, Mulher e Cidadania nas Comunidades Tradicionais no Território da Cidadania do Vão do Paranã e da RVS Veredas do Oeste Baiano
Descrição: Este projeto busca valorizar as marcas e as funções da mulher rural no espaço e seu papel na construção desse espaço pelos saberes ambientais. Assim, analisar o papel das mulheres rurais das comunidades tradicionais sobre a importância no espaço do quintal para o Cerrado, no que tange a água, a vegetação, a terra, buscando a sua conservação e a valorização pode trazer contribuições cientificas para as ciências humanas (re)pensar as dinâmicas de uso e ocupação do território brasileiro..
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.

2014 - Atual
Identidades territoriais e políticas de desenvolvimento territorial e ambiental na Reserva da Biosfera Cerrado –Goiás.
Descrição: A pesquisa em tese pretende evidenciar as identidades territoriais e as políticas de desenvolvimento territorial e ambiental, modeladoras das atuais e diversas formas de ocupação, isto é, as paisagens da Reserva da Biosfera do Cerrado. Ela é, resumidamente, uma investigação geral sobre o uso e apropriação do Cerrado, em uma parcela do estado de Goiás interpretada como um mosaico de paisagens culturais/ambientais testemunhas das modificações em curso. Esclarece-se que Reservas de Biosfera são definidas como “áreas de ambiente, representativas, reconhecidas mundialmente pelo seu valor para a conservação ambiental e para o provimento de conhecimento cientifico, da experiência e dos valores humanos com vistas a promover o desenvolvimento sustentável”, nos termos da Unesco (2008) .Por essa sua singularidade consideramos pertinente como área de estudo geográfico...
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.

2013 - 2017
Mobilidade - Paisagens e Desenvolvimento Local: inventário, análise e estudo comparativo de Chibuto - Moçambique e Goiás - Brasil
Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa.

2013 - 2014
Cartografia dos saberes populares: as festas juninas e natalinas nos estados de Sergipe e Goiás
Descrição: Cartografia cultural; paisagens festivas; estudo comparativo entre Sergipe e Goiás.
Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa.

2011 - 2014
Região da biosfera goyaz - cultura e turismo: : oportunidades de conhecimentos e propostas de estruturação de novos produtos turísticos
Descrição: No âmbito desta proposta objetiva-se colaborar para a manutenção da Reserva da Biosfera-Bioma Cerrado, valorizando o seu potencial turístico, quanto as suas belezas paisagísticas e das culturas tradicionais das populações locais. Tem-se como objetivo geral inventariar as potencialidades turísticas existentes e propor novos produtos turísticos a partir da interação de roteiros ecoturísticos e culturais na Reserva da Biosfera Goyaz. Para que a presente proposta tenha sucesso, foram traçados como objetivos específicos a serem alcançados no decorrer da presente proposta as atividade de: Efetuar uma análise critica sobre as políticas sociais e ambientais que afetam as atividades turísticas. Realizar a ordenação de unidades de paisagem de elevado valor para o ecoturismo e valorização cultural, com suporte de técnicas de geoprocessamento e atividade de campo; Inventariar e sistematizar as informações de valores culturais e paisagísticos através de uma documentação cartográfica; Caracterizar as trilhas interpretativas quanto ao seu potencial turístico analisando, seus valores cênicopaisagísticos e culturais; Produzir um material de apoio aos visitantes e aos poderes administrativos locais com a confecção do mapa interativo de trilhas interpretativas e a participação da comunidade local. Avaliar a capacidade de carga turística das trilhas interpretativas, elaborando um zoneamento quanto à fragilidade ambiental das mesmas. Realizar oficinas para socializar os conhecimentos, visando a interação e formação de futuros condutores de visitantes nas comunidades. Organizar eventos que promovam articulações entre as instituições envolvidas na rede, bem como, outras locais e nacionais. Instrumentalizar os laboratórios das instituições da rede de pesquisa no intuito de contribuir com a formação de futuros pesquisadores e apoio de futuras pesquisas sobre a temática. Divulgar os resultados parciais em eventos locais e nacionais. Divulgar os resultados em forma de artigos..
Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa.

2011 - 2011
Troca de saberes no Cerrado: ecologia, valorização dos quintais, segurança alimentar e cidadania nas comunidades Kalunga em Teresina de Goiás
Descrição: A área para o desenvolvimento do projeto situa-se na região da Serra Geral, vale do rio Paranã, em Goiás. SIGProj - Página 4 de 35 As atividades de extensão serão desenvolvidas para uma população de remanescentes de quilombos denominada Kalunga, em Teresina de Goiás, nas comunidades de Diadema e Ribeirão. O projeto envolve alunos dos Cursos de Geografia, Engenharia Florestal e de Nutrição e, professores do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais (IESA), da Escola de Agronomia, Engenharia Florestal, Engenharia de Alimentos(EA), Faculdade de Nutrição e a população Kalunga. As ações visam a troca de conhecimentos e saberes entre a Universidade e os Kalunga com temáticas ligadas à identidade territorial Kalunga, valorização do cerrado, quintais ecológicos, segurança alimentar e aproveitamento de frutos do cerrado, e do potencial turístico da região; além de discussões relativas ao uso e o acesso à água, à valorização e uso dos recursos florestais. Espera-se obter como resultado uma combinação do saber comum, coletivo com o construído nas relações com o saber científico, buscando construir novos saberes específicos, particulares, mas também universais. E, que esses saberes possam colaborar para o fortalecimento da cidadania da comunidade Kalunga e dos acadêmicos e, do espírito critico dos estudantes para uma atuação profissional cidadã..
Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa.

2011 - Atual
Projeto Universal: Visões contemporâneas do Cerrado e intersecção de políticas sociais e ambientais - Reserva da Biosfera do Cerrado no norte e nordeste de Goiás
Descrição: A pesquisa em tese pretende evidenciar as repercussões das atuais e diversas formas de ocupação do Cerrado (agronegócios, biotecnologias, áreas protegidas, agricultura familiar, etc.) nas relações socioeconômicas e culturais no território face às políticas propostas. Ela é, resumidamente, uma investigação geral sobre os impactos das políticas atuais voltadas para o meio ambiente e para o meio rural para a ocupação do Cerrado e sobre a biodiversidade. Em suma, procura interpretar as modificações do território. Por meio de uma perspectiva reflexiva, busca-se compreender o dinamismo do uso e gestão do Cerrado e a diversidade da interpretação da biodiversidade à luz de políticas governamentais concebidas para áreas de Cerrado..
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.

2010 - Atual
Visões contemporâneas do cerrado e intersecção de politicas sociais e ambientais – Reserva da Biosfera do Cerrado no norte e nordeste de Goiás
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.


2010 - Atual
Conhecimento Popular e as Práticas SocioCulturais - Biodiversidade e Visões Contemporâneas do Cerrado
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.

2008 - 2014
Pró-cultura: A Dimensão territorial das festas populares e do turismo:estudo comparativo do patrimônio imaterial em Goiás,Ceará e Sergipe
Descrição: ste Grupo de pesquisa tem como objetivo discutir a cultura que por se tratar de um fenômeno dinâmico, necessita ser constantemente analisado, o patrimônio imaterial que é um fator de desenvolvimento econômico e de cidadania. Constitui uma proposta de estudo comparativa, e por isso será desenvolvido em três estados. Propomos a elaboração de um Atlas, no intuito de fazer com que as manifestações culturais tenham maior valorização e visibilidade como patrimônio..
Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa.

2008 - 2012
Biotecnologias e a gestão participativa da biodiversidade: estudos de caso de intituições, conhecimento popular e saberes locais na Caatinga e no Cerrado brasileiro
Descrição: O presente projeto objetiva pesquisar a utilização das biotecnologias no Cerrado e na Caatinga, sua interferência na preservação na biodiversidade desses dois biomas no que diz respeito à cana de açúcar (biocombustível), organismos geneticamente modificados e produção da soja, além de discutir os diferentes reflexos do uso da natureza na cultura local. Por meio de uma perspectiva reflexiva, busca-se compreender entre as diversas concepções existentes, a visão que as populações do cerrado e da caatinga possuem da biodiversidade como resultante de uma cultura particular, na apropriação do território, no conhecimento local e conservação. Essa pesquisa fará uso da investigação qualitativa, em que haverá a necessidade do estudo de caso investigativo e interpretativo. Para tanto a coleta de dados será essencialmente necessária. Para apresentar as biotecnologias e a gestão participativa da biodiversidade na caatinga e no cerrado necessitará um levantamento e análise de referenciais bibliográficos que dêem sustentação teórica metodológica para esclarecer a problemática existente..
Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa.

2008 - Atual
As identidades sociais e suas e suas formas de representações subjacentes nas práticas culturais.
Descrição: Este projeto busca compreender as representações enquanto fatores constituintes e constituidores de identidades sociais. Ele está organizado por meio de três abordagens fundamentais: Goiânia: representações e identidades da cidade; a importância do ensino de geografia na materialização da identidade goiana; e, as identidades culturais do Estado de Rondônia Pará e Tocantins a partir das representações espaciais. A realização de estudos que abordam as representações como elemento construtivo da identidade e representações, justifica a relevância desta investigação. A identidade é formada por um conjunto de elementos, próprios de determinado grupo social, identificados pela maneira como esse grupo se relaciona com o mundo. Esta concepção teórica permeia os três subprojetos que constituem esta pesquisa. O primeiro tem o propósito de analisar a complexidade do processo de formação do Estado de Rondônia, por meio dos processos de colonização, que redundaram em formas diversificadas de apropriação do espaço geográfico e constituição das identidades. O segundo subprojeto se preocupa em averiguar se as representações sobre Goiânia se caracterizam em múltiplas identidades para a cidade e seus habitantes. O terceiro subprojeto, por sua vez, relacionado às práticas educativas, tem o propósito de investigar as contribuições da educação na construção dos atributos identitários das cidades. Os subprojetos serão desenvolvidos com bases nos princípios da pesquisa qualitativa e participativa e a aplicabilidade de procedimentos metodológicos: pesquisa bibliográfica e documental, pesquisa de campo, observações, história de vida, entrevistas, análise discursiva e registro de caderno de campo. Nessa perspectiva, esta proposta de pesquisa tem como objetivo contribuir com as leituras que abordam o processo de construção e representação de identidades a partir das imagens, representações e práticas culturais e educacionais expressos nos modos de vida, nas subjetividades e nos sentimentos de pertencimentos d.
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.

2007 - 2010
Festas: apropriação e gestão patrimonial para o turismo em Goiás
Descrição: As manifestações culturais de maior visibilidade têm se transformado em importante instrumento para alavancar o desenvolvimento local e regional e estimular atividades relacionadas ao turismo, O turismo cultural/religioso como estratégia de desenvolvimento também contribui para uma maior visibilidade do patrimônio cultural, com é o caso das festas, visto que, através da atividade turística reafirma as identidades locais ao promover uma oferta diferenciada, baseada em representações decorrentes do resgate da memória da comunidade local. São as festas ligadas principalmente às influências cristãs e africanas para as quais direcionaremos nossa análise. Selecionamos as manifestações a partir dos seguintes critérios: - As mais representativas da diversidade cultural do Estado de Goiás; - Aquelas que marcam presença no calendário turístico; - Aquelas passíveis de se transformarem em um importante produto turístico. Entre as manifestações selecionadas estão: - Festa do Divino de Pirenópolis considerando as Folias do Divino e as Cavalhadas; - Procissão do Fogaréu e Folias urbanas na Cidade de Goiás; - Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de Catalão as Congadas; - Festa do Divino Pai Eterno de Trindade as peregrinações; - Festa do Muquém de Niquelândia e Colinas do Sul considerando as peregrinações e folias rurais. - Folias urbanas em Goiânia. - Festas de padroeiros. O projeto se subdividem em 5 subprojetos: 1) Apropriação do Patrimônio Cultural pelo Turismo 2) Cartografia do Patrimônio Ambiental relacionado às Festas e Romarias em Goiás 3) Políticas Culturais em Goiás: o papel da AGEPEL na representação da Cultura Goiana 4) A Dimensão Territorial e Cultural das Festas 5) Festas de padroeiros 6) Galícia: estudo de turismo cultural e a contribuição para o fortalecimento do turismo em Goiás. Este quinto subprojeto visa estabelecer a comparação e apoio com a Espanha e envolvera todas instituições do pacto de cooperação. Devido à complexidade do tema: cultura, pa.
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.

2001 - 2011
Conhecimento etnográfico de comunidades tradicionais do cerrado

PROJETOS DE EXTENSÃO

2016 - Atual
A Mulher Rural Assentada: Troca de Saberes sobre Ambiente, Agroecologia nos quintais e ensinamentos para Economia Social - Vão do Paranã - GO
Descrição: A área para o desenvolvimento do projeto situa-se na região do vão do Paranã, Goiás, mais ;precisamente nos assentamentos de Bacupari em Posse (GO), do Agrovila, Cintia Peter e Capim de ;Cheiro, em Mambaí (GO). As atividades de extensão serão desenvolvidas, tendo como foco, as ;mulheres dos assentamentos mencionados, as quais são representantes singulares, tanto da luta ;campesina, quanto do cuidado com o lar e a família. Este projeto envolve alunos dos cursos de ;Geografia, Engenharia Florestal, Ciências Ambientais e de Agronomia e, professores do Instituto de ;Estudos Socioambientais (IESA), da Escola de Agronomia, Engenharia Florestal, Engenharia de Alimentos EA). As ações visam: a troca de conhecimentos e saberes entre a Universidade e as assentadas como ;temáticas ligadas à valorização dos quintais agroecológicos para o Cerrado, economia solidária/social, segurança alimentar familiar e aproveitamento de frutos, valorização e uso dos ;recursos florestais, por meio da produção de mudas, além de cursos que proporcionem a discussão ;sobre as questões de gênero e políticas públicas para mulheres; e oficinas práticas, como a ;produção de mudas, de doces, geleias e compostagem, o que poderá contribuir com a renda ;familiar.; Espera-se obter como resultado uma combinação do saber comum, coletivo com o construído nas ;relações com o saber científico, buscando construir novos saberes específicos, particulares, mas; também universais. E, que esses saberes possam colaborar para o fortalecimento dos assentamentos e dos acadêmicos e, do espírito crítico dos estudantes para uma atuação profissional cidadã..
Situação: Em andamento; Natureza: Extensão.

PRÊMIOS E TÍTULOS

2016 - Homenagem pela contribuição à Geografia Agrária, ENGA - Encontro Nacional de Geografia Agrária.
2015 - Homenagem pela contribuição à Geografia, IESA - Instituto de Estudos Socioambientais (UFG).
2014 - Presidente distinguida na coordenação da ANPEGE, ANPEGE - Associação Nacional de Pós Graduação em Geografia.
2011 - Homenagem por tutoria no PET, Universidade Federal do Ceará - Departamento de Geografia.

INTEGRAÇÃO EM REDES

NEER- Núcleo de Estudos sobre Espaço e Representações. 24 participantes/ pesquisadores de 17 instituições brasileiras.
RETEC- Red internacional de estúdios de território y cultura.- Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, França, México, Peru,Venezuela
RELISDETUR- Red latinoamericana de innvestigadores en desarrollo y turismo- Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México.
RIEF - Red Internacional de Investigadores en Estudios de Fiesta, Nación y Cultura. RIEF-. Una Red con más de 150 investigadores de varias naciones
. GI-1871: Grupo de Investigación de Análises Territorial, da universidad de Santiago de Compostela-Espanha.

PROFESSORA VISITANTE

1-Canadá. –Montreal- Université de Quebec-Departément de Géographie. 4 meses. 2003
2-Argentina-Mendoza- Universidad de Cuyo-Programa AUGM.2012
3-México- Xoximilco- Universidad Autonoma Metropolitana do Mexico-Programa de Doctorado en Ciencias Sociales. 2012
4-Colombia-Manizales Universidad de Caldas –Doctorado en Estudios Territoriales , desde 2009 a cada dois anos..
5- Colombia- Rioacha- Universidad de Guajira- 2018.

COORDENAÇÃO EM PROJETOS DE EXTENSÃO

a) Inicio em 2016- A Mulher Rural Assentada: Troca de Saberes sobre Ambiente, Agroecologia nos quintais e ensinamentos para Economia Social - Vão do Paranã - GO
b) Desde 2010- Visões contemporâneas do cerrado e intersecção de politicas sociais e ambientais – Reserva da Biosfera do Cerrado no norte e nordeste de Goiás
c) Inicio em 2010- Conhecimento Popular e as Práticas Socioculturais - Biodiversidade e Visões Contemporâneas do Cerrado

COORDENAÇÃO EM PROJETOS DE PESQUISA

1-2011- Troca de saberes no Cerrado: ecologia, valorização dos quintais, segurança alimentar e cidadania nas comunidades Kalunga em Teresina de Goiás
2-2011 a 2014 - Região da biosfera goyaz - cultura e turismo: oportunidades de conhecimentos e propostas de estruturação de novos produtos turísticos
3- 2014- Cartografia dos saberes populares: as festas juninas e natalinas nos estados de Sergipe e Goiás
4- 2013 a 2017- Mobilidade - Paisagens e Desenvolvimento Local: inventário, análise e estudo comparativo de Chibuto - Moçambique e Goiás – Brasil.
5- Desde 2014- Ambiente, Mulher e Cidadania nas Comunidades Tradicionais no Território da Cidadania do Vão do Paranã e da RVS Veredas do Oeste Baiano
6- 2014 atual .Identidades territoriais e políticas de desenvolvimento territorial e ambiental na Reserva da Biosfera Cerrado –Goiás.
7- 2014- 2018- A mulher rural assentada nos espaços da casa e dos quintais: troca de saberes sobre agroecologia, economia social/criativa e saúde no Vão do Paranã-GO
8- Desde 2018 -Povos subalternos nos territórios delimitados pelo governo federal no Amapá e presenças nos planos de desenvolvimento estadual
9- 2020- Ruralidades e sinergias na Região Metropolitana de Goiânia (RMG) no século XXI
10. 2021- Paisagens Culturais e políticas de desenvolvimento territorial e ambiental na Reserva da Biosfera de Goyaz..

LIVROS ORGANIZADOS E PUBLICADOS

ALMEIDA, MG et al. Geografia sociocultural uma trilogia, no prelo.

ALMEIDA, M. G.. Território de tradições e de festas. 1. Curitiba. ed: UFPR, 2018.

ALMEIDA, M. G.. Geografia Cultural - Um modo de ver. 1. ed. Goiânia: Gráfica UFG, 2018. v. 1. 384 p .

ALMEIDA, M. G.; SILVA, M. A. V. (Org.) ; TORRES, M. A. C. (Org.) ; D`ABADIA, M. I. V. (Org.) ; CURADO, J. G. T. (Org.) . Manifestações Religiosas Populares em Goiás: Atlas de festas católicas. 2. ed. Anápolis: UEG, 2018.

ALMEIDA, M. G.; CURADO, J. G. T. ; TEIXEIRA, M.F. ; MOTA, Rosiane Dias ; MARTINS, L. N. ; MOREIRA, J. F. R. ; SOUZA, A. F. G. ; LIMA, R. S. ; TORRES, R. P. A. ; BONJARDIM, S.G.M. . Atlas das celebrações : as festas dos ciclos junino e natalino em Goiás e Sergipe. 1. ed. Aracajú: Instituto Banese, 2016. v. 1. 92 p .

ALMEIDA, M. G.; MOTA, R. D. (Org.) ; BRITO, E. P. (Org.) ; MACHANGUANA, C. A. (Org.) ; RIGONATO, Valney Dias (Org.) ; RIBEIRO, G. G. (Org.) ; SILVA, R. G. (Org.) ; SANTOS, S. A. (Org.) . Paisagens e Desenvolvimento Local: Imagens sobre Chibuto, Moçambique. 1. ed. Goiânia: Gráfica UFG, 2015. v. 1. 78 p .

ALMEIDA, M. G.. O Território e a comunidade Kalunga: Quilombolas em diversos olhares. 1. ed. Goiânia: Gráfica UFG, 2015. v. 1. 329p .

DE ALMEIDA, MARIA GERALDA; RIGONATO, V. D. ; BRITO, E. P. ; MACHANGUANA ; ARGENTINA, I.(orgs) . Aprendizado participativo em Chibuto-Gaza. 1. ed. Goiânia: Kelps, 2015. 56 p .

CURADO, J. G. T. (Org.) ; BRETAS, I. F. (Org.) ; SILVA, M.A. (Org.) ; D`ABADIA, M. I. V. (Org.) ; ALMEIDA, M. G. (Org.) ; PAULA, M. V. (Org.) ; MOURA, M. R. P. (Org.) BARBOSA, R R.(Org.) ; MOTA, R. D. (Org.) . Atlas de festas populares de Goiás. 1. ed. goiania: Gráfica UFG, 2015. v. 1. 125 p .

ALMEIDA, M. G.; ARRAIS, T. A. (Orgs.) . É geografia, é Paul Claval. 1. ed. Goiânia: UFG, 2013. 176 p .

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ARTIGOS ( 113 artigos desde 1986. Em 2020 e 2021)

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2.ALMEIDA, M. G.. O Caminho de Cora Coralina - Turismo Literário ou Marketing do Turismo?. REVISTA SAPIÊNCIA: SOCIEDADE, SABERES E PRÁTICAS EDUCACIONAIS, v. 9, p. 237-249, 2020.
3.FREITAS, J. S. ; ALMEIDA, M. G. . As (Não)Representações da Paisagem no Movimento Cubista: percursos e inquietações geográficas nas pinturas de Albert Gleizes. Caminhos da Geografia (UFU. Online), v. 21, p. 87-107, 2020.
4.ALVES, E. C. ; ALMEIDA, M. G. ; SILVA JUNIOR, A. R. . GEOPOESIA E TERRITÓRIO: A CONSTITUIÇÃO DAS IDENTIDADES KALUNGA EM MIMOSO - TO. REVISTA GEONORDESTE, v. 1, p. 93-110, 2020.
5.MOREIRA, JORGEANNY DE FÁTIMA R. ; DE ALMEIDA, MARIA GERALDA . Turismo y desarrollo en la Comunidad Quilombola de Engenho II en Cavalcante, Goiás, Brasil. ANALES DE GEOGRAFÍA DE LA UNIVERSIDAD COMPLUTENSE, v. 40, p. 115-133, 2020.
6. SOUZA JUNIOR, C. R. B. ; ALMEIDA, M. G. . Geografias criativas: afinidades experienciais na relação arte-geografia. SOCIEDADE & NATUREZA (UFU. ONLINE), v. 32, p. 484-493, 2020.
7.ALMEIDA, M. G.. Povos indígenas, identidades territoriais e territorialidades fragilizadas no norte do Amapá, Brasil. Ateliê geográfico (UFG), v. 14, p. 91-111, 2020.
8.ALMEIDA, M. G.; MACHANGUANA . UKANYI E GWAZA MUTINE- FESTEJOS CULTURAIS E IDENTITÁRIOS EM MAPUTO E GAZA - MOÇAMBIQUE. GEO UERJ (2007), p. e53911-e53924, 2020.
9.ALMEIDA, M. G.. O geógrafo fenomenólogo: sua oralidade e escrita no/do mundo. Geograficidade, v. 10, p. 38-47, 2020.
10.ALMEIDA, MARIA GERALDA DE. Paisagens e Desenvolvimento Local: inventário, análise e estudo de Chibuto (Moçambique). IBEROGRAFIAS: REVISTA DE ESTUDOS IBÉRICOS, v. 16, p. 223-232, 2020.
11.GONCALVES, L. R. F. ; ALMEIDA, M. G. . Identidade Territorial e Discursos Ideológicos. BOLETIM DE GEOGRAFIA (ONLINE), v. 38, p. 18-32, 2020.
12.FARIA, K. M. S. ; ALMEIDA, M. G. . O discurso e a prática do Ecoturismo na visão desenvolvimentista em Comunidades de Quilombolas em Goiás, Brasil. CONFINS (PARIS), v. 48, p. 1-15, 2020.
13 MESQUITA, L. P. ; ALMEIDA, M. G. . Vender, comprar, trocar e socializar: a participação das mulheres nas feiras de Mambaí e Posse no estado de Goiás, Brasil. CONFINS (PARIS), v. 48, p. 1-8, 2020.

CAPITULOS DE LIVROS - SELECIONADOS


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2.MOREIRA, J. F. R. ; ALMEIDA, M. G. . Comunidades, territorios y turismo en América Latina. In: Lilia Zizumbo Villarreal; Neptalí Monterroso Salvatierra. (Org.). Comnunidad Tradicional Remanente Del Quilombo Y La Actividad Turística Para El Desarrollo En El Engenho II - Cavalcante - Goiás - Brasil. 1ed.México, D.F.: Editorial Torres Asociados, 2020, v. , p. 1-485.
3.SOUZA JUNIOR, C. R. B. ; ALMEIDA, M. G. . Geopoéticas do Lugar nas Margens dos Rios Paraopeba e Loire: Artes (Contemporâneas) de Habitar a Terra. In: DOZENA, Alessandro (Org.).. (Org.). Geografia e Arte. 1ed.Natal: Caule de Papiro, 2020, v. 1, p. 95-140.
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5. ALMEIDA, MARIA GERALDA DE. Observar e entender o lugar rural: trilhas metodológicas. In: MUNDIM VARGAS, M. A.; SANTOS, D; L; VILAR, J. W. C; OLIVEIRA, E. A.. (Org.). Tempos e Espaços da Pesquisa Qualitativa. 1ed.Aracaju: IFS, 2019, v. 1, p. 45-70.
6. ALMEIDA, M. G.. Observar e entender o lugar rural: Trilhas metodológicas. In: MUNDIM VARGAS, M. A.; SANTOS, D; L. (Org.). Tempos e Espaços da Pesquisa Qualitativa. 1ed.Aracaju: Criação Editora, 2018, v. 1, p. 45-.
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38. ALMEIDA, M. G.. Uma Leitura Etnogeográfica do Brasil Sertanejo. In: Angelo Serpa. (Org.). Espaços Culturais: Vivências, imaginações e representações. Bahia: EDUFBA - Editora da Universidade Federal da Bahia, 2008, v. , p. 313-336.
39. ALMEIDA, M. G.. La política de regiones turísticas en el espacio brasileño. In: Lília Zizumbo Villarreal, Neptalí Monterroso Salvatierra. (Org.). Turismo Rural y Desarrollo Sustentable. Cidade do México: Universidad Autónoma del Estado de México, 2008, v. , p. 11-24.
40. ALMEIDA, M. G.. Desafios e possibilidades de planejar o turismo cultural. In: Giovani Seabra. (Org.). Turismo de Base Local - Identidade cultural e desenvolvimento regional. 1ed.Joao Pessoa: Editora Universitária, UFPB, 2007, v. 1, p. 151-167.
41. ALMEIDA, M. G.. Fronteira de Visoes de Mundo e de Identidades Territoriais- o território plural do Norte Goaino- Brasil. In: Beatriz Nates Cruz; Manuel Uribe. (Org.). Nuevas Migraciones y Movilidades. Caldas: Centro Editorial Universidad de Caldas,Colombia, 2007, v. 1, p. 131-141.
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