ESTER LIMONAD

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Título
ESTER LIMONAD
Nome Completo
ESTER LIMONAD
Nascimento
21 de Agosto de 1954
História de Vida
ESTER LIMONAD
Olhando para trás, posso dizer que os eixos ou caminhos fundantes que orientam atualmente minha inserção na Geografia e minha postura acadêmica e política encontram-se subjacentes em meu passado, e tem uma relação intrínseca com minha história de vida, com meu gosto por romances de mistério e de ficção científica, minha paixão por cinema e por rock & roll, com minha formação enquanto sujeito social e político, bem como com meu compromisso político e intelectual com a produção do conhecimento e com as transformações do mundo contemporâneo. Formação essa influenciada por leituras de autores diversos e, em particular, por meu encantamento com as proposições de Henri Lefebvre desde 1974, quando um colega da FAUUSP (1) me presenteou o “O Direito à Cidade” (2).
Em uma apropriação metafórica de François Ascher(3) relativa aos múltiplos pertencimentos e inserções dos indivíduos no cotidiano, que exigem atualmente diferentes formas de interação social e de simultaneidade, que demandam que os sujeitos sociais transitem em múltiplos espaços, interajam com diversos grupos do local ao global e adotem múltiplas e diversas linguagens no decorrer de um dia; posso dizer que minha vida pregressa e presente é marcada por múltiplos pertencimentos e inserções em diferentes campos de conhecimento, que demandaram a assimilação de distintas linguagens, de diferentes formas de interação social, com um trânsito em múltiplos espaços, que vieram a resultar no que sou hoje. Assim, essa memória consiste em um esforço de explicitar diferentes caminhos trilhados, em que se inserem as distintas atividades desenvolvidas e está eivada por minha história pessoal e profissional pretérita.
Retrospectivamente, minha aproximação à Geografia, se deu em diversos momentos, que culminaram com meu ingresso e efetivação no Departamento de Geografia da UFF, em 17 de agosto de 1998. Contudo, esta não foi uma jornada retilínea e sem desvios, ao contrário, foi permeada por diversas interrupções, muitas das quais alheias à minha vontade. Mas como dizem meus amigos mais próximos sou persistente e obstinada, para não dizer teimosa e cabeça dura.

DETALHES BIOGRÁFICOS E CONTEXTO TEÓRICO

QUEM SOU EU?
Começando pelo fim devo esclarecer que, desde julho de 2015, sou Professora Titular do Departamento de Geografia e do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense (UFF). Conto com uma bolsa de produtividade do CNPq(4) , na área de Geografia Humana.Coordenei e participei de projetos interinstitucionais de cooperação e de ensino na área de Geografia com a UFPA, com a UECE, colaborei com diversos programas de pós-graduação na área de Geografia. Sou consultora ad-hoc da CAPES(5) e de diversas Fundações de Amparo à Pesquisa. Fui titular da Cátedra Rui Barbosa de Estudos Brasileiros da Universidade de Leiden, Holanda, uma das mais antigas da Europa, em 2014 e 2017, onde ministrei disciplinas de pós-graduação e graduação. Na qualidade de professora visitante convidada ministrei um curso no programa de Master en Estudios Urbanos (Universidad Nacional de Colombia-Medellín) e palestras em programas de pós-graduação de Estudos Urbanos e de Geografia das Universidades de Amsterdam (Holanda) e de Cardiff (País de Gales). Sou formada em Arquitetura e Urbanismo (MACKENZIE), Mestre em Planejamento Urbano e Regional (UFRJ e Doutora em Estruturas Ambientais Urbanas (USP), com pós-doutorado em Geografia Humana (Universidad de Barcelona). E muitas outras coisas mais, basta olhar meu lattes.
De inicio devo explicitar o que não sou, para chegar a quem sou.
Piaget(6) diferencia a multidisciplinaridade, a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade e esclarece que todas zelam pela preservação e manutenção da identidade disciplinar original enriquecida.
De fato, não sou nem uma coisa, nem outra, sou indisciplinada, pois trilhei muitos caminhos, sem haver retornado de forma integral à minha formação disciplinar original (Arquitetura), sem me preocupar em manter uma nítida delimitação conceitual entre meus interesses disciplinares e os das demais disciplinas. Incorporei conceitos, categorias, metodologias de diferentes campos disciplinares em diferentes momentos de minha vida, com destaque, além de minha formação básica, entre outros, para as Ciências Sociais, Ciência Política, Economia e História. A que se soma uma interlocução com a Biologia, em particular a Botânica, ao longo do científico de medicina do Colégio Dante Alighieri, que me familiarizaram com questões relativas à Ecologia e às especificidades geográficas e climáticas das diferentes espécies de plantas, que anos mais tarde me vieram dar suporte na Geografia.
Embora me sinta geógrafa na mente e no coração, permaneço indisciplinar, por não descartar as diferentes rugosidades acadêmicas desses diversos campos disciplinares, que permanecem em mim e que contribuíram para minha formação e para ser quem sou. Durante minha existência, seja em termos do convívio ou da prática profissional e política, sempre tive de lidar com a perplexidade dos outros. Sentimento traduzido sucintamente em uma pergunta de minha mãe ao saber que eu estava na Geografia: mas você não se formou em Arquitetura? Perplexidade esta com a qual me defrontei inúmeras vezes. Sim, me formei em Arquitetura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, em 1977, então sede do CCC(7) , em plena ditadura militar, a despeito de minha militância na tendência estudantil Liberdade e Luta.
De início, posso dizer que a questão identitária sempre marcou minha vida. Conquanto nunca houvesse me preocupado em refletir sobre isso, vi-me obrigada a fazê-lo, em razão de um convite de Edna Castro para participar de uma mesa redonda em um congresso da Sociedade Brasileira de Sociologia realizado em Belém do Pará, em setembro de 2010, quando o tema da mesa para o qual havia sido convidada mudou, repentinamente, de “Sociedade e Natureza” para “Identidade e Sujeitos Sociais na Amazônia”(8) , coisas do mundo acadêmico.
Confesso, que me senti provocada, principalmente, por ver-me obrigada a falar de um tema, tão em moda que, a princípio, me desagradava. Em uma reflexão sobre as razões de meu desagrado, conclui que este tinha por base três motivos. Primeiro, do ponto de vista pessoal; segundo, do ponto de vista acadêmico-intelectual dada minha formação heterogênea e, terceiro, por minha posição política, em termos de seu potencial de estigma e preconceito, com base na vinculação entre identidade e lugar, que remete às ideias nazifascistas de solo-pátria e identidade. Mas o que ficou claro para mim, naquele momento, foi que se os outros tinham um problema com minha identidade, eu não o tinha.

COMO CHEGUEI ATÉ AQUI? COMO EXPLICAR MINHA TRAJETÓRIA?

Nasci em um sábado, em 21 de agosto de 1954, em São Paulo, capital, três dias antes do suicídio de Getúlio Vargas, na madrugada de 24 de agosto. Sou a primeira filha tardia de um casal de imigrantes judeus europeus, ele nascido em 1895 no seio de uma família de classe média abastada russa, ela uma polonesa órfã de pai e mãe tragicamente falecidos poucos anos após a chegada ao Brasil, nascida em 1922, alienada da família e criada como agregada em uma casa de família, em São Paulo a partir dos 13 anos. Meus pais vieram a se conhecer e casar na cidade do Rio de Janeiro, em 1943, durante o Estado Novo de Getúlio Vargas, para logo em seguida se mudarem para a cidade de São Paulo, onde foram morar em uma pensão abarrotada de imigrantes italianos e portugueses no bairro do Bexiga.
Na capital paulistana, meus pais construíram sua vida, ascenderam socialmente e mantiveram por toda vida as amizades feitas na pensão do Bexiga, mantendo pouco contato com a comunidade judaica. Motivo pelo qual, após a escola básica, onde fui alfabetizada em português e inglês, me matricularam no Dante Alighieri, colégio fundado pela colônia de imigrantes italianos. Aí conclui o ginásio, em 1969, e o segundo grau em 1972. Em minha infância as mulheres eram do lar e as boas meninas aspiravam casar e serem mães, aprendiam idiomas, a cozinhar, costurar, fazer tricô e crochê, se comportar e a cuidar do lar. Todavia, minha mãe já rompia com esse ideal, pois trabalhava com meu pai na editora de livros de direito, que fundaram em 1943 na capital federal e que os levara a São Paulo, em razão da inexistência de firmas de encadernação na cidade do Rio de Janeiro. Por esse motivo meu irmão e eu ficamos aos cuidados de uma babá, uma portuguesa católica e beata, que com suas idas diárias à missa pela manhã e à tarde, contribuiu para que recebêssemos uma formação católica, ao menos até minha mãe encontrar a minha coleção de santinhos, que eu jogava no “bafo” com os meninos da rua. A partir daí, foram envidados diversos esforços para me integrar à cultura e à comunidade judaicas, que mesmo assim me via como católica, enquanto os meus colegas de colégio me viam como judia e esquisita. Essa conjunção de fatores e, talvez, por haver sido criada e convivido basicamente apenas com meninos até os seis anos de idade, fez com que desde cedo o meu ideal fosse “ir à luta” e resolver a minha vida, o que não se mostrava muito fácil considerando as transformações sociais e políticas pelas quais passava o Brasil, então.
Passei minha infância e juventude em São Paulo, capital, em um contexto de classe média ascendente. Toda a minha formação pré-universitária foi em escolas privadas. Estudei com filhas e filhos da burguesia paulista tradicional, de intelectuais engajados, de representantes de empresas multinacionais, de imigrantes europeus, de judeus, de sírio-libaneses e de famílias tradicionais paulistas. Reverberações do acirramento da repressão política da ditadura chegaram ao colégio, após diversas prisões de secundaristas e do assassinato, na rua vizinha, alameda Casa Branca, de Carlos Marighella, por agentes do DOPS comandados pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, na noite de 4 de novembro de 1969. Isso levou a direção do colégio a orientar e exigir que os seus alunos com mais de 13 anos, passassem a transitar sempre com documentos e carteira de estudante. Fato que me marcou sobremaneira, uma vez que até hoje me sinto despida quando caminho sem lenço, sem documento, como cantava Caetano Velloso em Alegria, Alegria...
Em 1972, após algumas viagens para o exterior, o contato com outras gentes e culturas, visitas a museus, etc., tudo isso associado ao meu gosto e prazer de desenhar levaram-me a passar no último ano do científico, do de Medicina para o de Arquitetura. A essa altura, já cumpria um dos ideais do que se esperava de uma boa menina e falava fluentemente inglês, italiano, espanhol e um pouco de hebraico. No decorrer desse ano de preparação para o vestibular de ingresso à universidade, infelizmente, por problemas diversos de saúde meu pai veio a falecer. O rearranjo da constelação familiar e as exigências de preparação para o vestibular fizeram com que me distanciasse de amigos próximos, o que me levou a uma certa introspecção. Embora minha mãe, trabalhasse fora, ao contrário de meu pai, não via a necessidade, nem o por quê de eu ingressar em uma universidade ou ter amizades com não-judeus, bastava obedecê-la, ajudar na editora, arrumar um marido de seu agrado e, naturalmente, lhe dar netos.
Quando jovem, me preocupava em como lidaria com as grandes decisões que definiriam o rumo de minha vida. Com o tempo descobri que não há grandes decisões impactantes a serem tomadas, que nossas trajetórias se constroem com base em pequenas decisões, muitas vezes com impactos muito mais profundos e maiores do que os esperados. E, amiúde, embora não saibamos ao certo o que queremos, certamente sabemos o que não queremos. Dessarte, minha aproximação à Geografia aconteceu gradualmente, por sucessivas aproximações, pelo acúmulo de carga conceitual de experiências acadêmicas, de trabalho e de vida. Durante o segundo grau, não imaginava ser professora, tampouco cogitava ser geógrafa, embora a Geografia me atraísse. Desejava ser cientista, médica, investigadora de doenças tropicais. Mais que tudo sonhava ser independente, sair de casa, viajar e conhecer o mundo.
Passei da infância à adolescência entre os anos 1960 e 1970, tempos embalados ao som da Bossa Nova, dos Beatles, dos Rolling Stones e do The Doors, em que se sucederam diversos regimes políticos e governos. Período em que apesar da ditadura militar, ainda ecoavam os festivais da Record com Caetano, Gil, Vandré, Chico, Milton Nascimento e tantos outros. As reivindicações de Paris de 1968 faziam-se sentir na pele, no ar, despertando o desejo de mudança, de uma outra sociedade. Tempos do flower power, do paz e amor, da pílula, dos “soutiens” queimados, da liberação feminina, dos cabelos rebeldes, da ausência de liberdades democráticas, da proibição de reunião de mais de três pessoas, tempos de AI-5 e do famigerado Decreto Lei-477. Um período em que Caetano Veloso cantava “não confie em ninguém com mais de trinta anos” e nos lembrava que “é proibido proibir!”. E, conforme amadurecíamos, a despeito da repressão, da ditadura dos generais, do medo da tortura, conspirávamos para mudar a sociedade, amávamos a revolução, sentíamo-nos poderosos e acreditávamos que poderíamos mudar o mundo.

A ESCOLHA DA GEOGRAFIA COMO CURSO SUPERIOR
Não escolhi a Geografia como curso superior. Pode-se dizer que a Geografia aconteceu em minha vida. Motivo pelo qual busco expor, ainda que não de forma linear, o que designo de minhas sucessivas aproximações à Geografia, e pinço, pouco a pouco, os desvios, as linhas paralelas percorridas ao longo de minha vida acadêmica em diferentes campos disciplinares e do conhecimento, para apontar como estes vários percursos contribuíram para geografizar meu pensamento e moldar a indisciplinaridade, que me é intrínseca, em termos acadêmico-científico-profissionais e mesmo pessoais. Afinal, sempre apreciei as narrativas labirínticas das obras de Lewis Carroll, James Joyce, Júlio Cortázar e dos filmes de Quentin Tarantino, em que diferentes espaço-tempos se superpõem, se misturam, se condensam e buscam retratar uma realidade mais complexa.
Em suma, não posso começar pelo meu ingresso na graduação, nem pelo meu encantamento com a Geografia na escola, quando a Geografia que então se ensinava se resumia a abordagens descritivas quantitativas, a uma enumeração de lugares, acidentes geográficos; a uma tipologia de paisagens, climas, relevos; ou seja, a uma geomorfologia árida e a uma geografia humana descritiva. E, tampouco, posso começar por meu ingresso em uma pós-graduação em Geografia, pois ao doutorado em Geografia da UFRJ tem inicio em 1992/93. Assim, minha relação com a Geografia se construiu e se constrói, efetivamente, pouco a pouco, nos últimos vinte e oito anos de minha vida acadêmica.

ANTES DA GEOGRAFIA, UMA GRADUAÇÃO ENGAJADA
Ingressei no curso de Arquitetura da Universidade Presbiteriana Mackenzie em 1973. E, em um curto espaço de tempo, descobri que não era isso o que queria. No entanto as contingências da vida familiar levaram-me a concluir a faculdade, pois ou me dispunha a trabalhar na editora com minha mãe ou buscava minha independência. Assim, comecei a trabalhar em 1974, dando aulas particulares de matemática, inglês e física, fazendo estágios de monitoria na faculdade e estágios de projeto em escritórios de arquitetura e de engenharia elétrica.
Em janeiro de 1978 concluí a graduação em Arquitetura. Durante o curso me identifiquei com as disciplinas de Planejamento, ministradas ao longo de quatro anos e com a linha de História da Arquitetura e da Urbanização. Olhando para trás, essa atração deveu-se em boa parte ao fato destas disciplinas haverem apresentado uma abordagem com ênfase nos aspectos teóricos e metodológicos do Planejamento Urbano e Regional e na análise da Organização do Espaço em detrimento do Planejamento Físico e do Desenho Urbano. Nessas disciplinas foram abordadas as obras de Singer, Lefèvbre, Castells e Lojikine entre outros, bem como os trabalhos de Weber, da Escola de Chicago, as teorias da localização de Lösch, Weber e von Thünen, a teoria do lugar central de Christaller, os setores circulares de Hoyt, as contribuições de Cullen, Alexander e Lynch, às quais se somaram abordagens relativas à organização do espaço das cidades.
Durante a graduação assisti, também, informalmente, a diversas disciplinas na FAUUSP(9) relacionadas ao planejamento urbano, à história da urbanização, à problemática habitacional e à comunicação visual, entre outras. Meus estudos universitários foram marcados pela militância no movimento estudantil, participação em assembleias universitárias, em mobilizações pela reconstrução da UEE(10) e da UNE(11) , em manifestações contra a Ditadura e em favor das Liberdades Democráticas. A militância demandou leituras diversas de orientação social e política. À revelia dos grupos de estudo e dos sectarismos ideológicos de meus colegas militantes, devorei obras de Lefebvre, Gramsci e Luxemburgo, às quais se somaram leituras de Mandel e de Deborde.
Em busca de uma alternativa à Arquitetura, em 1975, ingressei no curso de História da FFLCH(12) da Universidade de São Paulo, onde permaneci por dois anos sem dar seguimento. Aí me foram de especial valia as disciplinas de Metodologia Científica e as de História Moderna e Contemporânea, que me colocaram em contato com as bases da Economia Política e, levaram a leituras mais sistemáticas de trabalhos de Ricardo, Marx e Engels, seguidos pelas de Sweezy, Baran, Hobsbwan e Dobb referentes às características do capitalismo contemporâneo.
As atividades desenvolvidas na graduação conjugadas à militância política levaram-me a elaborar uma monografia dissertativa, sem projeto de arquitetura, intitulada "Situação Atual da Habitação Popular no Brasil"(13) , onde procurei abordar os condicionantes econômicos, os diversos agentes e fatores determinantes da produção habitacional no Brasil. A elaboração dessa monografia e as atividades de monitoria iniciadas em 1976 junto à disciplina de “Estética e História da Arte e das Técnicas” levaram-me a colaborar também com a disciplina de “Sociologia Urbana” ao fim de 1977. Essa colaboração colocou-me em contato com o Instituto de Planejamento Regional e Urbano da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (URPLAN), que resultou em meu ingresso na Especialização em "Desenvolvimento Urbano e Mudança Social". Este curso, além de haver enfocado as Teorias de Desenvolvimento Econômico e Social, permitiu um aprofundamento de elementos da Economia Política; bem como questões relativas às abordagens da CEPAL e dos teóricos da marginalidade social.
Em seguimento, fiz na FUNDAP o curso de aperfeiçoamento em "Renda Fundiária na Economia Urbana", organizado por Celso Lamparelli, o qual anos mais tarde seria meu orientador de doutorado. Este curso introduziu uma ampla gama de abordagens relativas à problemática da renda fundiária urbana. Esse curso contribuiu para a elaboração da monografia "Elementos para a Análise da intervenção do Estado no Setor de Auto Construção"(14) , feita com Gisela Eckschmidt , onde articulamos a questão da habitação para populações de baixa-renda com a problemática da renda fundiária urbana e as estratégias de reprodução da força de trabalho, dando de certa forma sequência ao meu trabalho de graduação.
Em 1979, ingressei no Mestrado em Planejamento Urbano e Regional do Programa de Engenharia de Produção da COPPE/UFRJ, criado em 1972 como parte das intenções do I PND(15) de formar quadros técnicos qualificados para os órgãos de governo. A opção por esse curso teve por base o fato de que seu mestrado se distinguia dos demais por sua postura crítica em relação ao planejamento e à política urbana e regional, que ia ao encontro da minha posição política e dos grupos de estudos políticos e críticos que frequentei durante a militância na graduação. Por ocasião de meu ingresso o programa se encontrava ameaçado de extinção. As dificuldades enfrentadas pelo programa limitaram a oferta de disciplinas, ao menos até o fim de 1979. Por conseguinte, dirigimo-nos a outros Programas da COPPE-UFRJ e ao Mestrado em Desenvolvimento Agrícola, que então funcionava em um casarão histórico no Horto Florestal do Rio de Janeiro.
As disciplinas dos primeiros períodos do mestrado do PUR-COPPE retomaram de forma sistemática as leituras da Ideologia Alemã de Marx e Engels, do Capital de Marx, de Economia e Sociedade de Weber, assim como obras de autores clássicos da Sociologia e da Economia.
No mestrado reencontrei Milton Santos, que conhecera em uma palestra na pós-graduação da FAUUSP, o qual em sua breve estadia no PUR-COPPE, ministrou as disciplinas de “Estudos de Problemas Brasileiros” e de “Organização Territorial”, com um olhar crítico. Na primeira, tratou da criação do 3º Mundo, do planejamento no Brasil e introduziu a discussão de formação sócio-espacial e de divisão espacial do trabalho. Ao passo que na segunda disciplina, a partir de uma abordagem teórico-conceitual, tratou de questões relativas à produção e organização social do espaço, questões que mais tarde redescobri em seus livros “Espaço e Método”, “Espaço Dividido” e “Metamorfoses do Espaço Habitado”, que vieram ao encontro de meu interesse pela produção do espaço, despertado pelas leituras de Lefebvre na década de 1970.
Durante o mestrado, três temas despertaram meu interesse e de certa forma orientaram minhas escolhas, o papel das políticas públicas e das teorias de desenvolvimento na resolução dos problemas sociais; a dinâmica espacial da renda fundiária urbana às quais veio se somar o interesse pela questão do Estado na sociedade contemporânea. Em decorrência aprofundei as leituras relativas à renda fundiária de Marx, as contribuições de Topalov, Lamarche, Lojikine, Castells, Lipietz, bem como estudei as teorias da modernização, da marginalidade social e as diversas teorias do desenvolvimento.
O terceiro tema, relativo ao papel do Estado emerge quase como decorrência dos anteriores, e se constitui em uma tentativa de compreender o papel do Estado e o caráter do Estado brasileiro, em função da conjuntura autoritária que se arrastava desde 1964, para avaliar as condições de atuação política e possibilidades de transformação social. Interesse despertado pela leitura de Chico de Oliveira e de outros autores do CEBRAP(16) da Questão Meridional de Gramsci, bem como das Veias abertas da América Latina de Galeano.
Destarte, os cursos sobre a “Sociologia do Desenvolvimento”, de “Introdução ao Planejamento” e de "Teoria Política", vieram ao encontro desse meu interesse pela questão do Estado capitalista e contribuíram sobremaneira para atualizar-me com relação à discussão teórica do Estado nos anos 1970, com base na contribuição de diversos pensadores, entre eles Buci-Glucksmann, Althusser, Poulantzas, Laclau e Milliband entre outros.
De certa forma, o primeiro e o terceiro desses temas se entrecruzaram com diferentes ênfases e resultaram na dissertação “A Trajetória da Participação Social: sua Elaboração Teórica e Apropriação Prática”(17) , orientada por Rosélia Piquet Carneiro, defendida em 1984. Na dissertação procurei apontar as articulações entre a prática institucional que visa a participação e a integração das comunidades envolvidas na melhoria de suas condições de vida e a produção teórica que procura conceituar e definir a participação no processo de planejamento. Para concluir que sempre houve um "planejamento participativo" nos limites do concedido, planejado pelo Estado, e que a participação social apenas se viabilizará ao deixar de ser uma variável técnica e passar a integrar o cotidiano dos envolvidos.
O interesse por esses temas contribuiu para a minha amizade e colaboração com Ana Clara Torres Ribeiro, que conheci em 1981 nos corredores do PUR-UFRJ, oriunda da Geografia da UFRJ. Animadas por uma comunhão de interesses em torno de questões relativas aos movimentos sociais e às desigualdades socioespaciais buscamos articular alguma forma de trabalho conjunto sistemático, que viabilizasse aglutinar pesquisadores e estudantes em torno de questões candentes da conjuntura brasileira.
Em abril de 1982, Ana Clara Torres Ribeiro e eu, junto com outros mestrandos, criamos o Grupo de Trabalho de Políticas Urbanas no PUR/UFRJ, que se reuniu regularmente até se dissolver em 1984. Esse grupo contribuiu, em parte, para uma espacialização social de minha reflexão uma vez que um de nossos objetivos era procurar desenvolver um processo de análise de medidas de planejamento, que integrasse a rapidez necessária com o rigor teórico crítico, em uma tentativa de aprofundar os meios teóricos e empíricos necessários à análise dos vínculos entre a realidade metropolitana, a legislação urbana e os processos espaciais. Para isso selecionamos como objeto inicial de análise e discussão o Anteprojeto de Lei do Desenvolvimento Urbano do CNDU, posteriormente aprovado como Estatuto da Cidade. A reflexão sobre esse anteprojeto de lei se desdobrou em uma série de atividades conexas(18) , com destaque para o "Dossiê - Anteprojeto de Lei do Desenvolvimento Urbano"(19) . Entre 1982 e 1983 tive minha filha, o que limitou as minhas possibilidades de participação acadêmica, assim desliguei-me, pouco a pouco, do grupo de políticas urbanas do PUR.
O grupo de trabalho de políticas urbanas teve por corolário ao menos quatro desdobramentos de que trato a seguir. O primeiro foi a minha inserção no curso de especialização em Sociologia Urbana no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), o segundo foi o ingresso no doutorado, o terceiro foi meu retorno a UFRJ e o quarto foi minha primeira inserção na Geografia através do Laboratório de Gestão do Território (LAGET) do Instituto de Geociências da UFRJ.

1º DESDOBRAMENTO: A SOCIOLOGIA URBANA DA UERJ
Em meados de 1984, após a defesa da dissertação de mestrado, recomendada por Ana Clara Torres Ribeiro e Lícia do Prado Valladares tornei-me docente do curso de especialização em “Sociologia Urbana” do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, que me contratou inicialmente na qualidade de professora horista no Curso de Especialização em "Sociologia Urbana" (Pós-Graduação Lato-Sensu). Posteriormente, fui contratada como professora visitante por um período de dois anos (1987-1989).
Durante o tempo em que permaneci nesta instituição, enquanto docente da Pós-Graduação Lato-Sensu, colaborei na criação e montagem do Curso de Especialização em "Métodos e Técnicas de Pesquisa em Ciências Sociais" (Pós-Graduação Lato Sensu), colaborei na organização de eventos internos(20) , ministrei as disciplinas de "Planejamento Urbano" e de "Técnicas de Pesquisa", orientei monografias de especialização(21) , participei de bancas de trabalhos de conclusão de graduação e de especialização, bem como fiz um curso de computação e de análise de sistemas(22) . Subjacente a criação desse segundo curso de especialização estava a intenção de criar um mestrado em Sociologia Urbana, que se concretizou na década de 1990, quando já me encontrava na UFRJ. Um motivo de felicidade, então, foi a obtenção de uma bolsa de aperfeiçoamento do CNPq para um de meus orientandos(23).
A proposta da disciplina de Planejamento Urbano era capacitar os alunos a proceder a uma leitura crítica do espaço urbano, dos agentes nele atuantes, com um enfoque no papel e atuação do Estado na regulação do espaço urbano vis à vis à erupção de movimentos sociais. A disciplina de Técnicas de Pesquisa em Ciências Sociais, por sua vez, demandou uma aproximação à Antropologia Urbana e aos métodos de observação participante, além de privilegiar um enfoque das diversas técnicas de investigação e de coleta de dados, analíticas e empíricas, finalizando com a estruturação de projetos e elaboração de relatórios de pesquisa. Essa disciplina demandou, ainda, a introdução do tratamento estatístico de dados aos alunos, o que impôs que me familiarizasse com equações estatísticas, o que me foi facilitado pela base em ciências exatas do curso básico de graduação em Arquitetura.
Um fato curioso, que tomei conhecimento anos mais tarde, é que os meus predecessores na disciplina de Planejamento Urbano da especialização em Sociologia Urbana haviam sido Ruy Moreira e Carlos Walter Porto Gonçalves, que viriam a ser meus colegas no Departamento de Geografia da UFF.

2º DESDOBRAMENTO: O INGRESSO NO(S) DOUTORADO(S)
Em 1987, embora contratada pela UERJ por tempo limitado, a inflação crescente fazia-se sentir, com cada vez sobrando mais mês ao fim dos salários. Não havia, então, possibilidade de ingressar em um doutorado fora do Rio de Janeiro. Assim, frente às limitadas opções ofertadas no Rio de Janeiro, candidatei-me à segunda turma do doutorado do IEI-UFRJ(24) , ao final de 1987, aonde fui aceita como ouvinte.
Além de assistir aulas esparsas de diversas disciplinas, durante o ano de 1988, cursei disciplinas de Teoria Econômica, Economia Brasileira e Organização do Estado Contemporâneo, esta última com José Luís Fiori. A primeira destas disciplinas enfocou o pensamento econômico clássico (Smith, Ricardo e Marx) e algumas correntes que se seguiram com destaque para Keynes. A segunda, trabalhou com uma abordagem heterodoxa de autores de diversas escolas sobre a economia brasileira contemporânea, privilegiando questões relativas aos planos de governo, à inflação e à dívida externa. A terceira, permitiu um aprofundamento e atualização da discussão referente à crise do Estado e ao papel dos sindicatos e partidos políticos na arena de negociações, com base nas contribuições de Claus Offe, de Pierre Ronsanvallon e de outros autores.
Em 1989, a restrição de ingresso ao doutorado do IEI-UFRJ e o desejo de desenvolver minha pesquisa de doutorado sobre o estado do Rio de Janeiro levaram-me a pensar em buscar outras alternativas. Foi quando, reencontrei Celso Lamparelli, em uma reunião preparatória do III Encontro Nacional da ANPUR, que sugeriu que me candidatasse ao Doutorado da FAUUSP com o seu apoio. Assim, em julho de 1989, ingressei no Doutorado de Arquitetura e Urbanismo com uma bolsa CNPq por quatro anos.
Questionada, anos mais tarde, por Milton Santos do por que de não haver ido para a Geografia da USP, cheguei a conclusão que naquela ocasião, de um ponto de vista pragmático, a FAUUSP acumulava, então, condições gerais mais favoráveis ao meu doutoramento, sem demandar créditos suplementares e por permitir-me conjugar a dedicação aos estudos, à pesquisa e às demandas familiares.
Para cumprir os créditos disciplinares cursei as disciplinas de "Teoria da Urbanização" com Celso Lamparelli e Rebeca Scherer, "Teoria do Desenvolvimento e do Planejamento" com Cândido Malta Campos Filho e "Os Processos do Projeto e do Planejamento" com Philip Maria Gunn. A primeira realizou uma recuperação e discussão da evolução da questão metodológica sobre o urbano e o planejamento e, também, privilegiou uma reflexão sobre as atuais práticas de planejamento procurando apontar as tendências correntes e possíveis vieses teórico-metodológicos. A segunda privilegiou, inicialmente, uma recuperação das teorias clássicas de planejamento articulando-as com a prática de planejamento do Estado no Brasil, para a seguir tratar das operações interligadas em São Paulo. Ao passo que a terceira procedeu a uma discussão dos veios ideológicos e políticos que conformaram a prática de produção do espaço urbano, de meados do século XIX à primeira metade do século XX.

3º DESDOBRAMENTO: DE VOLTA À UFRJ E A ERA DOS CONCURSOS
No 2° semestre de 1988, em vista do fim do meu contrato com a UERJ, e de minha inserção como ouvinte no doutorado do IEI, voltei à UFRJ. Este retorno se deu com múltiplas e variadas inserções, de 1988 a 1995, de forma intermitente e com vínculos precários. Primeiro com atividades de pesquisa quase simultâneas no IEI, onde iniciei o doutoramento, e no IPPUR, bem como com aulas de especialização no IPPUR e na FAU e posteriormente com pesquisas na Geografia e no IPPUR. Durante este período me submeti a quatro concursos docentes, sendo aprovada e qualificada em todos, dois na área de Arquitetura e Urbanismo e dois na área de Geografia Humana. A estes quatro concursos seguiram-se mais dois, quando já me encontrava, em caráter precário, no Departamento de Geografia da UFF.
De março a agosto de 1988, trabalhei na pesquisa "Mega-Cities Rio de Janeiro" sob a coordenação de Carmen Fabriani, com suporte de um convênio entre o IEI-UFRJ com a New York University. Nessa pesquisa trabalhei com diversos pesquisadores, com destaque para Janice Perlman, coordenadora geral do projeto, e Susana Finquelievich do Instituto Gino Germani da Universidade de Buenos Aires e do CEUR-Argentina. Além de colaborar na elaboração de relatórios mensais, na definição das diretrizes gerais do projeto, na organização do Encontro de Coordenadores do Mega-Cities, também, participei ativamente da elaboração do trabalho "El Sector Informal y la Calidad de Vida en las MegaCiudades"(25) , apresentado no Seminário "Setor Informal: Cooperação e Participação para Resolver Problemas Urbanos", promovido pela Escola Nacional de Habitação e Poupança, pelo IBAM, pela USAID e pelo Projeto Megacidades, que me oportunizou reencontrar Maria Adélia de Souza.
Em paralelo às atividades desenvolvidas na UERJ e no IEI-UFRJ, no primeiro semestre de 1988, comecei a ministrar a disciplina de “Produção do Espaço” para a Especialização em Urbanismo da FAU-UFRJ, onde permaneci até meados de 1992. Esta disciplina tinha por objetivo fornecer um instrumental analítico e prático para a análise do processo de evolução do uso e ocupação do solo urbano; enfatizando do ponto de vista teórico o papel e interações entre os diversos agentes responsáveis pela produção do espaço (capital imobiliário, incorporadores e a autoconstrução), bem como os aspectos ligados às políticas e práticas do Estado e dos organismos financiadores na produção do espaço urbano (política habitacional, infraestrutura e legislação). Ao nível prático o curso privilegiou o estudo da cidade do Rio de Janeiro e das cidades da Baixada Fluminense, através do uso de mapas temáticos.
Ao mesmo tempo, comecei a dar aulas de "Técnicas de Análise e de Diagnóstico Regional” no Curso de Especialização em "Desenvolvimento Regional e Planejamento Territorial" do IPPUR-UFRJ junto com Rainer Randolph. Na parte que me coube abordei técnicas de pesquisa ligadas à análise regional, através de uma visão crítica, procurando destacar aspectos da coleta de dados em diferentes escalas de análise e de reflexão.
Entrementes, em dezembro de 1991, foi aberto o primeiro concurso em anos para Professor Assistente de Teoria da Arquitetura na Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFF, no qual fui habilitada e aprovada em 2° lugar. Meio ano depois, prestei concurso para Professor Assistente para o Departamento de Planejamento Urbano da FAU-UFRJ, no qual fui habilitada e aprovada em 3° lugar.
Entre 1991 e 1992, eu, Lilian Fessler Vaz e Elane Frossard Barbosa, coordenadora do curso, com quem trabalhara no Grupo de Trabalho de Políticas Urbanas, elaboramos a proposta preliminar do curso de mestrado em Urbanismo da FAU-UFRJ, tomando por base a estrutura curricular da especialização. No segundo semestre de 1992, já sob a coordenação de Denise Pinheiro Machado esta proposta foi aperfeiçoada, reelaborada, encaminhada e aprovada na CAPES, dando origem ao atual programa de urbanismo da FAU-UFRJ, hoje PROURB-UFRJ.
A esta altura percebia que meus interesses de pesquisa se distanciavam cada vez mais da área de Arquitetura e Urbanismo. E, se colavam mais e mais a questões ligadas à análise regional da urbanização e da dinâmica econômica, que se desdobravam nos estudos da tese de doutorado sobre a urbanização fluminense.
Em janeiro de 1992 comecei a participar do Laboratório de Organização de Redes Territoriais, Estratégicas e Sociais do IPPUR-UFRJ (ORTES - IPPUR/UFRJ), coordenado por Rainer Randolph, e da organização do projeto de pesquisa "Impactos de Projetos Turísticos na Ilha Grande, Município de Angra dos Reis" que se propunha a uma avaliação dos impactos de uma possível desativação do Instituto Penal Cândido Mendes na Ilha Grande, município de Angra dos Reis(26). Um desdobramento deste projeto foi a apresentação do trabalho "Life Conditions of Vila Abraão Inhabitants - a Multimedia Presentation"(27) , em coautoria com Rainer Randolph, no 1st Symposium of "Multimedia for Architecture and Urban Design" realizado na FAUUSP.
Em paralelo às atividades na FAU-UFRJ, durante o 1° semestre de 1992, eu e Rainer Randolph tomamos contato com a Ação Rural da Paróquia de S. Sebastião de Lumiar- Município de Nova Friburgo / RJ. Resultou daí uma série de reuniões e discussões que culminaram em nosso apoio a elaboração conjunta do documento "Sustentabilidade dos pequenos produtores em Área de Tombamento (Mata Atlântica - RJ)"(28) apresentado no FORUM GLOBAL - RIO 92. Nesse documento são salientadas as condições de vida e trabalho dos pequenos produtores em áreas de Mata Atlântica, aí residentes há gerações, e os problemas que enfrentam gerados pela ação do IBAMA e de grupos ecológicos radicais, que visam sua erradicação dessas áreas em nome da preservação ambiental do meio físico e biológico, sem atentar para a necessidade de manter estes grupos no local.

CHEGANDO NA GEOGRAFIA, DA UFRJ À UFF
Em 1993, de setembro a dezembro, me aproximei da Geografia propriamente dita quando fui contratada pela Fundação Bio-Rio para gerenciar a 1a Fase da Pesquisa PADCT "Utilização de Sistema de Informações Geográficas na Avaliação Tecnológico Ambiental de Processos Produtivos", coordenada por Bertha Becker e Cláudio Egler, do Laboratório de Gestão do Território (LAGET), com a participação dos laboratórios de Geoprocessamento e de Estudos do Quaternário do Instituto de Geociências-UFRJ, junto com laboratórios do IPPUR-UFRJ e com laboratórios da Fundação Fiocruz. Esse projeto me facultou uma aproximação às técnicas de geoprocessamento e ao domínio de alguns programas, que me propiciaram elaborar mapas temáticos. Bem como propiciou o contato com Fany Davidovich, Lia Osório Machado, Iná Elias de Castro, Paulo César Gomes, entre muitos outros docentes da UFRJ.
Durante esse período no LAGET, Cláudio Egler e Marcelo Lopes de Souza, docentes do Departamento de Geografia, incentivaram minha candidatura ao concurso para provimento de duas vagas de professor assistente em Geografia Humana da UFF. Aprofundei, assim, minhas leituras de Harvey, Soja, Benko e Milton Santos, entre outros autores, bem como dos clássicos da Geografia com destaque para os trabalhos de Ratzel, de La Blache e Waibel. Esse concurso realizado em outubro de 1993 contou com diversos candidatos, havendo sido aprovados e habilitados apenas quatro, eu em terceiro lugar.
Segui no LAGET-UFRJ até dezembro de 1993, quando por força da necessidade de concluir o doutorado desliguei-me do projeto. Essa breve estadia no LAGET-UFRJ propiciou o meu acesso às bases de dados distritais do IBGE relativos ao estado do Rio de Janeiro, necessários ao desenvolvimento de minha tese.
No primeiro semestre de 1994, mais uma vez incentivada por Claudio Egler, Marcelo Lopes de Souza e Bertha Becker prestei concurso para Professor Assistente de Geografia Humana no Departamento de Geografia da UFRJ, no qual fui aprovada em segundo lugar, dentre diversos candidatos. Após esse resultado, retomei a tese de doutorado, que ganhava cada vez mais contornos geográficos em função das intensas leituras e extensos fichamentos feitos para os concursos. Cabe ressaltar que muitas contribuições das leituras desses autores convergiam para as leituras passadas dos textos de Marx, Engels, Lenin, Trotsky, Salama feitas em grupos de estudos clandestinos durante minha militância política durante a graduação, relativos ao desenvolvimento desigual e combinado, às contradições entre o valor de uso e o valor de troca, entre capital e trabalho; bem como leituras de textos de Gramsci, Luxemburgo, Mandel, Deborde e Lefebvre feitas à revelia do sectarismo militante, que contribuíam para uma compreensão da dinâmica espacial do capitalismo e da divisão espacial do trabalho.

INGRESSO NA GEOGRAFIA DA UFF E CONCLUSÃO DO DOUTORADO
Em 1º de agosto de 1995 teve início o meu contrato como professora substituta no Departamento de Geografia da UFF, sem direito a renovação devido a medida provisória federal do primeiro governo presidencial de Fernando Henrique Cardoso. E, foi neste âmbito que se deu a elaboração e redação final de minha tese de doutorado "Os Lugares da Urbanização - o caso do interior fluminense", que me conferiu o grau de Doutora em Estruturas Ambientais Urbanas.
Cabe ressaltar que a pesquisa e elaboração da tese se desenvolveu de 1990 a 1996, em meio a diversas atividades e com uma progressiva aproximação à Geografia, havendo sido defendida em novembro de 1996 e, posteriormente, disponibilizada no acervo digital de teses da USP, da qual trato mais adiante.
Após a defesa da tese, em vista da falta de uma perspectiva de inserção acadêmica institucional na UFF e a convite de colegas do IEI-UFRJ, Fábio Sá Earp e Luiz Carlos Soares, candidatei-me a um concurso de professor assistente em Economia do Trabalho, em que fui aprovada e habilitada em terceiro lugar.
Nessa ocasião foi aprovada a minha solicitação de bolsa de pesquisa de recém-doutor junto ao CNPq ao fim de 1996, o que determinou meu retorno ao Departamento de Geografia da UFF, onde estou até hoje, após haver sido efetivada, através de novo concurso público, em 17 de agosto de 1998.

PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES PARA A GEOGRAFIA BRASILEIRA
Espero que aqueles que ora me leem compreendam que, há décadas, convivo em uma relação de amor com a Geografia. Uma relação consensual estável, reconhecida por meus pares, porém sem títulos de papel que comprovem e atestem a legitimidade de minha relação com a Geografia, ou seja não sou graduada, nem pós-graduada em Geografia, porém com pós-doutorado em Geografia Humana com Horácio Capel em Barcelona, entre 2005 e 2006, na Universidad de Barcelona.
Maurício de Almeida Abreu dizia que me tornei geógrafa, pouco a pouco, fazendo concursos e lecionando diversas disciplinas de Geografia Humana e Econômica ao nível da graduação da UFF, à exceção de Geografia Agrária, bem como formando geógrafos, que hoje lecionam em universidades e em escolas, desenvolvem pesquisas e atuam em diferentes instituições. A este conjunto de atividades somaram-se aulas em disciplinas dos cursos de especialização em Planejamento Ambiental e em Geografia do Rio de Janeiro, precursores do Programa de Pós-graduação em Geografia da UFF.
E, como observou uma vez, Milton Santos “só você para fazer uma tese de Geografia na FAUUSP”. Tese de doutorado defendida em 05 de novembro de 1996 que, posteriormente, para minha honra, citou em um dos seus últimos livros com Maria Laura Silveira, extensamente segundo meus alunos.
Tese que, agora ao elaborar esse memorial, percebo que tem a ver justamente com meu momento de descoberta de uma outra Geografia, diferente daquela dos livros de escola(29) . Momento do meu primeiro encontro com Milton Santos na sala dos espelhos do casarão da FAU-Maranhão em São Paulo, em uma aula apinhada do curso de pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da USP, em 1978. Onde, do alto de um púlpito, teatralmente, Milton Santos discorria sobre paisagem e lugar. Sua abordagem a um só tempo me deixou perplexa, me fascinou, seduziu e intrigou. Levantei questões, fiz perguntas e saí, então, com mais indagações do que respostas. Aqueles eram tempos marcados pela repressão autoritária que repercutia nas salas de aula e calava as vozes de muitos professores, tempos em que uma possível abertura política e transição para a democracia apenas se faziam anunciar. Tempos em que ainda reverberavam os esforços da ala conservadora das forças armadas por um golpe à direita. Assim, ouvir Milton Santos falar livremente naquela ocasião foi, por assim dizer, no mínimo, estimulante.
Embora essa tese designada “Os lugares da urbanização: o caso do interior fluminense”(30) não discuta o conceito de lugar objetivamente, parte de uma discussão do espaço social, de sua produção e traz embutida em si uma concepção geográfica de lugar. Essa tese é um dos marcos de minha adesão à Geografia. Influenciada pelas obras de Harvey(31), Santos(32) , Soja(33) e Lefebvre(34) , procedo à uma reflexão sobre a urbanização no interior fluminense à luz da compreensão da urbanização enquanto um fator crucial para a estruturação do território, que na atual etapa transcende os limites físicos da aglomeração. Esse estudo permitiu-me concluir, então, que a persistência da concentração urbana vis a vis a uma dispersão da ocupação de caráter urbano no território era um sinal da dissolução da dicotomia rural-urbano, que demandava a necessidade de se relativizar a onipresença metropolitana no território.

ATUAÇÃO NA PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA DA UFF
Uma de minhas maiores contribuições ao Departamento de Geografia foi minha atuação ativa junto a um pequeno grupo, constituído por Ruy Moreira, Jorge Luiz Barbosa e Rogério Haesbaert, para a implantação do curso de Pós-graduação em Geografia, cuja proposta foi elaborada no decorrer de 1997 e aprovada em 1998 com conceito 4 na CAPES, sem retificações. Posteriormente, em um esforço conjunto com esses colegas, apoiei e dei suporte efetivo ao encaminhamento da proposta de doutorado, aprovada em 2001 com conceito 4. Além de haver participado de diversas comissões de seleção do mestrado e do doutorado, participei e atuei diretamente, também, em vários níveis e em momentos cruciais à implantação e consolidação prática do Programa de Pós-Graduação em Geografia, de que trato em seguida.
Primeiro, assumi a responsabilidade, por vários anos (1999-2005), dos seminários basilares do Mestrado, que implicavam em uma releitura das propostas de pesquisa apresentadas pelos mestrandos, para uma apresentação coletiva. Esses seminários integravam um sistema escalonado de apresentações semestrais e se constituíram na espinha dorsal da proposta, que permanece vigente até os dias atuais, igualmente implementada no doutorado. Os seminários escalonados do mestrado e do doutorado propiciam um ambiente coletivo de discussão, troca de informações e de acompanhamento do andamento dos trabalhos finais dos orientandos, com a participação do professor orientador e demais docentes do programa.
Em termos da formação propriamente dita, que compreendeu a orientação de diversos mestrandos, implantei duas disciplinas na pós-graduação, uma primeira denominada Urbanização e Ordenamento Territorial, voltada para a problemática da produção social do espaço, com base em leituras da obra de Lefebvre(35) e trabalhos de Santos, com um foco particular em A Natureza do Espaço(36) . Recentemente, implementei a leitura do Capital de Marx(37) , junto com a leitura de David Harvey(38) de modo a instrumentalizar a abordagem da contradição valor de uso-valor de troca e o fetichismo da mercadoria, para a discussão dessa contradição e desse fetichismo em relação à produção social do espaço contemporâneo.
Junto com Jorge Luiz Barbosa, implementei a disciplina “Questões Ambientais Contemporâneas”. Embora essa tenha sido uma experiência exitosa, não se repetiu em função do aumento das demandas administrativas e de pesquisa, que se fizeram acumular nos períodos seguintes.
Após a criação do doutorado em Geografia, em 2001, passei a fazer um acompanhamento direto de vários Seminários de Doutorado, além de haver assumido diversas orientações, ano a ano.
Segundo, para assegurar a qualidade do Curso, de 1999 a 2004, atuei como representante do programa junto à Comissão de Área CAPES coordenada por Maurício Abreu e Maria da Encarnação Beltrão Spósito, onde conheci docentes de outras instituições de ensino superior, entre os quais Ana Fani Alessandri Carlos, Ariovaldo Umbelino de Oliveira, Francisco Mendonça (UFPR )(39), João Lima (UNESP-PP )(40), Heloísa Soares de Moura Costa (UFMG) e, anos mais tarde, Dirce Surtearagay (UFRGS )(41).
Terceiro, contribui, ainda, em um esforço conjunto com meus colegas para a criação da revista Geographia, em 1999. Essa revista concebida enquanto um periódico científico com a meta de viabilizar a tradução e publicação de textos de geógrafos, a publicação de trabalhos de docentes e de discentes, bem como textos clássicos da Geografia, foi avaliada com Qualis A1 na área de Geografia. Durante a gestão de Jacob Binsztok (2006-2008) na coordenação do Programa de Pós-Graduação de Geografia, promovi a digitalização desse periódico. Desde então, este periódico se encontra totalmente digitalizado e disponível online, em uma base OJS(42).
Quarto, cabe ressaltar a importância, primeiro, da orientação de dissertações de mestrado, a que se seguiram as teses de doutorado. Essa função se caracterizou pela diversidade de temas decorrente da necessidade de atender, inicialmente, em parte aos próprios professores do Departamento, bem como a professores de outros departamentos e de outras Instituições de Ensino Superior, a que se somaram candidatos oriundos da graduação da UFF, da UERJ-FFP(43) e inclusive da UFRJ, aos quais vieram depois se juntar candidatos de outros cursos de Geografia do estado do Rio de Janeiro.
A criação do Doutorado em Geografia da UFF contribuiu para aumentar a projeção do Programa ao nível nacional e internacional, com o estabelecimento de diversos convênios de intercâmbio e de cooperação nacional e internacional, com países latino-americanos, africanos e europeus, com um crescente intercâmbio de alunos de diversas partes de mundo.
Entre meus orientandos do mestrado, doutorado, especialização e iniciação científica destacam-se Anita Loureiro de Oliveira (mestrado), docente de Geografia Humana da UFRRJ(44) ; Antônio de Oliveira Júnior (mestrado) docente de Geografia Humana da Universidade Federal de Uberlândia; Fernando Lannes Fernandes (mestrado), Senior Lecturer in Inequalities at the Research Centre for Inequalities, University of Dundee na Escócia; João Carlos Carvalhaes dos Santos Monteiro (iniciação científica, TCC e doutorado), pós-doutorando junto a UFF; Luísa Simões (iniciação científica), que após concluir seu mestrado em Paris, se encontra concluindo seu doutoramento em Geografia na Sorbonne; Marcelo Lopes de Souza (especialização) docente da Geografia da UFRJ e pesquisador 1 do CNPq; Marcia Feitosa Garcia (especialização, mestrado e doutorado) (in memoriam) que ocupou o cargo de Gerente de Avaliação Ambiental de Projetos na Eletrobrás; Marcus Rosa Soares (monitoria, doutorado), docente do CEFET-Nova Iguaçu; Tatiana Tramontani Ramos (iniciação científica) docente de Geografia Humana na UFF – Campos; Renato Fialho Martins (CEFET- Itaguaí) e Pablo Arturo Mansilla, docente da PUC de Valparaíso, bem como outros docentes e pesquisadores provenientes de outras instituições de ensino superior, que se qualificaram junto ao nosso programa, como Regina Mattos da PUC-RIO(45), Célio Augusto Horta do Instituto de Geociências da UFMG; Aldo Souza do CEFET-Belém, Regina Esteves Lustoza da UFV(46) e Josélia Alves docente da UFAC(47) entre muitos outros(48) , inclusive participantes de convênios de intercambio.
Quinto, embora estivesse impedida, em 1998, de assumir a subcoordenação do programa, por me encontrar em regime probatório, assumi diversas tarefas relativas a esse cargo até meados de 2002. De 2002 a 2004, assumi de forma efetiva a (sub)coordenação da pós-graduação com Carlos Walter Porto Gonçalves, enquanto coordenador. A partir de 2007 voltei a dar suporte à coordenação do programa, então sob a gestão de Jacob Binsztok. E, de meados de 2008 até meados de 2010, assumi a coordenação, junto com Nelson Fernandes, ocasião em que o Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFF alcançou o conceito 6 junto a CAPES, o qual mantém até hoje.
Sexto, contribui para com o departamento e o Programa de Pós-graduação em Geografia através da implementação de convênios e de acordos interinstitucionais relativos a formação de quadros qualificados (DINTER(49) informal com a UENF-Campos (2008)(50); DINTER-CAPES com a UNEMAT(51) e UFMT(52) (2010-2013), coordenado por Sandra Baptista da Cunha e Jacob Binsztok durante minha gestão, e implementação de uma política de cooperação e solidariedade interinstitucional através do PROCAD-NF tripartite com a pós-graduação em Geografia da UFPA(53) e da UNESP-PP (2009-2014), coordenado por mim, por Janete Gentil de Moura da UFPA e por Antônio César Leal da UNESP-PP, a que se soma o edital Casadinho com a UECE(54) , coordenado por Denise Elias. Dessas cooperações resultou um intercâmbio de docentes e discentes, que contribuiu para uma rica troca de experiências. Soma-se a essas experiências a interação entre o mencionado PROCAD-NF de Geografia da UFPA com o PROCAD-NF de Economia da mesma universidade, que promoveu a integração de docentes de todos os cinco programas envolvidos (Geografia da UFF, da UNESP-PP, da UFPA e Economia da UNICAMP(55) e da UFPA) em um Seminário realizado na UFPA com o apoio do CORECON-PA(56) em dezembro de 2010, coordenado por Carlos Antônio Brandão da UNICAMP.
Sétimo, em termos da internacionalização do programa, além das iniciativas de meus colegas, cabe, em parte, uma responsabilidade minha nos laços estabelecidos com a Universidad de Barcelona, graças a um estágio de pós-doutorado realizado naquela universidade, junto ao professor Horacio Capel, entre 15 de julho de 2005 e 31 de março de 2006. Embora estivesse debilitada em razão de sérios problemas de saúde, este estágio foi extremamente profícuo e contribuiu, posteriormente, para diversos estágios de doutorado-sanduiche de nossos alunos da pós-graduação, bem como para a realização de estágios pós-doutorais de outros colegas. No âmbito dessa cooperação recebemos Paolo Russo da Universidad de Tarragona, que ministrou aulas no Programa de Pós-graduação em Geografia da UFF.
Em 2016, graças às relações estabelecidas com a Universidade de Leiden (Holanda) conduzi as negociações para o estabelecimento de um convênio de intercâmbio e cooperação acadêmico interinstitucional com a UFF.

ATUAÇÃO NA GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
Somam-se às atividades no programa de pós-graduação em Geografia minha dedicação à graduação em Geografia (bacharelado e licenciatura). Destacam-se entre outras atividades:
Primeiro, a montagem e implementação do Programa Especial de Treinamento (PET) da CAPES, em conjunto com Jorge Luiz Barbosa e Rogério Haesbaert, esse PET segue em operação, congregando alunos bolsistas e não-bolsistas, com o objetivo de formar e preparar estudantes da graduação para o mestrado.
Segundo, participei, em termos institucionais, ao longo de toda a minha trajetória acadêmica junto ao Departamento de Geografia de diversas comissões relacionadas à reestruturação curricular do curso de graduação em Geografia, informatização, alocação de vagas docentes, bem como de instâncias institucionais com destaque para o Colegiado do Curso de Graduação em Geografia, a Câmara Técnica de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, bem como do Colegiado do Instituto de Geociências, entre outras representações.
Terceiro, em meus primeiros anos no Departamento de Geografia ministrei um carrossel de disciplinas(57) que levaram-me a aprofundar a reflexão geográfica vis ao vis ao desenvolvimento de pesquisas diversas e a familiarizar-me com o pensamento geográfico, com destaque para as obras e as contribuições de meus colegas(58) , bem como com a produção cientifica de um amplo repertório de geógrafos nacionais(59) , com a obra de geógrafos estrangeiros atuais(60) e de autores clássicos da Geografia(61).
Quarto, desde meu ingresso no departamento de Geografia em 1º de agosto de 1995, participei de bancas de trabalho de conclusão de curso, orientei trabalhos de conclusão de curso em um amplo espectro de temas, bem como trabalhos de vários bolsistas de iniciação científica e de iniciação à docência (monitoria) que fizeram parte de meu grupo de pesquisa GECEL (Grupo de Estudos de Cidade, Espaço e Lugar), cadastrado junto ao CNPq. Muitos desses orientandos, posteriormente, ingressaram na pós-graduação e encontram-se inseridos em instituições de ensino superior ou em órgãos de pesquisa.
Quinto, atuei efetivamente na seleção de novos docentes para o Departamento de Geografia, enquanto presidente de três bancas de seleção de provimento de vagas para professor adjunto de Geografia Humana e Econômica com ênfase em Brasil.
Enfim, cabe ressaltar, que entre 1º de agosto de 1995 a 17 de agosto de 1998, estive vinculada ao departamento de Geografia em caráter precário. Primeiro, como professora substituta 20 horas (de 1º de agosto de 1995 a 31 de julho de 1996); depois como professora horista 15 horas na especialização. De meados de 1997 a 1998, passei a receber uma bolsa CNPq de Recém-Doutor em Geografia com o projeto Dinâmicas locais e regionais no sul fluminense - complexos de rede empresarial e o Porto de Sepetiba(62).
1998 era um ano eleitoral, em que Fernando Henrique Cardoso concorria à reeleição, embora fosse um momento que, aparentemente, não haveriam mais concursos, nem contratações, a UFF recebeu uma pequena quantidade de vagas docentes e uma foi alocada ao Departamento de Geografia. Após a realização do concurso em maio de 1998, fui aprovada em 1º lugar, e efetivada no cargo de Professor Assistente I de Geografia em 17 de agosto de 1998 e promovida a Professor Adjunto I em 20 de agosto de 1998. Um produto desse concurso foi a editoração junto com Rogério Haesbaert da prova de aula realizada, que resultou no artigo “O território em tempos de globalização”(63).

ATUAÇÕES DIVERSAS E PROJEÇÃO EXTERNA
Contribui, também, para a projeção externa do programa e para suas relações interinstitucionais ministrando cursos em Instituições de Ensino Superior no Brasil e no exterior, colaborando com Programas de Pós-graduação em Geografia de outras universidades, dando palestras, conferências, participando de semanas de Geografia, comemorações do dia do Geógrafo e realizando Aulas Magnas. Entre as quais se destacam:

• as relações estabelecidas com o departamento de Latin American Studies, que abriga a cátedra Rui Barbosa, sob a coordenação da professora Marianne Wiesebron, que assumi na Universidade de Leiden, na Holanda, uma das mais antigas universidades da Europa, de 1º de fevereiro a 30 de abril de 2014, que contribuiu para darmos inicio a uma cooperação mais estreita e a realização de um convênio amplo de intercâmbio e cooperação. No âmbito desta estadia ministrei palestras nos programas de pós-graduação da Universidade de Amsterdã e na Universidade de Cardiff.
• o curso de pós-graduação de curta duração no Mestrado em Estudios Urbanos da Universidad Nacional da Colombia, em Medellín, em março de 2012.
• as Aulas Magnas nos programas de pós-graduação em Geografia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, em 2008, em Francisco Beltrão e da Universidade Federal de Pernambuco, em 2013.
• a colaboração, participação em eventos, disciplinas ou palestras em outros os programas de pós-graduação (de Geografia da UNESP-PP, UFMG, UFPA, da UFPB; de Economia da UNICAMP e do CEDEPLAR (UFMG); de Planejamento Urbano e Regional do IPPUR-UFRJ, entre outros.
• a participação em mesas redondas de comemoração de Semana de Geografia de diversos programas de pós-graduação (UFSJ, em 2014; UNESP-Rio Claro, em 2011; UNICAMP, em 2008, entre outras).
• a atuação ativa no projeto de extensão, sob a coordenação de Jorge Luiz Barbosa, que resultou na Implantação e Ampliação do Polo Universitário da UFF em Volta Redonda;
• a participação em bancas de concurso docente de Geografia na USP e na UFPE;
• a participação em bancas de professor livre-docente na Geografia da USP e na Ciências Sociais da UNICAMP
• a participação em bancas de professor titular em Geografia Humana, Geografia Física e Geoprocessamento na UFSC, UFPB, UFU.
• a participação em bancas de professor titular de Ciências Sociais, Antropologia Social, Psicologia Social e Filosofia na UFSC.
• a participação em mesas redondas em diversos eventos nacionais, internacionais, bem como em eventos de cunho local e regional promovidos nas áreas de Geografia e de Planejamento Urbano e Regional;
• a colaboração e participação em comitês científicos, em comissões organizadoras e em advisory boards de eventos nacionais e internacionais da área de Geografia e de áreas correlatas.
• a atuação como consultora ad-hoc em comissões editoriais de diversos periódicos científicos nacionais e internacionais;
• a representação do programa de pós-graduação em reuniões da AGB(64) nacional e da ANPEGE(65) , e a participação enquanto convidada de mesas-redondas em Encontros Nacionais de Geógrafos, em Seminários itinerantes temáticos, entre os quais se destacam os Simpósios de Geografia Urbana (SIMPURB). A que se soma a coordenação, organização de grupos de trabalho em simpósios temáticos (SIMPURB) e encontros nacionais da pós-graduação em Geografia;
• a participação nas Conferências Internacionais de Americanistas nos grupos de Sandra Lencioni e Sonia Vidal Koopmann, de Ana Fani Alessandri Carlos e Alicia Lindon.
• a cooperação com outros programas de pós-graduação em Geografia para a definição de formas de melhoria das condições da pós-graduação. Assim como a colaboração ativa com associações nacionais de pesquisa e pós-graduação, implementando a filiação e associação do programa, com a promoção de eventos e fomento à pesquisa. Destaca-se nesse sentido à filiação e atuação ativa do programa e minha junto ao CLACSO(66) , à ANPEGE e à ANPUR, bem como junto à AGB.
Enfim, em termos da projeção externa, enquanto docente do Programa de Pós-Graduação em Geografia, cabe um item aparte para minha atuação junto à ANPUR, que me obrigou a retomar questões do planejamento urbano e regional. Esse período de certa maneira contribuiu para uma retomada renovada de minhas pesquisas na Geografia, conforme veremos adiante.

INTERMEZZO: ANPUR
Participei da ANPUR desde o seu I Encontro Nacional, com a apresentação de trabalhos e organização de sessões livres, com um breve intervalo entre o IV e o VII Encontro Nacional, em razão da tese de doutorado. Minha participação se torna mais ativa em termos institucionais, após 2005, com a filiação do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFF. Ao final do XIV encontro foi eleita uma chapa para a gestão 2011-2013, com Ana Clara Torres Ribeiro como presidente e eu na qualidade de secretária executiva-nacional, além de cinco outros diretores. Com seu falecimento precoce, em 09 de dezembro de 2011, assumi a presidência da ANPUR até 31 de julho de 2013.
Durante a gestão da ANPUR participei de inúmeros eventos e mesas-redondas no Brasil e no exterior. Organizei com os demais membros da comissão organizadora, durante esse período a editoração e publicação da coleção ANPUR(67) , compreendendo as contribuições das mesas redondas do XIV Encontro Nacional, uma homenagem a Ana Clara Torres Ribeiro, a tese e a dissertação premiadas, a que se somam as contribuições do Simpósio organizado no âmbito da 65ª reunião anual da SBPC(68) em Recife.
Viabilizei com base no trabalho desenvolvido na gestão de Leila Cristina Duarte Dias (2009-2011) a disponibilização online de todo o acervo de anais da ANPUR sob o formato OJS, apoiei e dei suporte à atualização da Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, sob a editoria de Carlos Antônio Brandão (2012-2014).
O período de 2011 a 2013, na ANPUR foi marcado por intensas atividades relacionadas ao ensino, ao fomento e, em especial, à representação e participação em órgãos de governo, em que se destacam a participação na comissão da Conferência Nacional de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional e subsequente participação na mesa de abertura da Conferência Estadual de Desenvolvimento Regional do Rio de Janeiro, a participação na Comissão de Representantes de Associações Nacionais de Pesquisa e Pós-Graduação criada por Marcio Pochmann no IPEA(69) . Somam-se a estas atividades a interlocução com o Centro Celso Furtado, com o Observatório de Desenvolvimento Regional da UNISC(70) e com a Rede Brasileira de Cidades Médias (RCM) coordenada por Marcos Costa Lima (UFPE).
A gestão da ANPUR foi um período marcado pela retomada da questão regional na pauta de preocupações e de formulação de políticas por parte do governo federal. Nesse sentido o I Seminário de Desenvolvimento Regional, Estado e Sociedade (SEDRES), organizado por Rainer Randolph, abriu um espaço de interlocução das questões regionais entre os programas de pós-graduação e órgãos institucionais de governo, havendo participado de suas duas primeiras edições.
Dentre as muitas atividades associadas à gestão da ANPUR, quatro merecem um olhar especial. A primeira refere-se à organização por mim e pelo secretário-executivo, Benny Schvarsberg junto com um grupo de docentes da UNB, do VI Seminário Nacional de Avaliação do Ensino e da Pesquisa em Estudos Urbanos e Regionais em Brasília, que reuniu representações das áreas de geografia e de planejamento urbano na CAPES e no CNPq, com mesas de debates sobre questões relacionadas ao ensino e à pesquisa em planejamento urbano e regional.
A segunda diz respeito, ao Simpósio ANPUR-SBPC, organizado por mim e Edna Castro (NAEA-UFPA)(71) realizado em Recife, durante a 65ª Reunião Anual da SBPC, que deu origem ao livro “Um novo planejamento para um novo Brasil?”(72) . Esse seminário permitiu reavivar e estreitar os laços da ANPUR com outras entidades científicas, bem como para que a ANPUR alcançasse uma explicitação maior de sua interdisciplinaridade, através da articulação das contribuições dos pesquisadores de diferentes campos do conhecimento que a integram. E, também, facultou aos membros da ANPUR refletir e se posicionar crítica e politicamente frente às jornadas de junho-julho de 2013, o que me levou, então, a alertar para o perigo da radicalização à direita, dada a ausência de vínculos partidários.
A terceira é relativa ao estabelecimento de uma interlocução com outras associações nacionais de pesquisa e de pós-graduação (com destaque para a ANPEGE, ANPOCS(73) , ABEP(74) e ANPARQ(75) ) em torno de questões comuns como as limitações à participação no programa Ciências sem Fronteiras e a demanda por uma Diretoria de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
E, em quarto lugar, merece destaque a projeção internacional da ANPUR, através do apoio ao Programa Atílio no âmbito dos diálogos França-Brasil e da participação nas reuniões do GPEAN realizadas em Lausanne (2012), em Recife (2013) e em Dublin (2013), que possibilitaram trazer para o Rio de Janeiro a realização do IV World Planning Schools Congress em 2016, organizado por uma missão organizadora, da qual fui parte integrante, sob a coordenação do IPPUR-UFRJ.
A gestão da ANPUR além de haver possibilitado um maior contato com os programas da área de Desenvolvimento Regional permitiu-me perceber suas interações com a Geografia, abrindo diversas possibilidades de trabalho conjunto entre os programas de ambas as áreas, além de haver contribuído para ampliar as possibilidades de inserção e de projeção dos docentes e pesquisadores dos programas-membro. As atividades e interações desenvolvidas nesse período tiveram um desdobramento em minha produção acadêmica e atividades de pesquisa como veremos a seguir.

PESQUISAS EXPRESSIVAS QUE MARCARAM O PERFIL ACADÊMICO
A atividade de pesquisa sempre foi, junto com a docência, parte fundante de minha trajetória acadêmica, embora desenvolvida de forma intermitente. Ganha corpo maior após o mestrado e se desenvolve initerruptamente após o doutorado e o ingresso no Departamento de Geografia da UFF.
A atividade de pesquisa inicia-se com estágios diversos(76) e ganha corpo com o Grupo de Políticas Urbanas, bem como com a pesquisa para a dissertação de mestrado, que resultou, também, na colaboração com a revista Espaço e Debates e organização de seu 2º número, onde foi publicado o artigo "Um Subsídio ao Debate sobre a Ação do Estado em Favelas: Rio de Janeiro – 1980”(77) . Esta colaboração estendeu-se do primeiro ao sexto número, de janeiro de 1981 a setembro de 1982.
Merece menção especial, nesse período, uma consultoria realizada com Rainer Randolph, em 1986, para a ANPUR/CNPQ/BNH/ FINEP/CNDU, que se consubstanciou no relatório "Balanço Quantitativo da Produção Técnico-Científica em Planejamento Regional, Urbano e Habitacional”(78) , que contribuiu para delimitar as áreas de interesse da ANPUR e da ANTAC(79). Este balanço foi apresentado(80) na mesa de abertura do 1º Encontro Nacional da ANPUR, em que igualmente participei com Ana Clara Torres Ribeiro como relatora do grupo de trabalho de Planejamento Urbano(81). A esta seguiram-se outras participações como pesquisadora colaboradora em pesquisas já mencionadas, que contribuíram para diferentes olhares e enfoques sobre questões relativas à urbanização(82), à questão urbano-ambiental(83) , que influíram na minha pesquisa de doutoramento (1990-1995) e depois se desdobraram em apresentações de trabalhos, em publicações(84) e em projetos de pesquisa por mim coordenados, a partir de 1997, com fomento do CNPq.
A tese teve por suporte teórico-conceitual a reflexão sobre o espaço, urbano e a urbanização, considerando as limitações impostas pelo desenvolvimento do capitalismo, na fase da acumulação flexível, à reprodução ampliada especializada do capital e do trabalho, que se expressam na distribuição e localização espacial da população e das atividades produtivas e nos esforços para maximizar as respectivas mobilidades espaciais, em diferentes escalas articuladas. A tese aponta para uma tendência crescente à diferenciação e complexificação da rede urbana fluminense, com a especialização dos lugares. Tais processos vieram a confirmar, ainda que parcialmente dada a desatualização dos dados econômicos, que a disseminação no território de relações espaciais e sociais de produção de caráter urbano tendem a conferir ao urbano uma amplitude territorial, que transcende aquilo que percebemos como "perímetro urbano"(85). O urbano poderia, assim, ser considerado não-simultaneamente tanto o lugar da reprodução das relações de produção, referentes aos bens e meios de produção, quanto o lugar da reprodução da força de trabalho. A difusão destas e de novas formas de organização do espaço colocaram "na ordem do dia" a reflexão da constituição de novas formas de regionalização do território e da sociedade, a partir da conformação de distintos níveis de redes de interações entre lugares diversos. E, tornavam perceptível uma modificação no perfil contemporâneo da urbanização brasileira, questão que perpassa o meu universo de preocupações até o presente.
Um olhar retrospectivo às pesquisas que desenvolvi nos últimos vinte e cinco anos, permite distinguir três grandes eixos de preocupação: um primeiro direcionado a reflexão da urbanização, enquanto um processo de estruturação do espaço; um segundo dedicado a uma reflexão teórico-conceitual das obras de Lefebvre, e ao debate em torno da produção social do espaço e do cotidiano; e, um terceiro relacionado à questão socioambiental, para apreender a nova qualidade da urbanização, em razão de sua dispersão, em um esforço para resgatar a visão holística da Geografia a partir da compreensão de que não há mais como tratar da urbanização sem considerar a questão ambiental. A esses eixos, mais recentemente, se soma uma retomada da reflexão sobre o Estado capitalista e o caráter da financeirização do espaço, que se junta ao segundo eixo enquanto base para a reflexão sobre a urbanização e a questão ambiental intrínseca à produção social do espaço. Esses eixos se entrelaçam, se desenvolvem em paralelo, se complementam, se alimentam entre si e ao longo de minha trajetória ganham diferentes ênfases, em que uns permanecem subjacentes aos outros, como explicito a seguir.
No âmbito do primeiro eixo, até 2005, se alternam projetos seja com um enfoque relacionado à dinâmica demográfica, sob a ótica da lógica da reprodução social da força de trabalho, seja com uma abordagem, relacionada à dinâmica econômica sob a lógica da reprodução dos meios de produção e do capital. Nesse eixo concentra-se boa parte de meu esforço de pesquisa e contei com a valiosa interlocução e apoio de Arlete Moysés Rodrigues, Doralice Satyro Maia, Heloisa Costa, Jan Bitoun, Maria da Encarnação Spósito, Sandra Lencioni, entre muitos outros docentes e pesquisadores preeminentes da área.
A reflexão relativa ao 2º eixo se desenvolve em paralelo aos projetos de pesquisa, no âmbito das atividades do Grupo de Estudos Cidade, Espaço e Lugar (GECEL-CNPq); da organização ininterrupta, nos últimos vinte anos, de sessões livres nos Encontros Nacionais da ANPUR, que propiciaram a interlocução e colaboração profícua, direta e indireta, com pesquisadores de diversas instituições, com destaque para Amélia Luísa Damiani, Ana Fani Alessandri Carlos, Geraldo Magela Costa, Ivaldo Lima, Orlando Alves dos Santos Júnior, Rainer Randolph e Roberto Luís Monte-Mór, entre muitos outros. Essa cooperação resultou na produção de artigos, capítulos de livros, bem como na organização de uma coletânea com reflexões sobre as contribuições da obra de Lefebvre(86).
Na tese privilegio o primeiro eixo conjugado ao segundo eixo, enquanto que os projetos de pesquisa subsequentes se consubstanciaram em publicações e deram ênfase ao enfoque econômico, às redes sociais e informacionais e ao papel das tecnologias de informação e comunicação na organização do espaço(87). Esse interesse pelas tecnologias de informação teve por base as proposições de Milton Santos(88) relativas à conformação de novas redes e emergência de novas formas de regionalização em virtude das verticalidades propiciadas pelo meio técnico científico informacional.
A abordagem das tecnologias de informação levou a uma retomada do contato com Susana Finquelievich. E, de 1998 a 2005, realizei diversas missões de intercâmbio, com interações com o Instituto Gino Germani da Universidad de Buenos Aires, com a Universidad de Quilmes, com a rede Montevideo de investigadores e a uma participação na Red de Posgrados sobre Desarollo y Politicas Territoriales y Urbanas de los Países del Cono Sur(89).
Em paralelo, aprofundei as pesquisas relativas à dinâmica econômica do Sul Fluminense. Após 2006, o objeto de referência amplia-se. Passei a considerar, então, outras áreas do estado do Rio de Janeiro(90) , o que contribuiu para confirmar algumas hipóteses relativas à crescente tendência de dispersão espacial da população e das atividades produtivas fora da malha urbana consolidada(91). Entre as atividades desenvolvidas entre 2003 e 2005, destaca-se o Seminário Brasil Século XXI: agentes, processos e escalas, que deu origem a uma coletânea de mesmo nome organizada por mim, Rogério Haesbaert e Ruy Moreira no âmbito do projeto do “Indústria Fluminense, Desigualdade Espacial e Economia Globalizada ”, o qual teve seguimento com o Projeto “Dinâmicas Espaciais e Regionalização no Sudeste Brasileiro”.
Após 2006, começo a efetivamente articular o primeiro e o segundo eixo, com a incorporação, ainda que, de forma subjacente da questão ambiental (3º eixo). No âmbito do 1º eixo tendo por foco a problemática da urbanização e da produção do espaço colaborei, como consultora eventual nos encontros da Rede de Cidades Médias (RECIME), coordenada por Maria da Encarnação Beltrão Spósito, com a Rede Brasileira de Cidades Médias (RBCM) coordenada por Marcos Costa Lima (IFCH-UFPE); havendo participado da pesquisa interinstitucional coordenada por Nestor Goulart Reis Filho (FAUUSP) (2006-2010). Essas cooperações resultaram em diversas apresentações de trabalho, publicações em periódicos e capítulos de livros(92).
A articulação entre as preocupações relativas à urbanização (1º eixo) e a produção social do espaço (2º eixo) resultou em algumas publicações(93) expressivas para mim. Essa reflexão se expressou nas investigações subsequentes relativas a urbanização, a relação urbano-rural, ao papel das grandes corporações e do Estado no processo de urbanização, o que me conduziu à discussão da financeirização do espaço social e as questões relativas à neoliberalização, que me permitiu articular à discussão anterior a reflexão relativa ao terceiro eixo, e ao caráter estratégico que assume a totalidade do espaço para a acumulação de capital na contemporaneidade.
O terceiro eixo desenvolve-se de forma subjacente aos dois primeiros, havendo resultado em uma produção substancial(94) com participações e apresentação de trabalhos em eventos nacionais e internacionais, bem como em publicações em periódicos nacionais e internacionais sobre o controverso tema da sustentabilidade ambiental e às limitações da regulação legal, contando com poucos interlocutores. Nos últimos anos tenho buscado articular este eixo com o primeiro eixo da urbanização, que se explicita em alguns trabalhos(95) relacionados ao impacto da expansão das atividades de turismo receptivo de porte internacional em áreas de preservação permanente e de proteção ambiental, com apresentações de trabalho em eventos nacionais, internacionais e com a publicação de artigos.
Nesse interim, cabe menção ao pós-doutorado em Geografia Humana na Universidad de Barcelona, de 2005 a 2006, que contribuiu para a mudança de tom, de abordagem e de escala de análise e de reflexão. Esse estágio colocou-me em contato com diversos docentes de Geografia Humana da Universidad de Barcelona e de outras universidades catalãs, viabilizando um rico intercâmbio de ideias e de experiências. Durante o pós-doutorado, Horacio Capel me instigou a articular a reflexão teórica com acontecimentos e fatos contemporâneos correntes, bem como a adotar uma escrita mais solta e irreverente. Desse encontro entre dois desconhecidos, proporcionado por Ivaldo Lima um colega do Departamento de Geografia, resultou uma amizade duradoura e uma colaboração continua desde então. Destaca-se, entre os trabalhos publicados no decorrer do pós-doutorado(96) o artigo Paris em Chamas, que conquistou o III Prêmio Milton Santos da ANPUR, e foi publicado no 3º volume dos “Dialogues in Urban and Regional Planning”(97).
A partir de 2006 há uma gradual mudança na escala de abrangência geográfica da reflexão na investigação e produção acadêmica, que se inicia com o interior fluminense e o território do estado do Rio de Janeiro, para após 2009, passar a enfocar o Brasil e pontos selecionados do território fora das áreas metropolitanas, embora, se detenha sobre estas de modo a proceder a uma diferenciação entre áreas metropolitanas e áreas de urbanização dispersa, que tendencialmente conformam arquipélagos urbanos. Para tanto, contribuiu sobremaneira a interlocução com Ana Fani Carlos, Maria da Encarnação Spósito, Sandra Lencioni, Roberto Monte-Mór e Ruy Moreira.
A mudança de escala de abrangência geográfica constituiu mais um passo na construção do objeto de reflexão: a urbanização, enquanto um esforço de compreensão da produção do espaço social. Construção que perpassa as várias fases e projetos de pesquisa, que demandou a aproximação de casos, por assim dizer, paradigmáticos. Essa mudança foi um meio de contornar as limitações impostas pelo estudo de um ou outro caso particular, tomando como referência de análise casos diversificados para gerar um quadro referencial mais complexo. Isso demandou, também, uma mudança da escala de reflexão, uma vez que entram em pauta outros processos mais gerais, que articulam o local ao global, ao mesmo tempo em que o papel do Estado, das corporações e dos grandes atores globais se faz mais presente.
Em consequência, isso me levou a retomar e atualizar a reflexão sobre o Estado capitalista, que permaneceu subjacente, adormecida, desde o final da década de 1980, quando ingressei no doutorado da FAUUSP. Essa retomada da reflexão do Estado, veio acompanhada por uma discussão sobre as teorias do desenvolvimento, sobre o novo desenvolvimentismo e seu papel no planejamento. Resgatei, assim, as contribuições subsequentes ao Estado, o Poder e o Socialismo de Poulantzas, à L’Etat de Lefebvre, a que se somam as leituras das obras de Jessop, Brenner e Peck, entre outros autores.
A retomada do papel do Estado e do planejamento na organização do espaço brasileiro teve por base um intenso acúmulo de leituras desde o mestrado, havendo resultado em publicações e participações em mesas-redondas em eventos nacionais e internacionais(98), que buscam conjugar a interação Estado-planejamento e a produção do espaço social. Esforço em que se insere o grupo de trabalho da ANPEGE Planejamento, Gestão e Produção do Espaço, que conta com Heloisa Costa, Adriana Bernardes, Cesar Simoni Santos, Paola Verri Santana e Tadeu Alencar Arrais.
Essa constelação de fatores contribuiu para a inserção da reflexão do papel do Estado e do planejamento na urbanização, de modo a alcançar uma compreensão e esboçar um quadro inicial das tendências recentes da urbanização brasileira a partir de uma perspectiva crítica. Perspectiva que não se esgota, seja em razão de sua complexidade, seja por unir e possibilitar a convergência dos vários eixos de preocupações de pesquisa assinalados, que se expressam em diferentes momentos de meu percurso acadêmico e intelectual.
A necessidade de rigor teórico e conceitual nesse sentido foi fundamental, ainda mais, considerando que, aparentemente, ao menos ao nível técnico e político-administrativo tudo se tornou metropolitano, sem efetivamente o ser. Soma-se a isso a preocupação com a relação rural-urbano, com as mudanças nas relações de centralidade, seja como elemento diferencial, seja com base no aprofundamento da divisão territorial e social do trabalho. Há que se considerar nas mudanças nas relações de centralidade e na organização territorial do espaço urbano o papel dos rearranjos políticos e espaciais, os quais evidentemente não se dão por si só, mas através das articulações entre diferentes agentes econômicos e o Estado, em particular o BNDES, enquanto agente financiador das ações de diversos agentes corporativos em diferentes escalas na última década e, em particular, das grandes empreiteiras. Isso vai ao encontro da ideia de Ribeiro e Dias(99) que ressaltam a necessidade de se “ (...) reconhecer, em qualquer escala, a existência de campos (ainda que frágeis) de poder, agentes econômicos e atores políticos que contribuem, com mais ou menos intensidade, para estabilizar ou desconstruir a própria escala que sustentou a sua emergência e/ou afirmação”. Salientam ainda que se multiplicam os processos em rede com a composição de “novos contextos de relações societárias” e a construção de arenas políticas, ainda que que efêmeras, que se contrapõem à ideia de uma totalidade homogênea inelutável, em que tudo estaria dado e pré-definido. A questão é que não só o espaço emerge como fator estratégico, mas a escala assume um novo significado. E isto se evidencia em minhas pesquisas, uma vez que os processos analisados apontam para a ação de atores sociais e de agentes econômicos e políticos em diferentes escalas e esferas de reprodução social. E, é nesse contexto, que se insere a preocupação agora com o Estado capitalista, com o planejamento e a organização do espaço, com foco no processo de urbanização.
Voltei, assim, à discussão do Estado, a partir de uma perspectiva, mais complexa, em que se insere a discussão da produção social do espaço e da urbanização, vis a vis ao papel de grandes agentes corporativos. Em uma tentativa de inter-relacionar os três grandes eixos de preocupações assinalados. O esforço de síntese tinha por norte geral e mais amplo procurar compreender de forma mais abrangente as tendências recentes da urbanização brasileira de modos a alcançar elementos que permitissem pensar em novas formas de regular e controlar a ocupação desenfreada do território e seus impactos sobre o meio ambiente(100). Antes de ser concluída a investigação sobre os novos destinos urbanos e o papel das corporações na configuração da urbanização, esta foi, de certa forma, atropelada pelo desenrolar dos acontecimentos e pela mudança da conjuntura política e econômica nacional, que já se desenhava ao fim de 2015, um indicativo de que, aparentemente, me encontrava em um rumo acertado.
A crise política que se abateu, em 2015-2016, sobre o país e envolveu as grandes empreiteiras colocou em um segundo plano as questões relativas à formação de aglomerados urbanos associados a grandes projetos e evidenciou a necessidade de se refletir sobre o caráter do Estado capitalista nesta fase neoliberal, e sobre a natureza da neoliberalização do espaço enquanto uma política de Estado.
O subsequente impedimento da presidente Dilma Roussef e deslanchamento da crise econômica evidenciaram que vivemos um momento de incertezas e de mudanças. Mudanças políticas e econômicas que mexem com as várias dimensões e esferas da vida social. E, que a um só tempo revelaram as fragilidades e puseram em xeque as instituições democráticas, com a destruição de conquistas sociais seculares e a dilapidação dos recursos naturais. Esses acontecimentos revelaram imbricações e articulações espúrias, em diferentes escalas e esferas, que puseram a nu a promiscuidade, que já se desenhava, entre diversos capitais nacionais e internacionais com o aparelho de Estado.
Destarte, ainda na perspectiva de entender a urbanização enquanto um processo de produção estruturante da organização social do espaço, que orientou nossas investigações nos últimos anos, pareceu-me imperativo, em razão das mudanças na conjuntura política e econômica, avançar e ampliar o olhar para pensar as especificidades da produção neoliberal do espaço na contemporaneidade e o papel desempenhado, contraditoriamente, pelo Estado.
Essa segunda década do segundo milênio encerra-se em um momento de inflexão política e econômica, marcado por uma reversão de políticas sociais, mudança das prioridades de investimentos e retomada radical de ideários e postulados neoliberais, que privilegiam as elites, mantém a dominação social dos trabalhadores, com a ampliação da pobreza e crescente redução das possibilidades de mobilidade social. A crise que o país atravessa é reveladora, pois obriga os setores hegemônicos a se rearticular em diferentes escalas, pondo a nu alianças e coalisões entre os setores público e privado. No corolário dessa mudança de rumos, alterou-se a inserção do Brasil no cenário mundial. As relações Norte-Sul passaram a ser priorizadas, com a subordinação dos interesses nacionais às potências hegemônicas, em detrimento das relações Sul-Sul. Essa reflexão, igualmente resultou em publicações sobre a urbanização em escala regional (101) e em ensaios que articulam os três eixos com a inserção de questões relativas ao papel da utopia e a alternativas possíveis, à sustentabilidade, ao comum urbano, a decolonialidade e interculturalidade no âmbito da financeirização do espaço e da perspectiva de construção de uma sociedade mais equânime(102).

E, PARA ENCERRAR: TRILHO CAMINHOS, SEM SABER O DESTINO
Ao finalizar essa memória, percebo a incompletude dos caminhos trilhados até aqui, os quais abrem diversos destinos possíveis. Já dizia Fernando Pessoa: “navegar é preciso, viver, não é preciso”. A vida não é exata, nem precisa, ao contrário da navegação, e sua beleza reside exatamente nessa imprecisão. A inquietação, o desejo de entender e de compreender o que ocorre para pensar, para contribuir com possibilidades de mudança social na perspectiva de construção de uma sociedade mais equânime, de cidades para os cidadãos permanecem vivas.
O impacto civilizatório do capitalismo contribuiu para um aprofundamento das diferenças, para uma cisão em termos de distribuição espacial da riqueza, do saber e das condições de vida da população. Padecemos de uma modernização incompleta, que nos faz parecer a Bélgica e a Índia ao mesmo tempo. Ou como diriam Gil e Caetano em uma de suas músicas, o Haiti é aqui.
Encerro com algumas palavras de Milton Santos “de um ponto de vista das ideias, a questão central reside no encontro do caminho que vai do imediatismo às questões finalísticas. De um ponto de vista da ação, o problema é superar as soluções imediatistas, eleitoreiras, lobistas, e buscar remédios estruturais duradouros”(103).
E, nessa perspectiva cabe buscar conciliar diferentes visões, encontrar novos patamares de entendimento, trilhar novos caminhos com o horizonte de avançar rumo a uma sociedade mais equânime.

NOTAS
1- Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.
2 - LEFEBVRE, H. O direito à cidade. São Paulo: Documentos, 1969.
3 - ASCHER, F. Los nuevos principios del Urbanismo. Madrid: Alianza, 2007, p. 42.
4 - Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Tecnológica.
5 - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior.
6 - PIAGET, J. Problemas gerais da investigação interdisciplinar e mecanismos comuns. Lisboa: Bertrand, 1973: e estabelece que a multidisciplinaridade consistiria em adotar a partir de uma disciplina elementos de outras disciplinas, que se mantém estanques entre si; a interdisciplinaridade compreenderia o diálogo, interação e troca de conhecimentos entre diferentes disciplinas, a partir de uma base metodológica comum; ao passo que a transdisciplinaridade consistiria em uma abordagem que atravessa diversos campos disciplinares com foco em um objeto comum e, por vezes, com a formação do que poderia se caracterizar de uma meta-disciplina
7 - Comando de Caça aos Comunistas, organização paramilitar armada de direita.
8 - Palestra “Para pensar a identidade social”, Mesa redonda: “Sujeitos sociais e identidades na Amazônia” no Encontro da Sociedade Brasileira de Sociologia, 2010.
9 - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.
10 - União Estadual dos Estudantes.
11 - União Nacional dos Estudantes
12 - Faculdade de Filosofia e Letras Ciências Humanas.
13 - LIMONAD, E. Situação Atual da Habitação Popular no Brasil. São Paulo, Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Mackenzie, 1977.
14 - LIMONAD, E.; ECKSCHMIDT, G. Elementos para a Análise da Intervenção do Estado no Setor de Auto construção. São Paulo, Monografia Especialização. URPLAN PUCSP,1978.
15 - I PND – Plano Nacional de Desenvolvimento implementado durante o governo do presidente general Emilio Médici.
16 - Centro Brasileiro de Análise e Planejamento
17 - LIMONAD, E. A Trajetória da Participação Social, Rio de Janeiro, Dissertação de Mestrado, Programa de Enge¬nharia de Produção / COPPE - UFRJ, 1984 .
18 - Entre outras atividades o grupo de políticas urbanas colaborou para a realização do debate sobre o Anteprojeto de Lei promovido pelo Sindicato dos Arquitetos do Rio de Janeiro e pelo PUR / UFRJ, realizado em 17/08/82 no Instituto dos Arquitetos do Brasil, Seção Rio de Janeiro; elaborou o artigo "Uma lei para cidades sem pobres", publicado no "Jornal do Comércio" do Rio de Janeiro em 01 e 02 de agosto de 1982 (cópia no Dossiê - vide item 4) e organizou a jornada de política habitacional com a Prof. Lata Chaterjee da Boston University em 16 de agosto de 1982.
19 - LIMONAD, E.; BARBOSA, E.F. (org.) Dossiê - Anteprojeto de Lei do Desenvolvimento Urbano, Rio de Janeiro, Publicações PUR/UFRJ, série documentação no 4,1983.
20 - Ciclo de Palestras sobre Pesquisa Científica na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, promovido pela Sub-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da UERJ.
21 - O Problemático Relacionamento entre Partidos Políticos e Ativismos de Bairro" de Marcelo José Lopes de Souza, 1988. Ações Integradas de Saúde: Um direito de todos?" de Glória Regina Ma¬noel, 1988. Revolta Popular e Política Habitacional no início do século no Rio de Ja¬neiro" de Marcus Vinicius Gomes Silva, 1988.
22 - Curso de Extensão Universitária " Técnicas Avançadas de Programação de Micro-Computadores em Linguagem Basic" no Instituto de Matemática e Estatística da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, na área de Computação.
23 - Essa bolsa se destinou ao desenvolvimento da monografia "Revolta Popular e Política Habitacional no início do século no Rio de Janeiro" de meu orientando Marcus Vinicius Gomes Silva do curso de especialização lato sensu em "Sociologia Urbana" da UERJ.
24 - Instituto de Economia Industrial da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
25 - LIMONAD, E. El Sector Informal y la Calidad de Vida en las MegaCiudades In: Seminario Sector Informal: Cooperacion y Participacion en la Solucion de Problemas Urbanos, 1988, Rio de Janeiro: ENHAP - USAID - IEI- UFRJ, 1988. v.I. p.1 – 29.
26 - RANDOLPH, R. - Impactos de Projetos Turísticos na ilha Grande, Município de Angra dos Reis. Rio de Janeiro, Prefeitura Municipal de Angra dos Reis e IPPUR/UFRJ, 1992.
27 - RANDOLPH, R., LIMONAD, E. Abraão´s Vila Inhabitants Conditions of Life. In: First Symposium Multimedia for Architecture and Urban Design, 1994, São Paulo - SP: FAUUSP, 1994. p.19 – 26.
28 - RANDOLPH, R.; LIMONAD, E. Sustentabilidade dos pequenos produtores em Área de Tombamento (Mata Atlântica - RJ) In: FÓRUM GLOBAL - RIO 92, 1992, Rio de Janeiro. Fórum Global - Rio 92. Rio de Janeiro: Forum das ONGs, 1992. v. I. p.25 – 27.
29 - LACOSTE, Y. La géographie, ça sert, d'abord, à faire la guerre. Paris: Maspero, Petite Collection Maspero n° 165, 1982.
30 - LIMONAD, E. Os lugares da urbanização: o caso do interior fluminense. São Paulo. Tese de doutoramento, Universidade de São Paulo, 1996.
31 - Com destaque para HARVEY, D. La Geografia de la acumulacion capitalista: una reconstrucción de la teoría marxista. In GARCIA, M.D. (ed.) La Geografía Regional Anglosajona. Bellaterra: Universidad Antonina de Barcelona, 1978. HARVEY, D. O trabalho, o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construído nas sociedades capitalistas avançadas. In Espaço & Debates. ano II, no 6, jun-set (6-35), 1982. HARVEY, D. The Geopolitics of Capitalism. In GREGORY, D. & URRY, J. (ed.), Social Relations and Spatial Structures. London, McMillan, Cambridge, 1985.
32 - SANTOS, M. Espaço e Método. São Paulo, Nobel, 1985. SANTOS, M. Modernidade, meio técnico-científico e urbanização no Brasil. In Cadernos do IPPUR, UFRJ. Rio de Janeiro, IPPUR/UFRJ, ano I, nº 1 (9-22), 1987. SANTOS, M. Involução Metropolitana e Economia Segmentada. In RIBEIRO, A.C.T. e MACHADO, D.P. (org.), Metropolização e Rede Urbana. Rio de Janeiro, UFRJ/IPPUR, 1990. SANTOS, M. Metamorfoses do Espaço Habitado. São Paulo, Hucitec, 1991. SANTOS, M. A Urbanização Brasileira. São Paulo, Hucitec, 1993. SANTOS, M. Técnica, Espaço, Tempo. São Paulo, Hucitec, 1994.
33 - SOJA, E. Geografias Pós-modernas. Rio de Janeiro: Zahar, 1993.
34 - SOJA (1993) e LEFEBVRE, H. The Production of Space. London. Blackwell, 1991.
35 - Op.cit. várias.
36 - SANTOS, M. A Natureza do Espaço. São Paulo: Loyola, 1996.
37 - MARX, K. O Capital. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975.
38 - HARVEY, D. Para entender o Capital. São Paulo. Boitempo, 2013.
39 - Universidade Federal do Paraná.
40 - Universidade Estadual Paulista – Campus de Presidente Prudente.
41 - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
42 - Open Journal System.
43 - Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Faculdade de Formação de Professores.
44 - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
45 - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
46 - Universidade Federal de Viçosa.
47 - Universidade Federal do Acre.
48 - Mestrado (Luiz Felipe Oliveira e Letícia Maria Badaró de Carvalho), Doutorado (Luiz Augusto Soares Mendes e Renato Domingues Fialho Martins) e TCC (Juliane dos Santos Lira e Daniel Alves Colaço).
49 - Programa de Doutorado Interinstitucional – fomento CAPES.
50 - Universidade Estadual do Norte Fluminense – Campos, com a inserção de quatro docentes como doutorandos no Programa de Pós-graduação em Geografia.
51 - Universidade Estadual do Norte Fluminense – Campos, com a inserção de quatro docentes como doutorandos no Programa de Pós-graduação em Geografia.
52 - Universidade Federal de Mato Grosso.
53 - Universidade Federal do Pará.
54 - Universidade do Estado do Ceará.
55 - Universidade Estadual de Campinas.
56 - Conselho Regional de Economia do Pará
57 - Geografia da População, Geografia Econômica, Geografia Urbana, Geografia Humana I, Geografia Aplicada ao Planejamento I e II, Geo-História e Planejamento Territorial, Tópicos Especiais de Geografia Regional, Estágio Curricular I, II, III, IV, além de haver criado e ministrado a disciplina optativa Novas Relações de Trabalho e Reestruturação do Espaço. Colaborei dando aulas nas disciplinas de Metodologia Científica, Estudo de Impactos Ambientais, Técnicas de Pesquisa e Geografia do Rio de Janeiro, entre outras.
58 - Ruy Moreira, Rogério Haesbaert, Carlos Walter Porto Gonçalves, Jorge Luiz Barbosa, Jacob Binsztok, Carlos Alberto Franco da Silva e outros.
59 - Aldo Paviani, Ana Fani Carlos, Amélia Damiani, Antônio Robert de Moraes, Arlete Moyses Rodrigues, Armando Correa de Andrade, Bertha Becker, Claudio Egler, Eliseu Spósito, Fany Davidovich, Iná Elias de Castro, Jan Bitoun, José Borzachiello, Leila Christina Dias, Manoel Correia de Andrade, Maria Adélia de Souza, Maria da Encarnação Beltrão Spósito, Maurício de Almeida Abreu, Michel Rochefort, Milton Santos, Odete Seabra, Pedro Geiger, Roberto Lobato Correa, Sandra Lencioni e muitos outros mais.
60 - Horacio Capel, Paul Claval, Derek Gregory, David Harvey, Doreen Massey, Alan Pred, Claude Raffestin, Edward Soja, Neil Smith, Peter Taylor, Pierre Veltz, entre muitos outros.
61 - Com destaque para as obras de Humboldt, Lablache, Ratzel, Reclus, Ritter, e de outros mais recentes como Lacoste, Kayser, George, Dolfuss, entre muitos outros.
62 - O propósito desse projeto era identificar e analisar a distribuição espacial das grandes e médias empresas no Sul Fluminense vis a vis às suas articulações em diversas escalas e suas interpenetrações financeiras, privilegiando atores globais ligados ao projeto do Porto de Sepetiba, com destaque para o setor siderúrgico e de mineração.
63 - HAESBAERT, Rogério, LIMONAD, E. O território em tempos de globalização. Etc (UFF), v.1, p.39 - 52, 2007.
HAESBAERT, R., LIMONAD, E. O território em tempos de globalização. Geo UERJ, v.5, p.7 - 19, 1999.
64 - Associação dos Geógrafos Brasileiros.
65 - Associação Nacional de Pesquisa e Graduação em Geografia
66 - Conselho Latino Americano de Ciências Sociais.
67 - Coleção ANPUR 2011-2013: Por uma Sociologia do Presente, Política Governamental e Ação Social, Desafios ao Planejamento, Leituras da Cidade, A Festa e a Cidade, A parceria público-privada na política urbana recente, Um novo planejamento para um novo Brasil, publicados pela editora Letra Capital.
68 - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
69 - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
70 - Universidade de Santa Cruz (Rio Grande do Sul).
71 - Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará.
72 - LIMONAD, E. CASTRO, E. (org.) Por um novo planejamento para um novo Brasil? Rio de Janeiro: Letra Capital, 2014.
73 - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais.
74 - Associação Brasileira de Estudos Populacionais.
75 - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
76 - Estágios realizados.
- URPLAN, na PUC-SP, onde participei na pesquisa "Modelos de Participação Comunitária “coordenada por Maria da Glória Gohn (1977-1978);
- UNICEF e SMDS-RJ no projeto piloto "Propostas para a Ação nas Favelas Cariocas", implementado na favela da Rocinha, sob a coordenação de Ana Maria Brasileiro e da equipe do UNICEF (1979-1980).
- IUPERJ-RJ onde participei da pesquisa "Clientelismo Político e Associações de Favelas" coordenada por Eli Diniz e pela SMDS-RJ (1980-1981).
77 - LIMONAD, E. Um subsídio ao debate sobre a ação do Estado em favelas: Rio de Janeiro - 1980. Espaço & Debates, v.I, p.157 - 180, 1981.
78 - RANDOLPH, R. LIMONAD, E. Balanço Quantitativo da Produção Técnico-Cientifica em Planejamento Regional, Urbano e Habi¬tacional (1980/86), Friburgo/Rio de Janeiro: ANPUR- CNPQ, FINEP, CNDU, BNH,1986.
79 - Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído.
80 - RANDOLPH, R.; LIMONAD, E. Síntese do Balanço Quantitativo da Produção Técnico-Cientifica em Planejamento Regional, Urbano e Habi¬tacional (1980/86). In: Encontro de Trabalho: Mudanças Sociais no Brasil e a Contribuição da Ciência e Tecnologia para o Planejamento Regional, Urbano e Habitacional, 1986, Nova Friburgo. Anais do I Encontro Nacional da ANPUR. Rio de Janeiro: ANPUR/IPPUR/FINEP/CNPq, 1986. v.I.
81 - RIBEIRO, A. C. T., LIMONAD, E. O Planejamento Urbano In: Encontro de Trabalho: Mudanças Sociais no Brasil e a Contribuição da Ciência e Tecnologia para o Planejamento Regional, Urbano e Habitacional, 1986, Nova Friburgo. Anais do I Encontro Nacional da ANPUR. Rio de Janeiro: ANPUR/IPPUR/FINEP/CNPq, 1986. v.I. p.15 – 18.
82 - Mega Cities Project (1988-1989) do IEI-UFRJ e o PADCT-UFRJ "Utilização de Sistema de Informações Geográficas na Avaliação Tecnológico Ambiental de Processos Produtivos" (1993).
83 - "Impactos de Projetos Turísticos na Ilha Grande, Município de Angra dos Reis" no IPPUR-UFRJ (1992).
84 - LIMONAD, E. Entre a Urbanização e a Sub-Urbanização do Território In: XI Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional, 2005, Salvador. Planejamento, Soberania e Solidariedade: perspectivas para o território e a cidade. Salvador: UFBA/ANPUR, 2005. v.1. p.1 – 18.
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85 - LEFEBVRE, H, vários op.cit.
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99 - RIIBEIRO, A.C.T.; DIAS, L.C. Escalas de poder e novas formas de gestão urbana e regional. Rio de Janeiro, 9 Encontro Nacional da ANPUR, Anais..., 2001.
100 - Durante esse período participei de eventos, elaborei e retomei trabalhos que se materializaram em diversas publicações relativas aos temas já elencados. a que se somam convites para diversas conferências e cursos nas Universidades de Leiden – Holanda (2014, 2015, 2016, 2017), Universidad Central de Chile (2016), Universidad de Chile (2016), Pontíficia Universidad Católica de Valparaíso (2016), a que se somam convites para participação em eventos em diversas Instituições de Ensino Superior no país.
101 - LIMONAD, E. Una Vez más la Región. Revista Geográfica de Valparaíso v. 54, p. 1-16, 2017.
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