A Cafeicultura no município de Osvaldo Cruz: Gęnese - auge - decadęncia - perspectivas de recuperaçăo
Item
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Título
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A Cafeicultura no município de Osvaldo Cruz: Gęnese - auge - decadęncia - perspectivas de recuperaçăo
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lista de autores
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ROBERTO SCHURAY BENJAMIN
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Resumo
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A história do município de Osvaldo Cruz se confunde com a formaçăo dos cafezais por ocasiăo da expansăo da frente pioneira rumo ao extremo oeste paulista até as barrancas do rio Paraná na década de 40...O café teve uma longa trajetória por terras paulistas até chegar em Osvaldo Cruz do Vale do Paraíba no começo do século passado se estendeu para o 1o oeste - Campinas passando por Limeira Leme se expandindo em seguida pelos solos de terra roxa nas cuestas basálticas no 2o oeste em Ribeirăo Preto Jaú Botucatu. No começo deste século o café desceu o Planalto Ocidental Paulista em solos areníticos cobertos pela mata em direçăo ao rio Paraná no 3o oeste paulista. No espigăo entre os rios Feio e do Peixe alcançou as terras de Max Wirth que deram lugar aos cafezais de Osvaldo Cruz no começo dos anos quarentas...Embora o preço do café estivesse baixo o solo fértil a alta produtividade da lavoura e os baixos cursos de produçăo atraíram centenas de famílias de ex-colonos e de pequenos proprietários que vieram das zonas cafeeiras mais antigas para a regiăo...No decorrer dos anos quarentas e nas décadas de 50 e 60 até meados dos anos setentas a populaçăo cafeeira foi numerosa e as safras foram compensadoras em Osvaldo Cruz. Os seus cafezais contribuíram para que nas décadas de 70 e 80 a Nova Alta Paulista tivesse a maior populaçăo cafeeira do Estado de Săo Paulo...A partir da geada ocorrida em 1975 a cafeicultura do município năo foi a mesma de antes. Embora a populaçăo cafeeira tivesse aumentado em virtude dos preços do café que se elevaram por um certo tempo muitos cafeeiros foram erradicados e muitas lavouras que foram atingidas pela praga do nematóide aos poucos foram se degradando e se tornando improdutivas. No restante da década de 70 e no decorrer da década de 80 embora a cafeicultura osvaldocruzense tivesse chegado ao auge em populaçăo cafeeira os preços baixos do café e a dispersăo do nematóide desestimularam os cafeicultores. No começo da década de 90 o quadro de desalento se agravou: muitos cafeeiros estavam abandonados improdutivos e o preço do café continuava cindo principalmente em virtude do fim do Acordo Internacional do Café em 1989 e da extinçăo do IBC em 1990. No decorrer dessa década até 1995 os cafezais se reduziram e năo chegavam a 2 milhőes - para uma populaçăo de 9 3 milhőes na década de 80. Definiu-se a decadęncia...No entanto a defasagem entre a produçăo e o consumo mundial de café - em virtude da erradicaçăo em massa de cafeeiros principalmente em Săo Paulo e no Paraná - os problemas com a cafeicultura em outros países produtores os estoques reduzidos do produto nos países importadores e a expansăo do consumo forçaram uma alta nos preços do café para estimular o aumento da produçăo. Isso provocou uma mobilizaçăo dos agricultores de Osvaldo Cruz e entre eles aqueles que haviam mantido o cafezal e os que haviam erradicado com o intuito de fazer ressurgir a cafeicultura no município. Quanto ŕ estruturea física o espaço disponível e o interesse dos produtores as perspectivas para a recuperaçăo da cafeicultura em Osvaldo Cruz săo otimistas. No entanto em Osvaldo Cruz em todo o Brasil e em todos os países produtores de café a reaçăo aos preços altos e ŕ expansăo do consumo provocou uma euforia que poderá ser desastrosa se năo for comedida. É que a crise da produçăo/consumo/estoque deverá estar regularizada no máximo em 5 anos. Até lá qualquer tipo de bebida de café terá mercado e bons preços. Depois disso as bebidas ruins terăo: mercado limitado e preços reduzidos. Por essa razăo será viável a recuperaçăo da populaçăo cafeeira em Osvaldo Cruz sem atentar-se para a qualidade da bebida? A natureza do lugar é comparável com os parâmetros para a cafeicultura e para a obtençăo de uma bebida de boa qualidade? Haverá competęncia empresarial de parte dos produtores? Haverá incentivos para as regiőes menos aptas para a cafeicultura?
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Abstract
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Palavras Chave
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CAFEICULTURA
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DECADĘNCIA
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DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA
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Key Words
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Tipo
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MESTRADO
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Universidade
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UNIVERSIDADE EST.PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO
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Data
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1998
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Páginas
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210
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Localização
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FCT/UNESP
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Orientador
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MARCIO ANTONIO TEIXEIRA
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Programa
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GEOGRAFIA
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Sigla Universidade
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UNESP
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Área de Concentração
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Língua
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Português
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email
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