Movimentos Partidos: Geopolítica da “Revoluçăo” Brasileira (1964-1985)
Item
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Título
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Movimentos Partidos: Geopolítica da “Revoluçăo” Brasileira (1964-1985)
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lista de autores
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Sandra Rodrigues Braga
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Resumo
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O advento do regime burocrático-militar em 1964 permitiu que a geopolítica – uma nova forma de racionalizaçăo e tecnificaçăo do território discurso e açăo do poder – ocupasse posiçăo central na arena política. A otimizaçăo do território com vistas ŕ reproduçăo ampliada do capital fez-se graças a um planejamento autoritário que produziu uma nova divisăo socioterritorial do trabalho. A volta dos militares aos quartéis após 21 anos ŕ frente do Estado brasileiro todavia năo representou um recuo desse projeto geopolítico. Ao contrário o que esta tese pretende demonstrar é que o plano distensionista desencadeado pelo general-presidente Ernesto Geisel em 1974 teve por objetivo último a manutençăo do Grande Projeto utilizando-se da política trabalhista como um de seus instrumentos. A questăo trabalhista tornara-se “delicada” pela contribuiçăo dos trabalhadores (por intermédio do “arrocho” salarial) na conformaçăo do “milagre” brasileiro. Assim a primeira das tręs partes deste trabalho – “O longo milagre seus santos e epifanias” – analisa as políticas econômicas do regime. Tais políticas marcaram-se pela luta contra a inflaçăo e pela ideologia.desenvolvimentista sucedânea do imaginário geopolítico do Brasil Grande (potęncia): no contraponto do “paraíso” da classe média a contençăo salarial do exército industrial de reserva até o limite da fome. Nesse contexto a revoluçăo do generalato começou a enfrentar a oposiçăo de outras imagens da revoluçăo conforme demonstrado na segunda parte da tese – “Adeus ŕs armas”. Essa parte inaugura-se com uma discussăo teórica sobre partidos sindicatos e o movimento operário prosseguindo com a análise da situaçăo da classe trabalhadora no Brasil suas distintas organizaçőes projetos societários e formas de enfrentamento do regime. O combate do establishment a essas organizaçőes deu-se essencialmente no terreno da geopolítica ou seja por mecanismos de controle sobre territórios materiais ou simbólicos. Para colocar a casa em ordem o regime utilizou-se de instrumentos de repressăo física (a comunidade da informaçăo) e simbólica (a ocultaçăo da “resistęncia”) e opondo-se ŕ concepçăo maoísta do cerco do campo pela cidade desencadeou.o cerco da cidade pelo campo. Os objetivos essenciais desse boom urbano eram geopolíticos: a integraçăo do arquipelágico território nacional para năo o entregar a Estados e ideologias “exóticas”. As cidades promoveram um novo modus vivendi e demandas exponencialmente ampliadas de acesso a um padrăo superior de consumo. Posto que a autocrítica da luta armada se centrasse no caráter “pequeno-burguęs” de suas lideranças o surgimento de Lula um operário ŕ frente da poderosa onda grevista do interregno 1978-1980 foi tomado como impulsionador de um novo patamar de organizaçăo dos trabalhadores o que posteriormente .se consubstanciaria no PT e na CUT. Na terceira parte – “Em busca da democracia perdida” – retoma-se o debate teórico sobre as transiçőes democráticas e as especificidades da brasileira. Finalmente a política trabalhista de Geisel é revisitada tal qual sua reaçăo ŕs greves do período. Lula apregoava apenas a maximizaçăo da produtividade do trabalho sob o capitalismo em suma “o exercício da liberdade com responsabilidade” defendido por Geisel. Conclui-se que Lula e seu partido revelaram-se poderosos antídotos ŕ “doença incurável” do comunismo alvo primeiro dos geopolíticos militares brasileiros.
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Abstract
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Palavras Chave
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BRASIL ? TRANSIÇĂO DEMOCRÁTICA ? GEOPOLÍTICA
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Key Words
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Tipo
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DOUTORADO
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Universidade
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
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Data
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2008
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Páginas
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375
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Localização
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CAMPUS SANTA MÔNICA
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Orientador
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Vânia Rubia Farias Vlach
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Programa
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GEOGRAFIA
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Sigla Universidade
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UFU
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Área de Concentração
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Língua
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Português
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email
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