O ESPAÇO TRANSITÓRIO SOCIALISTA NO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA EM SANTA CATARINA BRASIL DE 1985 A 2010

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Título
O ESPAÇO TRANSITÓRIO SOCIALISTA NO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA EM SANTA CATARINA BRASIL DE 1985 A 2010
lista de autores
André Vasconcelos Ferreira
Resumo
Este trabalho tem por objetivo elucidar a construçăo do espaço transitório socialista com ęnfase para o seu desenvolvimento no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Santa Catarina Brasil de 1985 a 2010. Segundo o referencial teórico desta pesquisa o espaço transitório socialista atua como espaço de superaçăo do capitalismo segundo o movimento autônomo da classe trabalhadora em vista do acirramento das contradiçőes sociais geradas pelo desenvolvimento hegemônico do capital. Destaque-se que o referido modo de produçăo social permite o crescimento das forças produtivas da sociedade com base na ampliaçăo do trabalho coletivo (cooperaçăo) porém mediante a dominaçăo do capital as forças produtivas do trabalho coletivo impulsionam o processo da alienaçăo do trabalho em vista da crescente apropriaçăo privada dos meios de produçăo sociais. O capitalismo produz assim ao passo da maior concentraçăo e centralizaçăo do capital forças sociais cada vez mais destrutivas materializadas na crescente miséria da classe trabalhadora incluindo os povos tradicionais também tornados proletários enfim desprovidos do acesso aos meios de produçăo sociais. Partindo disso buscou-se enfatizar o movimento histórico desencadeado autônoma e contraditoriamente pela classe trabalhadora na perspectiva da superaçăo do capitalismo como base para o desenvolvimento das açőes constituídas pelo MST também no caso de Santa Catarina entre 1985 e 2010. O método científico aqui reunido buscou inspiraçăo principalmente na práxis dialético-materialista desenvolvida por Karl Marx e Friedrich Engels que partindo do estudo das condiçőes de produçăo da existęncia social em cada período histórico identifica a luta de classes como motor do desenvolvimento social notadamente no período de ascensăo da propriedade privada que em se tratando do capitalismo desenvolve-se a partir da oposiçăo entre capital e trabalho. Observe-se ainda em termos do período atual a teorizaçăo de Milton Santos sobre o desenvolvimento da “globalizaçăo” capitalista como hegemonia contraditória das açőes movidas verticalmente pelos grandes capitais transnacionais em conflito com a organizaçăo horizontal dos “homens pobres e lentos” do planeta bem como a teoria de Eleutério Prado sobre o desenvolvimento da pós-grande indústria moderna que indica a maior centralidade da produçăo científico-tecnológica na atualidade – a qual repercute também na definiçăo do atual sujeito revolucionário. Já no que se refere ŕ produçăo da vida realizada pelo MST verificou-se a tentativa de superaçăo das oposiçőes historicamente constituídas entre a base técnica de produçăo da sociedade e sua respectiva atividade política e cultural também em vista da realizaçăo de uma superior cooperaçăo. Ademais repercute também no interior do Movimento Sem Terra a contradiçăo entre capital e trabalho cuja superaçăo se relaciona năo apenas ao MST mas ao desenvolvimento da luta de classes em geral caracterizada atualmente sob o ponto de vista dos trabalhadores pela luta popular e anti-imperialista que diz respeito ainda ŕ práxis do MST para a qual esta pesquisa buscou contribuir através do diálogo com a práxis científica aqui reunida.
Abstract
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Palavras Chave
SOCIALISMO
TRANSIÇĂO
PÓS
GRANDE INDÚSTRIA MODERNA
Key Words
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Tipo
DOUTORADO
Universidade
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Data
2011
Páginas
332
Localização
BU UFSC
uri
\N
Orientador
Idaleto Malvezzi Aued
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
UFSC
Área de Concentração
\N
Língua
Português
email
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