Dinâmica socioespacial e produçăo habitacional na periferia de maputo-moçambique a partir da decada de 1970: Destaque para os bairros Polana Caniço "A" e "B".

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Título
Dinâmica socioespacial e produçăo habitacional na periferia de maputo-moçambique a partir da decada de 1970: Destaque para os bairros Polana Caniço "A" e "B".
lista de autores
Arménio Neves da Silva
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo analisar aspetos da urbanizaçăo da cidade de Maputo-Moçambique a partir da década de 1970 com ęnfase na produçăo e situaçăo habitacional do estrato social de baixa renda situado na periferia. Para esse estudo foram escolhidos os bairros Polana Caniço “A” e “B” que nas suas devidas proporçőes revelam as transformaçőes registradas pela sociedade moçambicana cuja evoluçăo foi marcada por momentos de rupturas continuidades e descontinuidades. O mundo (política e economicamente globalizado) imerso na contenda da guerra fria influenciou direta ou indiretamente a dinâmica socioespacial local fato que se manifestou na estruturaçăo do Estado-Nacional e com a crise sociopolítica que o acompanhou. Em meados da década de 1970 com a derrocada do sistema colonial e instauraçăo da República Popular de Moçambique o Estado socialista apoiado pelas organizaçőes sociais de massas tornou-se o principal agente da dinâmica socioterritorial nacional. Esses eventos propiciaram a ocorręncia de outros processos no espaço urbano de Maputo que se manifestaram com a expansăo da periferia onde se concentrou um grupo populacional majoritariamente empobrecido. Em meados da década de 1980 iniciou o processo de abertura político-econômica que levou a instituiçăo do capitalismo neoliberal promovido pelas organizaçőes internacionais em particular as de Bretton Woods. A liberalizaçăo do mercado nacional possibilitou a emergęncia de outros agentes que também passaram a intervir na dinâmica local através de açőes que delinearam a racionalizaçăo do processo socioespacial na cidade de Maputo. Incentivados pelo Estado os agentes econômicos intervém na reproduçăo desse espaço geográfico realizando investimentos em diversas atividades socioeconômicas onde se destacam os empreendimentos imobiliários de habitaçăo. Procurando satisfazer seus interesses econômicos esses agentes elaboram mecanismos com os quais intervém decisivamente na dinâmica socioespacial local. Embora prevaleça essa lógica hegemônica persiste um segmento social ŕ margem das relaçőes econômicas hegemônicas que participa da reproduçăo daquele espaço urbano promovendo práticas que garantam a sua sobrevivęncia naquela estrutura socioeconômica globalizada. Conseqüentemente desencadeiam-se interaçőes entre os agentes da “racionalidade hegemônica” e os da “contra-racionabilidade” (SANTOS 2009: 309) que reproduzem o espaço urbano em Maputo implantando múltiplos objetos geográficos que albergam diversas práticas e concentram diferentes estratos sociais.
Abstract
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Palavras Chave
CIDADE DE MAPUTO
PRODUÇĂO DA HABITAÇĂO
AGENTES SOCIAIS
Key Words
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Tipo
MESTRADO
Universidade
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Data
2011
Páginas
188
Localização
BU UFSC
uri
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Orientador
Ewerton Vieira Machado
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
UFSC
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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