Os significados e representaçőes atribuidos aos cursos d'água da bacia do rio criciúma (SC) desde 1980 até 2009 e suas influęncias na configuraçăo da Paisagem.

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Título
Os significados e representaçőes atribuidos aos cursos d'água da bacia do rio criciúma (SC) desde 1980 até 2009 e suas influęncias na configuraçăo da Paisagem.
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Rose Maria Adami
Resumo
O trabalho tem como objetivo compreender como foram construídos os significados atribuídos aos cursos d’água nas diferentes fases do processo de ocupaçăo das terra da bacia do rio Criciúma (SC) desde o processo de colonizaçăo de 1880 até os dias atuais. O significado dos objetos norteia a relaçăo dos indivíduos entre si e com seu meio. No caso estudado a relaçăo de diferentes grupos sociais que ocuparam a bacia do rio Criciúma ao longo do tempo depende do significado atribuído a este recurso o que reflete nas formas de apropriaçăo dos rios. O significado é uma construçăo mental acerca de um objetivo e e essa construçăo perde-se alguma parte do seu conteúdo. A sua expressăo dá-se por meio de diferentes linguagens que na realidade representam este significado. As formas de apropriaçăo do rio săo também representaçőes de significados atribuídos pelos grupos sociais apropriadores a este elemento da paisagem. A partir dos conceitos e abordagens da Geografia Cultural faz-se um estudo das representaçőes incluindo as forma de apropriaçăo em deferentes contextos sócio-econômicos culturais pelas quais passou o processo de ocupaçăo humana da bacia. Para compreender os significados e suas representaçőes foram pesquisadas diferentes linguagens a partir de entrevista pesquisas bibliográficas fotografias mapas leis e normas municipais. Tręs períodos históricos foram identificados durante o processo de ocupaçăo da bacia com distintas forma de apropriaçăo dos cursos d’água. O primeiro período vai da colonizaçăo até 1930 quando as atividades econômicas predominantes eram as agriculturas o comércio e as pequenas manufaturas. Nessa época o rio era um elemento referencial para as pessoas pois se constituía no eixo norteador do processo de colonizaçăo e do traçado urbano gerador de força motriz para os engenhos e atafonas e para abastecimento de água potável. No segundo período de 1930 até 1950 a principal atividade econômica era a exploraçăo de carvăo que utilizava o rio para a lavagem ou beneficiamento do desse mineral drenagem das áreas acidas com conseqüente contaminaçăo assoreamento por deposiçăo de material fino do carvăo e desvios dos cursos d’água. Associada ŕ mineraçăo houve a vinda de um contingente populacional acentuando para o município e essas pessoas năo tinham o rio Criciúma e seus afluentes como uma referęncia dos seus espaços vividos. Por isso năo havia problema em contaminá-lo com esgotos domésticos mesmo aqueles que năo estavam contaminados com carvăo. O rio Criciúma passa a ter um significado negativo de sujo e mal cheiroso por causa da apropriaçăo para o despejo de efluentes do carvăo esgotos domésticos e resíduos sólidos. O terceiro período ocorre a partir de 1950 a bacia começa a ser intensamente urbanizada e no final dos anos de 1960 inicia o processo de verticalizaçăo no alto e médio vale do rio Criciúma. Muitos trechos do rio e seus afluentes foram canalizados com contençăo de margem e fundo e alguns até recobertos para a apropriaçăo do espaço dos seus leitos e para resolver os problemas do cheiro exalado e das inundaçőes. Partes dos rios desapareceram da paisagem da bacia por causa das canalizaçőes e recobrimentos e passaram a năo ter significado pois năo existem aos olhos de muitos moradores. Contudo nos momentos de precipitaçőes elevadas o rio volta a se mostrar em forma de inundaçőes gerando na populaçăo uma sensaçăo de medo. Nesses períodos o rio Criciúma e seus afluentes tęm um significado para a populaçăo mas este significado esta ligado a sentimentos ruins. Conclui-se que em cada período identificado o rio Criciúma como elemento da paisagem recebeu distintos significados traduzidos pelas representaçőes os quais săo materializados por diferentes formas de apropriaçăo.O trabalho tem como objetivo compreender como foram construídos os significados atribuídos aos cursos d’água nas diferentes fases do processo de ocupaçăo das terra da bacia do rio Criciúma (SC) desde o processo de colonizaçăo de 1880 até os dias atuais. O significado dos objetos norteia a relaçăo dos indivíduos entre si e com seu meio. No caso estudado a relaçăo de diferentes grupos sociais que ocuparam a bacia do rio Criciúma ao longo do tempo depende do significado atribuído a este recurso o que reflete nas formas de apropriaçăo dos rios. O significado é uma construçăo mental acerca de um objetivo e e essa construçăo perde-se alguma parte do seu conteúdo. A sua expressăo dá-se por meio de diferentes linguagens que na realidade representam este significado. As formas de apropriaçăo do rio săo também representaçőes de significados atribuídos pelos grupos sociais apropriadores a este elemento da paisagem. A partir dos conceitos e abordagens da Geografia Cultural faz-se um estudo das representaçőes incluindo as forma de apropriaçăo em deferentes contextos sócio-econômicos culturais pelas quais passou o processo de ocupaçăo humana da bacia. Para compreender os significados e suas representaçőes foram pesquisadas diferentes linguagens a partir de entrevista pesquisas bibliográficas fotografias mapas leis e normas municipais. Tręs períodos históricos foram identificados durante o processo de ocupaçăo da bacia com distintas forma de apropriaçăo dos cursos d’água. O primeiro período vai da colonizaçăo até 1930 quando as atividades econômicas predominantes eram as agriculturas o comércio e as pequenas manufaturas. Nessa época o rio era um elemento referencial para as pessoas pois se constituía no eixo norteador do processo de colonizaçăo e do traçado urbano gerador de força motriz para os engenhos e atafonas e para abastecimento de água potável. No segundo período de 1930 até 1950 a principal atividade econômica era a exploraçăo de carvăo que utilizava o rio para a lavagem ou beneficiamento do desse mineral drenagem das áreas acidas com conseqüente contaminaçăo assoreamento por deposiçăo de material fino do carvăo e desvios dos cursos d’água. Associada ŕ mineraçăo houve a vinda de um contingente populacional acentuando para o município e essas pessoas năo tinham o rio Criciúma e seus afluentes como uma referęncia dos seus espaços vividos. Por isso năo havia problema em contaminá-lo com esgotos domésticos mesmo aqueles que năo estavam contaminados com carvăo. O rio Criciúma passa a ter um significado negativo de sujo e mal cheiroso por causa da apropriaçăo para o despejo de efluentes do carvăo esgotos domésticos e resíduos sólidos. O terceiro período ocorre a partir de 1950 a bacia começa a ser intensamente urbanizada e no final dos anos de 1960 inicia o processo de verticalizaçăo no alto e médio vale do rio Criciúma. Muitos trechos do rio e seus afluentes foram canalizados com contençăo de margem e fundo e alguns até recobertos para a apropriaçăo do espaço dos seus leitos e para resolver os problemas do cheiro exalado e das inundaçőes. Partes dos rios desapareceram da paisagem da bacia por causa das canalizaçőes e recobrimentos e passaram a năo ter significado pois năo existem aos olhos de muitos moradores. Contudo nos momentos de precipitaçőes elevadas o rio volta a se mostrar em forma de inundaçőes gerando na populaçăo uma sensaçăo de medo. Nesses períodos o rio Criciúma e seus afluentes tęm um significado para a populaçăo mas este significado esta ligado a sentimentos ruins. Conclui-se que em cada período identificado o rio Criciúma como elemento da paisagem recebeu distintos significados traduzidos pelas representaçőes os quais săo materializados por diferentes formas de apropriaçăo.
Abstract
\N
Palavras Chave
RIU CRICIÚMA
Key Words
\N
Tipo
DOUTORADO
Universidade
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Data
2010
Páginas
295
Localização
BU
uri
\N
Orientador
Sandra Maria de Arruda Furtado
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
UFSC
Área de Concentração
\N
Língua
Português
email
\N