Biogeografia dos Vertebrados de Ilhas de Santa Catarina: destaque em Aves Marinhas e Costeiras

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Título
Biogeografia dos Vertebrados de Ilhas de Santa Catarina: destaque em Aves Marinhas e Costeiras
lista de autores
Alexandre Filippini
Resumo
Essa dissertaçăo aborda a biogeografia da fauna de vertebrados de 23 ilhas costeiras do estado de Santa Catarina/Brasil com enfoque nas aves marinas e costeiras através de uma análise regional e geossistęmica. As ilhas estăo localizadas entre os municípios de Piçarras no norte e Laguna no sul. A coleta de dados em campo se deu através de visitas sazonais em cada ilha totalizando 44 saídas de campo. As ilhas se formaram numa fase de subida do nível do mar iniciada ŕ 11 mil anos finalizando numa descida que durou 5 mil e cem anos quando desapareceram os sistemas fluviais mangues lagos e lagunas. Foram identificados 15 habitats dos vertebrados: supralitoral rochoso supralitoral arenoso mesolitoral rochoso mesolitoral arenoso vegetaçăo herbácea vegetaçăo arbustiva vegetaçăo arbórea vegetaçăo antropizada alagado solo caverna laguna riacho edificaçăo e espaço aéreo. As ilhas de norte a sul da costa e as do mar aberto e de mar protegido da grande baía da Ilha de Santa Catarina apresentam os mesmo habitats. Corais é a ilha com a maior diversidade de habitats e Santana-de-Dentro e Tacamí apresentam a menos diversidade. Os vertebrados totalizam 143 espécies com predomínio das aves. Os mamíferos săo mais abundantes que os répteis e anfíbios juntos e os peixes năo existem. A pesquisa registrou 16 novas espécies. Os habitats com maior quantidade de fauna săo os da vegetaçăo nativa supralitoral rochoso a vegetaçăo antropizada e edificaçăo. Os habitats com menos espécies săo laguna e alagado riacho solo e caverna. A avifauna marinha e costeira catarinense é a mesma da costa brasileira constituída por espécies pantropicais e cosmopolitas como Larídeos Pelecaniformes e Ciconiformes. O fator mais importante para a manutençăo dos vertebrados é a residęncia. A antropocoria é o mais dinâmico e a extinçăo é o fator recorrente e recente. A predaçăo dos gaviőes sobre os trinta-réis é fator limitante para o sucesso reprodutivo das Sterna. A reproduçăo o descanso e o isolamento das aves marinhas e costeiras é mais importante que o forrageamento. O baixo endemismo observado năo indica baixa especiaçăo mas poucas pesquisas. As ilhas mais importantes para avifauna marinha e costeira săo: Moleques-do-Sul Batuta Ilhota Deserta e Feia. A transiçăo climática oceanográfica e botânica para regimes mais frios secos das regiőes pampeana e patagônica năo é acompanhado por transiçăo de fauna e de habitats. A pesquisa materializou a existęncia de dois espaços biogeográficos insulares: a Província Tupi da floresta atlântica e o Domínio Oceânico Atlântico Tropical dos costőes e praias. Compartilham esses dois espaços vertebrados das regiőes Neártica Subantártica e Antárctica das Províncias Pampeana e Patagônica e das águas do Domínio Oceânico Atlântico Tropical. Considerando-se a falta de um enquadramento biogeográfico mais apropriado sugere-se a criaçăo de um “distrito” situado na regiăo costeira entre o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro faunisticamente balizado pelo domínio do gaivotăo e aves marinhas e costeiras associadas. O paradigma biogeográfico encontrado apresenta interface entre os processos naturais e a açăo humana podendo servir de incentivo ŕ pesquisas sobre conservaçăo e como base aos administradores públicos para formulaçăo de melhores mecanismos de manejo.
Abstract
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Palavras Chave
AVES MARINHAS E COSTEIRAS
Key Words
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Tipo
MESTRADO
Universidade
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Data
2009
Páginas
378
Localização
BIBLIOTECA CENTRAL DA UFSC / BIBLIOTECA SETORIAL DO CFH
uri
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Orientador
Angela da Veiga Beltrame
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
UFSC
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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