Dinâmica da paisagem da sub-bacia do Ribeirăo Chico de Paulo (Jaraguá do Sul – SC): urbanizaçăo e conflitos decorrentes
Item
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Título
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Dinâmica da paisagem da sub-bacia do Ribeirăo Chico de Paulo (Jaraguá do Sul – SC): urbanizaçăo e conflitos decorrentes
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lista de autores
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Daiane Bertoli
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Resumo
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A urbanizaçăo e as mudanças na dinâmica de uso e ocupaçăo da terra a ela atreladas por vezes săo berço de conflitos que emergem tanto de divergęncias legais quanto das distintas visőes vivęncias e significados atribuídos ŕ paisagem pelos agentes que a modelam. Localizada em Jaraguá do Sul (SC) a sub-bacia do ribeirăo Chico de Paulo insere-se em um importante vetor de expansăo urbana municipal e reflete de forma comum a outras áreas as intervençőes sócio-econômicas que culminam no acelerado espraiamento da cidade sobre ambientes anteriormente rurais. Deste modo a presente dissertaçăo tem como objetivo analisar as transformaçőes ocorridas na paisagem da sub-bacia do ribeirăo Chico de Paulo e os conflitos decorrentes dando ęnfase ao período de 1985 a 2005. Jaraguá do Sul é hoje o terceiro maior pólo industrial do estado e uma das cidades mais dinâmicas do país e desde meados da década de 60 vivencia um intenso processo de urbanizaçăo correlacionado ŕ atraçăo de măo-de-obra. A infra-estrutura deficitária dos anos 70 e 80 e a demanda por habitaçőes culminaram na expansăo física da cidade que se materializa através da aberturas de loteamentos muitos deles longínquos e cerceados da vida urbana. Com o foco das atençőes direcionado ŕ solvęncia de moradias áreas de risco foram ocupadas sem que isso suscitasse maiores indagaçőes. Na sub-bacia a ampliaçăo do perímetro urbano de 1987 marcou o inicio de uma outra dinâmica de ocupaçăo por ter englobado dentro da cidade a quase totalidade dos seus 5 33km2 de modo que a urbanizaçăo segue na esteira da sua industrializaçăo e da implantaçăo de infra-estrutura. Instalada no fundo de vale a indústria responde por alguns dos principais embates como a desconformidade desta com a lei de zoneamento municipal e a poluiçăo da água que inviabilizou sua utilizaçăo para o consumo humano e animal prática anteriormente comum na sub-bacia. Com o declínio da agricultura alguns proprietários de terra colocaram-na a disposiçăo do mercado informal que encontrou compradores entre a parcela da populaçăo desabilitada a participar do comércio legal de lotes. Desprovidos de alternativas locacionais frente ao seu baixo poder aquisitivo alguns se sujeitaram a habitar áreas inundáveis. A ocupaçăo de áreas de risco é um dos conflitos que tęm sua gęnese nas décadas anteriores quando o caráter menos restritivo da legislaçăo municipal frente a federal no que diz respeito ŕs áreas de preservaçăo permanente possibilitou o agravamento da ocupaçăo de locais sujeitos ŕ inundaçăo. De caráter recorrente este embate legal em parte provém das distintas visőes e percepçőes que permeiam os cursos d’água as quais săo também condicionantes decisivas da instalaçăo dos habitantes sobre áreas vulneráveis ŕ ocorręncia de episódios causadores de danos. Contudo os eventos danosos e suas conseqüęncias năo săo interpretados e aceitos da mesma forma pelos distintos seguimentos da sociedade e o enfrentamento da problemática varia segundo fatores culturais e econômicos. Os conflitos emergentes na sub-bacia de modo generalizado sugerem que a consideraçăo das distintas percepçőes e inter-relaçőes estabelecidas entre os grupos sociais e o meio é um passo importante na busca por soluçőes.
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Abstract
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Palavras Chave
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URBANIZAÇĂO
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CONFLITOS
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PAISAGEM
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Key Words
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Tipo
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MESTRADO
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Universidade
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
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Data
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2006
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Páginas
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117
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Localização
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BIBLIOTECA CENTRAL DA UFSC
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Orientador
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Sandra Maria de Arruda Furtado
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Programa
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GEOGRAFIA
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Sigla Universidade
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UFSC
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Área de Concentração
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Língua
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Português
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email
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