Pedomorfoestratigrafia de Depósitos de Leques Aluviais na Bacia do Rio Itoupava – Sul do Estado de Santa Catarina.

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Título
Pedomorfoestratigrafia de Depósitos de Leques Aluviais na Bacia do Rio Itoupava – Sul do Estado de Santa Catarina.
lista de autores
Marga Eliz Pontelli
Resumo
A planície aluvial do Rio Itoupava é formada por depósitos de leque aluvial constituído de material rudáceo principalmente de origem basáltica e com tamanhos variados que se intergiram lateralmente a partir de leques individuais na área de confinamentos do vale. Os depósitos apresentam grau diferenciado de alteraçăo que mostram correlaçăo com níveis topográficos. O estabelecimento das características morfológicas e analíticas do material pedogeneizado bem como das características dos principais óxidos presentes nos clastos confirmam a diferenciaçăo entre estágios de alteraçăo estabelecidos com base em observaçőes de campo. Săo distinguíveis cinco estágios. O estágio de alteraçăo I exibe solo latossólico com horizonte subsuperficial principal variando de B nítico a B textural. Enquadra-se na classe de solos ferruginosos dessaturados. Os solos no estágio de alteraçăo II exibem situaçăo de hidrólise parcial mostrando processo tanto de monossialitizaçăo quanto bissialitizaçăo mostrando solo de transiçăo entre fersialítico e ferruginosso dessaturado. O método utilizado da pedomorfoestratigrafia mostrou-se eficiente na individualizaçăo dos depósitos. Os estágios de alteraçăo previamente identificados nas cabeceiras da Bacia do Rio Amola Faca săo reconhecidos ao longo de toda a planície aluvial da bacia do Rio Itoupava com exceçăo do estágio III que aparece somente nas cabeceiras do Rio Amola Faca. O grau de alteraçăo nos depósitos aluviais exibe relaçăo direta com o escalonamento dos depósitos confirmando relaçăo entre altura da superfície topográfica e desenvolvimento da alteraçăo. Os depósitos mais alterados (Unidade I) predominam nos setores confinados das cabeceiras enquanto os menos alterados (Unidade II) predominam no setor mediano do leque. Essa distribuiçăo indica evoluçăo complexa do avental aluvial com superfície altamente dissecada tal como proposto por Wright e Alonso Zarza (1990). As cidades obtidas por luminescęncia mostram a ocorręncia de sedimentaçăo episódica na área (Thomas 2002) a partir do Pleistoceno Médio. A unidade I apresenta duas fases de sedimentaçăo anterior a 420.000 anos A.P. e outra a partir de 240.000 anos A.P. A idade mais antiga dos leques da Unidade I correlaciona-se aos depósitos individualizados na costa gaúcha por Villwock et al. (1986). Construçăo dos depósitos de leques da planície do Rio Itoupava relacionada ŕ fase de agradaçăo e dissecaçăo de sua superfície. As fases de dissecaçăo do leque correspondem a condiçőes climáticas próximas a atual interglaciais. O aumento de água no sistema resulta incisăo da drenagem e entrincheiramento da superfície do leque com desenvolvimento de sistema braided do canal atual (Unidade IV e V). O reconhecimento de fases de agradaçăo e de dissecaçăo do leque associado ŕ distribuiçăo das unidades na superfície do leque indica que os depósitos de leques mais expressivos săo os das unidades I e II geradas em condiçőes paleoclimáticas de glacial ou transiçăo para glacial. Isso permite qualificar o sistema de leques aluviais do Rio Itoupava como inativos. A orientaçăo das unidades estratigráficas para o setor mediano da planície aluvial do Rio Amola Faca bem como a orientaçăo de direçăo geral dos rios da Pedra/Itoupava săo fortes indícios de atuaçăo de neotectônica na regiăo.
Abstract
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Palavras Chave
LEQUE ALUVIAL
ALTERAÇĂO
PEDOMORFOESTRATIGRAFIA
Key Words
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Tipo
DOUTORADO
Universidade
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Data
2005
Páginas
220
Localização
BU
uri
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Orientador
Joel Robert Georges Marcel Pellerin
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
UFSC
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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