Demanda de Energia na Industria Catarinense. Os impactos da Crise do Petróleo sobre a matriz energética catarinense

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Título
Demanda de Energia na Industria Catarinense. Os impactos da Crise do Petróleo sobre a matriz energética catarinense
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Ivo Raulino
Resumo
A compreensăo dos efetivos impactos dos dois choques mundiais do petróleo sobre a matriz energética do setor industrial catarinense exige que se considere năo apenas os aumentos ocorridos nos preços do petróleo importado mas também os desdobramentos internos decorrentes das duas grandes crises ocorridas. Neste sentido pode-se constatar que apesar de Santa Catarina ser um estado amplamente dependente da importaçăo de energia a indústria local praticamente năo sofreu maiores consequęncias posto que as políticas energéticas adotadas a nível de governo federal conduziram a indústria catarinense a um processo de substituiçăo de energéticos que embora tenha modificado a matriz energética do ponto de vista quantitativo năo apresentou maiores modificiaçőes do ponto de vista qualitativo na medida em que tais modificaçőes foram apenas uma resposta do setor industrial a política energética vigente. Com efeito ŕ gradual substituiçăo de derivados de petróleo até 1989 houve um expressivo aumento na demanda de energia elétrica e com menor intensidade um aumento do consumo de lenha. A política de cotas de fornecimento de derivados de petróleo foi na realidade mais eficiente do que propriamente a política de preços. O papel dos preços nas modificaçőes ocorridas bem como as políticas de conservaçăo de energia năo sensibilizaram o setor industrial. Isto deve-se ao fato de que a efetiva participaçăo dos custos com energia na indústria comparativamente aos demais custos industriais é muito reduzida năo exigindo portanto do setor industrial a busca de uma maior eficięncia no uso dos recursos energéticos. Assim pode-se afirmar de que a indústria local passou distante da crise do petróleo. Esta năo significou em momento algum ameaça ao desempenho no setor industrial. Por último ao considerar-se o efetivo papel do crescimento industrial catarinense principalmente a partir de 1970 constatou-se que a década de 70 foi mais intensiva em consumo de energia comparativamente a década de 80 posto que o processo de acumulaçăo de capital industrial foi mas intenso nos anos de 1970. A longa crise que teve início em 1983 reduziu de certa forma o processo de acumulaçăo de capital năo apresentando mudanças significativas do ponto de vista energético. As modificaçőes de natureza estrutural como a ascensăo de novos gęneros industriais mais dinâmicos năo significou ao contrário do que usualmente se suponha maiores moficaçőes na demanda de energia na medida em que gęnros tradicionais mais intensivos em măo de obra apresentaram uma demanda mais expressiva do que os gęneros mais dinâmicos sabidamente mais intensivos em capital. O que ficou evidente é que as transformaçőes ocorridas resultantes da política energética equivocada adotada na ocasiăo da crise conduziram a indústria catarinense a uma situaçăo insustentável que requer moficaçőes imediatas podendo comprometer futuramente o seu próprio desempenho.
Abstract
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Palavras Chave
ENERGIA
INDÚSTRIA
CRISE ENERGÉTICA
Key Words
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Tipo
MESTRADO
Universidade
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Data
1997
Páginas
117
Localização
BIBLIOTECA CENTRAL UNIVERSITÁRIA
uri
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Orientador
Armen Mamigonian
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
UFSC
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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