"Um Palacete Assobradado": Da Reconstruçăo do Lar .(materialmente) ŕ reconstruçăo da ideia de "Lar" em uma .ocupaçăo de sem-teto no Rio de Janeiro

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Título
"Um Palacete Assobradado": Da Reconstruçăo do Lar .(materialmente) ŕ reconstruçăo da ideia de "Lar" em uma .ocupaçăo de sem-teto no Rio de Janeiro
lista de autores
MARIANNA FERNANDES MOREIRA
Resumo
As experięncias recentes de movimentos sociais latinoamericanos se diferenciam por se vincularem de forma especial ŕ cotidianidade e ŕ esfera das relaçőes de reproduçăo social e pelas maneiras com que organizam as relaçőes de poder internas. Os movimentos que se sustentam em fidelidades tecidas por vínculos afetivos e relaçőes sociais de caráter comunitário terminam por permear os espaços privados e o convívio familiar. Nesse sentido a dimensăo do compartilhamento cotidiano e por conseguinte os loci das relaçőes familiares e de vizinhança ganham especial relevância para o presente trabalho. Este tem como foco mais especificamente uma ocupaçăo de sem-teto denominada Ocupaçăo Quilombo das Guerreiras. Esta ocupaçăo (porém năo apenas ela) se organiza internamente com reduzidos traços de hierarquia: năo possuem qualquer tipo de instituiçăo de "poder explícito" separada da coletividade de seus moradores. Busca-se aqui analisar a partir de seu modelo de organizaçăo política interna o papel fundamental que o recorte espacial do oikos (da esfera privada) assume nos processos políticos formais e informais. Espera-se dessa forma contribuir para a valorizaçăo da espacialidade cotidiana e do papel dos espaços privados nos estudos a respeito dos movimentos sociais vendo tais características como fundamentais tanto para uma melhor elucidaçăo desse tipo de açăo social quanto para uma maior capacidade de cooperaçăo junto ŕs experięncias de mobilizaçăo popular..Contudo trata-se também de um estudo sobre as relaçőes de gęnero no movimento social em questăo. Aqui mais importante do que colocar a questăo sobre o que há de dissidente nas relaçőes de gęnero e nas práticas cotidianas das ocupantes seria questionar o que há de feminino nas práticas dissidentes encontradas na ocupaçăo supracitada. Assim ao invés de buscar um discurso feminista no movimento dos sem-teto ou práticas espaciais que invertem posicionamentos de gęnero (como a mulher chefe de família em oposiçăo ŕ dona de casa etc.) optamos por dedicar maior atençăo aos discursos e práticas efetivamente produzidas e concretamente realizadas năo no sentido de buscar o ponto no qual as ocupantes se insurgem ou se resignam ao poder patriarcal da família mononuclear mas para entender a forma como elas racionalizam e agem sobre uma materialidade dada.
Abstract
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Palavras Chave
NĂO DISPONÍVEL
Key Words
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Tipo
MESTRADO
Universidade
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Data
2011
Páginas
220
Localização
PPG
uri
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Orientador
MARCELO JOSE LOPES DE SOUZA
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
UFRJ
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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