Práticas Espaciais Insurgentes e Processos de Comunicaçăo: Espacialidade Cotidiana Política de Escalas e Agir Comunicativo no Movimento dos Sem-Teto do Rio de Janeiro

Item

Título
Práticas Espaciais Insurgentes e Processos de Comunicaçăo: Espacialidade Cotidiana Política de Escalas e Agir Comunicativo no Movimento dos Sem-Teto do Rio de Janeiro
lista de autores
MATHEUS DA SILVEIRA GRANDI
Resumo
Esta dissertaçăo tem o objetivo de refletir de forma introdutória sobre como interaçőes orientadas pela busca por um entendimento mútuo podem cooperar ou năo com experięncias de movimentos sociais urbanos marcadas pela tentativa de construçăo de relaçőes de poder cotidianas fortemente "horizontalizadas" - ou seja: com pouquíssimos traços de hierarquia. Isso justamente por considerar que com tal meta a busca por negociar as diferenças através de relaçőes interpessoais (na medida do possível) livres de coerçőes internas e externas ganha importância ainda maior. Além disso parte da necessidade de se pensar a respeito dos limites de práticas políticas centralizadoras e pseudo-democráticas que vęm impondo barreiras ŕ auto-organizaçăo popular (especialmente em um contexto de crescente fragmentaçăo do tecido sociopolítico-espacial militarizaçăo da questăo urbana cooptaçăo de quadros criminalizaçăo e enfraquecimento dos movimentos sociais urbanos). Partindo do projeto de autonomia de Cornelius Castoriadis da teoria da açăo comunicativa de Jürgen Habermas e do desenvolvimento sócio-espacial de Marcelo Lopes de Souza o foco é dado ao papel que a espacialidade cotidiana (especialmente na escala nanolocal mas atento também ŕ importância da política de escalas) tem para a construçăo e fortalecimento de relaçőes sócio-espaciais radicalmente emancipatórias. O estudo de caso principal volta-se para a dimensăo espacial interna de uma experięncia específica do movimento dos sem-teto atuante na área central da cidade do Rio de Janeiro: a Ocupaçăo Chiquinha Gonzaga (escolha feita principalmente por sua forma de organizaçăo política interna apontar para relaçőes de poder bastante "horizontais"). Através de uma pesquisa participante (de cunho qualitativo) a dissertaçăo baseia-se nos procedimentos como a observaçăo participante (com a ajuda de notas de campo) as entrevistas informais (com e sem diretriz) e formais (semi-estruturadas e fechadas). Vale-se das reflexőes sobre a análise crítica de discurso de Norman Fairclough para fazer a análise dos dados e das informaçőes ŕs quais se teve acesso (através da convivęncia e das entrevistas com moradores e moradoras da ocupaçăo). Percebe-se como boa parte das práticas espaciais cotidianas de moradoras e moradores da Ocupaçăo Chiquinha Gonzaga aparentam colaborar com o compartilhamento das várias dimensőes do "mundo da vida" do prédio. Mediam (e constroem) também diferentes escalas espaciais e formas de afetividade existentes em relaçăo ao "lugar". Na medida do possível estimulam o estabelecimento de relaçőes de poder internas diferenciadas. De maneira geral portanto tendem também a reforçar uma forma de gestăo territorial radicalmente próxima ao exercício de democracia direta (ainda que em escala nanoterritorial).
Abstract
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Palavras Chave
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Key Words
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Tipo
MESTRADO
Universidade
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Data
2010
Páginas
484
Localização
PPGG / UFRJ
uri
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Orientador
MARCELO JOSE LOPES DE SOUZA
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
UFRJ
Área de Concentração
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Língua
Português
email
matheus_grandi@yahoo.it