Uso da terra técnica e territorialidade: os assentamentos de Santana do Livramento - RS
Item
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Título
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Uso da terra técnica e territorialidade: os assentamentos de Santana do Livramento - RS
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lista de autores
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Julia Saldanha Vieira de Aguiar
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Resumo
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A presente pesquisa busca compreender o processo de territorializaçăo e a territorialidade existente nos assentamentos da Reforma Agrária do município de Santana do Livramento situado na Campanha Gaúcha extremo sul do Brasil fronteira com o Uruguai. O município conta com 31 assentamentos e cerca de mil famílias assentadas sobre 26 mil hectares de terras. Observamos o processo de territorializaçăo como um evento de grandes proporçőes (SANTOS 1996) que agrega mudanças ŕs regiőes onde ocorre transformando o uso da terra e as relaçőes sociais nesses lugares. A pesquisa se apóia na utilizaçăo de uma série de representaçőes para estudar os assentamentos em escalas diferentes tais como cartografia fotografia e o registro audiovisual. A opçăo por utilizar os vários procedimentos relaciona-se com a natureza dos processos em observaçăo quais sejam a materializaçăo dos processos produtivos nos assentamentos as técnicas utilizadas e as relaçőes sociais envolvidas. Partimos da compreensăo do território como manifestaçăo complexa multidimensional implicando necessariamente em uma relaçăo entre material e imaterial (SAQUET 2007). A territorialidade assim pode ser compreendida como produto de uma relaçăo entre pessoas e espaço uma articulaçăo que supőe uma interaçăo dinâmica entre forma açăo e representaçăo (HEIDRICH 2010). O conceito base é o de espaço geográfico (SANTOS 2008) ao qual o assentamento e suas pessoas como subsistemas estăo articulados. Procuramos assim reconhecer de modo sobreposto o uso da terra as formas de organizaçăo social ali encontradas e as relaçőes com o meio no qual os assentamentos se inserem. A análise é balizada por duas hipóteses. A primeira sugere que o meio no qual os assentamentos se inserem por ser dotado de infraestrutura de produçăo e de distribuiçăo já estabelecida condiciona os projetos produtivos lá desenvolvidos a seguirem as linhas de produçăo já estabelecidas na regiăo. A segunda hipótese sugere que apesar desses condicionamentos vindos do meio muitas famílias assentadas executam projetos produtivos autônomos gerando novas relaçőes novos mercados e em última instância desde o ponto de vista da territorialidade novos arranjos espaciais. Essa segunda hipótese de superaçăo dos condicionantes do meio apóia-se no conceito de evento tomado de Santos (1996). Observa-se que na condiçăo precária de assistęncia por parte do Estado e diante da necessidade de reproduzir a existęncia no novo lugar inúmeras relaçőes espontâneas se estabelecem nos assentamentos em boa parte classificadas sob o genérico nome de parcerias. O assentamento é assim observado como um lugar onde intensos processos auto-organizativos se manifestam e onde esses processos produzem uma expressiva estratificaçăo social dentro do próprio assentamento.
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Abstract
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Palavras Chave
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REFORMA AGRÁRIA
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TERRITORIALIDADE
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USO DA TERRA
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RELAÇŐES SOCIA
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Key Words
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Tipo
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MESTRADO
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Universidade
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
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Data
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2011
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Páginas
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255
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Localização
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BIBLIOTECA DO INSTITUTO DE GEOCIĘNCIAS
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Orientador
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Alvaro Luiz Heidrich
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Programa
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GEOGRAFIA
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Sigla Universidade
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UFRGS
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Área de Concentração
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Língua
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Português
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email
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