Conflitos Socioambientais Urbanos no Contexto de Periferizaçăo da Metrópole: Uma Perspectiva a partir das UTPs (Unidades de Planejamento) da RMC - Regiăo Metropolitana de Curitiba.

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Título
Conflitos Socioambientais Urbanos no Contexto de Periferizaçăo da Metrópole: Uma Perspectiva a partir das UTPs (Unidades de Planejamento) da RMC - Regiăo Metropolitana de Curitiba.
lista de autores
Edmilson Alves Lopes
Resumo
Alardeada nacional e internacionalmente como um exemplo de sucesso em planejamento urbano qualidade de vida e postura ecológica a capital do Estado do Paraná năo difere na sua essęncia dos contextos urbanos dos países năo desenvolvidos. Através desta pesquisa verificou-se que a cidade de Curitiba e sua regiăo metropolitana reproduziram a lógica comum das cidades e regiőes metropolitanas do país atestando problemas socioambientais muito graves particularmente vistos na conflituosa relaçăo entre o processo de expansăo urbana e a preservaçăo da natureza na área de mananciais hídricos da franja leste da RMC. A análise dessa relaçăo entre a dinâmica da sociedade e a da natureza foi elaborada com base na metodologia do Sistema Ambiental Urbano (SAU). Essa metodologia mostrou-se eficiente e possibilitou melhor compreensăo dos conflitos socioambientais no processo de periferizaçăo da metrópole. A pesquisa em questăo revelou as transformaçőes socioespaciais ocorridas na franja leste da RMC respaldadas na “Lei Especial de Proteçăo dos Mananciais da RMC” (1998) e no “Planejamento Estratégico-Competitivo” instituído pelo PDI (2002). Essas transformaçőes foram embasadas num discurso de “Desenvolvimento Sustentável” e indicavam ŕ melhoria das condiçőes sociais e ambientais sobre a área de mananciais o que de fato năo se concretizou. Compreende-se portanto que essas transformaçőes e as novas formas de ocupaçăo desse espaço foram na verdade concebidas a partir de um “Planejamento Estratégico-Corporativo” que acabou por consolidar a lógica capitalista de (re)produçăo do espaço urbano e da “Cidade Corporativa” atendendo assim a ideologia do crescimento econômico e os interesses dos agentes sociais dominantes. Esta análise se fez a partir do diagnóstico socioambiental da UTP Pinhais entre 2000 e 2010 e demonstrou que esse modelo de planejamento impôs um zoneamento excludente ajustado ŕs perspectivas mercadológicas que atendeu principalmente aos interesses dos proprietários fundiários e dos promotores imobiliários. Esses agentes sociais entendem que a “preservaçăo da natureza” encontra-se associada ao processo de “privatizaçăo” desse espaço para as classes economicamente mais favorecidas materializado na forma de condomínios fechados de alto padrăo. No entanto essa pesquisa revela o aumento da degradaçăo ambiental sobre a área da UTP Pinhais fato confirmado através da análise do IQA – Índice de Qualidade da Água do rio do Meio. Nessa perspectiva esta tese defende uma nova abordagem para o planejamento e gestăo urbana sobre a área de mananciais da franja leste da RMC. Essa abordagem deve ser direcionada para a formaçăo da cidade sustentável com base nos princípios da equidade social e da justiça ambiental. Acredita-se que esse desafio possa ser alcançado com investimentos econômicos sociais e ambientais associados a um processo de planejamento e gestăo urbano-ambiental voltado para a soluçăo dos problemas socioambientais no qual năo se contemple a “terra urbana” e a “natureza” como uma “mercadoria” de acesso seletivo.
Abstract
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Palavras Chave
URBANIZAÇĂO
MEIO AMBIENTE
CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS
Key Words
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Tipo
DOUTORADO
Universidade
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Data
2011
Páginas
222
Localização
UFPR
uri
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Orientador
Francisco de Assis Mendonça
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
UFPR
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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