Dissidęncia e Fragmentaçăo da luta pela terra na “Zona da Cana” nordestina: o estado da questăo em Alagoas Paraiba e Pernambuco.
Item
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Título
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Dissidęncia e Fragmentaçăo da luta pela terra na “Zona da Cana” nordestina: o estado da questăo em Alagoas Paraiba e Pernambuco.
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lista de autores
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Edvaldo Carlos de Lima
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Resumo
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Ademais as disputas e conflitos territoriais só vęm intensificando-se nos últimos anos (CPT 2009). Foi a partir da década de 1980 que os movimentos de luta por Reforma Agrária em especial o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) incorporaram como principal ferramenta de luta uma açăo política radical tais como: a ocupaçăo de terras improdutivas devolutas e griladas e a formaçăo de acampamentos. Ocupar terras devolutas e grandes latifúndios improdutivos configurou e continua configurando novos arranjos territoriais nos espaços em disputa. O embate de classe coloca mais uma vez na formaçăo do espaço agrário brasileiro os trabalhadores sem terra os quilombolas os indígenas e os camponeses frente a latifundiários e capitalistas.Por um lado a aliança latifundiários/usineiros/grandes grupos empresariais do agronegócio canavieiro instigados pelo mercado internacional e os incentivos do Estado conquistou na segunda metade da década de 2000 altos índices de produtividade e desempenho na produçăo principalmente de etanol (álcool etílico). A geografia do agronegócio da cana de açúcar mudou territorializando-se em novas áreas e monopolizando territórios que escapavam á sua lógica nas regiőes tradicionais do seucultivo como na Zona da Mata dos estados de Alagoas Pernambuco e Paraíba - recorte territorial da nossa pesquisa. Todavia essa dinâmica se concretizou a custa de uma crescente degradaçăo da natureza e de cada vez maior controle intensificaçăo e exploraçăo do trabalho. Contudo no conflito entre as classes além da mobilizaçăo e solidariedade dos trabalhadores surgem também ŕs desavenças dentro da classe.Apreender as decorręncias para a Reforma Agrária desse processo faz parte da preocupaçăo principal desta tese. No nosso percurso analítico constatamos que os desacordos intra-classe se originam de atritos internos ao “movimento camponęs rebelde”1 desencadeando dissidęncias políticoideológicas e a fragmentaçăo dos movimentos sociais no campo que lutam por terra.Devido a essa fragmentaçăo surge a necessidade de entender as contradiçőes e potencialidades da dinâmica social e espacial em curso. Isto posto entende-se que ao tempo que acontece a fragmentaçăo dos trabalhadores por dissidęncias políticas torna-se.real a proliferaçăo de novos movimentos sociais de luta por terra reforçando e dotando de sentido a necessidade da Reforma Agrária no país. Entretanto observamos também que tais desdobramentos refletem ao mesmo tempo a fragmentaçăo do próprio trabalho conduzindo uma parte significativa dos trabalhadores acampados e/ou assentados outrora mobilizados sob diferentes bandeiras de combate e resistęncia ŕ precarizaçăo do seu trabalho e ŕ desvalorizaçăo da sua luta inserindo-se como trabalhadores temporarios e/ou bóias-frias no perverso e abusivo negócio do corte da cana de açúcar nas regiőes pesquisadas. Entendemos a luta pela terra vista por dentro da luta de classes e definimos o território dominado pela cana nos estados estudados como “Zona da Cana Nordestina” outrora “Zona da Mata” apelando propositalmente para o fenomęnico de um processo em curso: a desapariçăo da natureza originária e a produçăo capitalista desigual combinada e contraditória do espaço agrário.De tal modo colocar para debate até que ponto o complexo processo de fragmentaçăo da/e luta pela terra no Nordeste (Alagoas Pernambuco e Paraíba) pode representar uma das frentes de oposiçăo ao desenvolvimento desigual do capitalismo no campo é o desafio desta tese.
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Abstract
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Palavras Chave
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MOVIMENTOS SOCIAIS NO CAMPO
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FRAGMENTAÇĂO
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TERRITÓRIO
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Key Words
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Tipo
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DOUTORADO
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Universidade
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
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Data
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2011
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Páginas
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244
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Localização
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BIBLIOTECA CENTRAL DA UFPE
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Orientador
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Caio Augusto Amorim Maciel
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Programa
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GEOGRAFIA
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Sigla Universidade
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UFPE
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Área de Concentração
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Língua
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Português
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email
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