Disputa territorial entre o agronegocio e o campesinato na Zona da Mata Paraibana: a produçăo de cana nos assentamentos
Item
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Título
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Disputa territorial entre o agronegocio e o campesinato na Zona da Mata Paraibana: a produçăo de cana nos assentamentos
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lista de autores
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NOEMI PAES FREIRE
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Resumo
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RESUMO...A produçăo de cana-de-açúcar nos assentamentos da Zona da Mata paraibana constitui um fato recente e está em grande parte relacionada ŕ retomada da atividade canavieira a partir do ano 2000 após a crise do Proalcool. O processo de reestruturaçăo produtiva recente do capital canavieiro tem sido estimulado tanto pelos incentivos provenientes da nova geopolítica energética internacional que na tentativa de diminuir a dependęncia dos países desenvolvidos em relaçăo ao petróleo incentiva ŕ produçăo de agrocombustíveis nas ex-colônias do Sul apoiada no discurso ambiental da “energia limpa” como pelo aumento do preço do açúcar no mercado internacional. Na Zona da Mata da Paraíba essa reestruturaçăo tem se dado através da expansăo da área plantada e da quantidade produzida com cana da transferęncia de titularidade de terras e agroindústrias para o capital estrangeiro e pelo aumento da produçăo de açúcar e álcool. A expansăo da fronteira da cana tem ultrapassado os limites do território controlado pelo agronegócio canavieiro e tem avançado nas áreas de assentamento da regiăo. Interessa a este trabalho compreender de que forma vem ocorrendo esse processo quais os fatores responsáveis pelo plantio da cana em algumas áreas de assentamento e os fatores que explicam a rejeiçăo de outras áreas em incluir a cana na sua pauta de produçăo. Esse processo năo ocorre sempre de forma pacífica sem conflitualidades. Muitos assentados reagem lutando para que a terra de trabalho năo se transforme mais uma vez em território de exploraçăo. Outros procuram uma complementaçăo da renda e ainda há os que se deixam dominar pela lógica capitalista e transformam seus lotes em terra de negócio. De uma forma geral o que pudemos constatar é que a cana-de-açúcar vem se tornando uma constante em parte dos assentamentos. Em alguns casos há pretensăo de aumento da área plantada e em outros năo porém os motivos săo bem particulares e variam segundo as condiçőes geográficas financeiras e da força produtiva e interesse no trabalho agrícola da família. Isso nos leva a refletir sobre vários aspectos. A maior parte dos assentados tem experięncia na produçăo canavieira apesar de toda exploraçăo pela qual passaram os ex-cortadores de cana-de-açúcar. A cana-de-açúcar nesta regiăo é historicamente utilizada como raçăo animal é um tipo de lavoura possível de ser cultivada nos topos de tabuleiro resiste ŕ estiagem e ao excesso de água brota cinco safras sem precisar replantar possui mercado garantido nas proximidades dos assentamentos no caso de os assentados năo terem condiçőes para produzir a Usina fornece adiantamentos mesmo se eles possuírem dívidas com o banco demanda menor desprendimento de força-de-trabalho é mais resistente a pragas e menos vulnerável a saques. Na maioria dos casos os assentados só abrem măo de suas produçőes de alimento quando năo conseguem ter ęxito nas mesmas seja por questőes edáficas seja por questőes climáticas ou por falta de condiçőes financeiras para investir na produçăo. Os que hoje em dia enveredaram na monocultura canavieira na maioria das vezes possuem histórico de prejuízos e endividamentos. Mas quando eles tęm as devidas condiçőes de produçăo em geral mantém a lavoura destinada ŕ subsistęncia familiar. .Palavras chave: Disputas Territoriais Território Assentamentos Rurais Agronegócio Canavieiro.
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Abstract
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Palavras Chave
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DISPUTAS TERRITORIAIS
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TERRITÓRIO
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ASSENTAMENTOS RURAIS
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Key Words
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Tipo
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MESTRADO
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Universidade
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA ( JOĂO PESSOA )
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Data
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2012
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Páginas
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139
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Localização
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BOBLIOTECA CENTRAL DA UFPB
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Orientador
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EMILIA DE RODAT FERNANDES MOREIRA
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Programa
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GEOGRAFIA
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Sigla Universidade
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UFPB-JP
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Área de Concentração
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Língua
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Português
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email
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