ENTRE BREJOS GROTAS E CHAPADAS: O CAMPESINATO SERTANEJO E O EXTRATIVISMO DO PEQUI NOS CERRADOS DE MINAS GERAIS

Item

Título
ENTRE BREJOS GROTAS E CHAPADAS: O CAMPESINATO SERTANEJO E O EXTRATIVISMO DO PEQUI NOS CERRADOS DE MINAS GERAIS
lista de autores
\N
Resumo
O Cerrado brasileiro é rico em biodiversidade de fauna e flora. Diversas săo as populaçőes em seus vários ambientes que fazem uso principalmente de seus recursos vegetais. Dentre as riquezas vegetais encontra-se nos Cerrados o extrativismo do pequi como uma importante atividade que dinamiza a economia no campo e na cidade. Nesse sentido o Norte de Minas Gerais se destaca no cenário nacional de extrativismo do pequi. Além da importância econômica o pequi também possui relevância alimentar ecológica e cultural. O Vale do Jequitinhonha também tem signiticativa produçăo de pequi embora esse potencial seja sub-aproveitado. Assim sendo o objetivo central desse trabalho é analisar as estratégias agroextrativistas especialmente concernente ao pequi utilizadas por camponeses sertanejos de territórios dos Cerrados do Norte de Minas Gerais e do Alto Vale Jequitinhonha que atuam de forma complementar ŕ agricultura. A questăo principal da pesquisa foi saber se o pequi é um recurso de propriedade comum nos territórios estudados. Os territórios da pesquisa contemplam: a comunidade rural Cabeceiras do Mangai no município de Japonvar as comunidades rurais Guarda Mór Olho D’água Riacho D’antas Riacho dos Santos e a Vila Săo José em Campo Azul e as localidades de Cachoeira do Fanado e Cachoeira da Lagoa em Minas Novas Utilizaram-se os métodos descritivo e experimental aprofundados com a descriçăo dos fenômenos observaçăo e pesquisa de campo. Realizou-se 15 entrevistas em propriedades camponesas de cada município sendo a amostra total composta por 45 famílias. O material de coleta de dados baseou-se em questionário semiestruturado com perguntas abertas e fechadas gravaçăo de entrevistas com o objetivo de conhecer a história dos camponeses e dos lugares: e registros de relatos orais no diário de campo com a intençăo de obter-se uma maior riqueza de detalhes. Os resultados da pesquisa apontam que o pequi é um recurso de propriedade comum nos territórios estudados sobrepondo-se ŕ propriedade privada da terra. As regras de uso do pequi săo portanto baseadas a partir de lógicas costumeiras configurando um território de uso aberto e coletivo. Além de complementar a renda o pequi para alguns camponeses sertanejos de Campo Azul e Japonvar gera djnheiro extra ou é a principal renda durante o ano. Nesses dois municípios ficou constatada a existęncia de atravessadores entre os camponeses e os compradores das cidades que subordina e explora o trabalho dos catadores de pequi impondo-lhes o preço local do fruto. Em Minas Novas a comercializaçăo do pequi é menor e ainda năo há problemas signiticativos quanto ao atravessamento o que sugere-se maior investimento em associaçőes e cooperativas para dinamizar a produçăo e comercializaçăo. Neste município o pequi tem significado de uso maior que o de troca diferente da situaçăo de Campo Azul e Japonvar. Sugere-se a reconversăo agroextrativista das terras públicas e devolutas das chapadas de Minas Novas ocupadas por eucalipto consoante previsto no Programa Pró-pequi. Além disso é necessário viabilizar atividades eco-produtivas com base na exploraçăo sustentável dos Cerrados de Campo Azul para substituiçăo do carvoejamento de mata nativa. Por fim defende-se tornar o pequi e seus derivados como patrimônio cultural sertanejo com registro no livro de saberes do IPHAN.
Abstract
\N
Palavras Chave
CERRADOS
PEQUI
TERRITÓRIO
CAMPESINATO SERTANEJO
Key Words
\N
Tipo
MESTRADO
Universidade
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Data
2011
Páginas
253
Localização
BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA DA UFMG
uri
\N
Orientador
GEOGRAFIA
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
UFMG
Área de Concentração
\N
Língua
Português
email
1