O PROCESSO DE INTERVENÇĂO SOCIAL DO TURISMO NA SERRA DO IBITIPOCA (MG): SIMULTÂNEO E DESIGUAL DILEMA CAMPONĘS NO “PARAÍSO DO CAPITAL”

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Título
O PROCESSO DE INTERVENÇĂO SOCIAL DO TURISMO NA SERRA DO IBITIPOCA (MG): SIMULTÂNEO E DESIGUAL DILEMA CAMPONĘS NO “PARAÍSO DO CAPITAL”
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Resumo
Considerando a trajetória histórico-social de criaçăo e uso público do Parque Estadual do Ibitipoca (MG) a pesquisa discute a subseqüente apropriaçăo de seu entorno pelo turismo – enfocando o movimento processual de transformaçăo das condiçőes materiais de existęncia humana na Serra de Ibitipoca. Os aspectos discutidos estăo ligados ŕ reestruturaçăo da esfera produtiva ao aumento da complexidade da vida social com o advento do turismo e ŕ análise das características atuais como resultado de processos sincrônicos e diacrônicos de produçăo do espaço analisado. Demonstra-se com a perspectiva “conservacionista” do órgăo gestor do parque (IEF/MG) contrasta com os dilemas socioambientais do campesinato de seu entorno produzindo discrepâncias no próprio processo histórico e social desenvolvido localmente. O tema central foca ainda a idéia de simultaneidade e desigualdade inerente ŕs interaçőes entre forças produtivas e relaçőes de produçăo identificadas a partir de dados empíricos coletados no entorno do Paque. Tem-se o campesinato de Ibitipoca enquanto grupo humano que se organiza para atingir a produçăo dos seus meios de vida cuja margem de lazer e ócio contrasta com os usos e os sentidos do tempo inerentes ŕ lógica produtiva incorporada pelo turismo. Num contexto em que a racionalidade do turismo passa a conduzir o processo econômico na Serra do Ibitipoca as outras formas de produçăo e de vida tendem a ser desqualificadas. O mercado de trabalho entăo se afirma como equalizador dos conflitos sociais ŕ medida que o poder político é redistribuído no “processo”. Sob as rubricas do “ecologicamente correto” tem-se o caráter mimético assumido pela renda da terra mediante a inauguraçăo de novas modalidades de uso e ocupaçăo do solo no entorno de Unidades de Conservaçăo. Năo obstante a transiçăo dos critérios de valorizaçăo da terra suscita a humanizaçăo da natureza via a desumanizaçăo do homem. Coisificado pelos artifícios do capital que transformam a si próprio e o seu lugat em reles mercadoria a ser fotografada e vendida aos turistas urbanos o camponęs resiste e/ou se conforma mediante o processo que lhe espreita. Empurrado para os bastidores da vida social estabelece novas estratégias de enfrentamento das circunstâncias de vida no entorno do parque. O ethos da terra (re) constrói assim o espaço de sua própria diferença: o compartimento de um outro tempo que se faz presente a enunciaçăo dos enigmas de um futuro incerto pois envolto pelos cercos e desafios a um modo de vida confrontado pelos movimentos mais amplos de expansăo do capital. O turismo em Ibitipoca enuncia assim uma complexa transiçăo entre o primário e o terciário que mantém traços diacrônicos do modo de vida camponęs como algo funcional ŕ reproduçăo do capital. A Ibitipoca atual teima em extrapolar os seus limites articulando suas reminiscęncias e seus acréscimos suas desigualdades e suas próprias contradiçőes.
Abstract
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Palavras Chave
TURISMO
CULTURA CAMPONESA
ECONOMIA POLITICA
PARQUE EST
IBIT
Key Words
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Tipo
MESTRADO
Universidade
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Data
2008
Páginas
406
Localização
BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA DA UFMG
uri
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Orientador
GEOGRAFIA
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
UFMG
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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