MULHERES MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO: OS IMPACTOS DA MONOCULTURA DE EUCALIPTO SOBRE MULHERES TUPINIQUIM

Item

Título
MULHERES MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO: OS IMPACTOS DA MONOCULTURA DE EUCALIPTO SOBRE MULHERES TUPINIQUIM
lista de autores
\N
Resumo
A modernidade ocidental somada a outras formas de dominaçăo (colonialismo capitalismo projeto hegemônico de desenvolvimento neoliberalismo globalizaçăo hegemônica) alteram profundamente a relaçăo da humanidade com o ambiente e transformam a natureza em fonte inesgotável de matéria-prima. A ansiedade pelo controle da natureza e pelo acúmulo de riquezas tem destruído ao longo da história fontes de subsistęncia e sistemas culturais de diversas populaçőes locais em países do Sul. Ao mesmo tempo criam-se novas formas de dominaçăo e reelaboram-se as já existentes. Criam-se modelos de desenvolvimento e de "subdesenvolvimento". Estabelecem-se padrőes "ideais" de produçăo e consumo. A relaçăo de dominaçăo Norte x Sul se reproduz dentro do Sul e do Norte ou seja criam-se muitos Nortes dentro do Sul e Suis dentro do Norte. A crise ambiental surge como uma denúncia do esgotamento dos "recursos naturais" do planeta porém novas estratégias tecnológicas e político-institucionais săo encontradas pelo capital para ampliar a capacidade de exploraçăo dos "recursos naturais". Os pobres e as mulheres săo responsabi1izados pelo aumento populacional indicado pelos especialistas do meio ambiente e do desenvolvimento como a principal ameaça ŕ segurança ambiental do planeta. As mulheres dos países do Sul săo alvo de políticas de controle da natalidade dos Estados Unidos nos anos 1960 e 1970. Com o discurso de combate ŕ pobreza populaçőes do Sul săo conectadas ao projeto de desenvolvimento. A partir de entăo vivenciam rupturas jamais imaginadas..No Espírito Santo a conexăo das populaçőes indígenas ao chamado projeto de desenvolvimento pela industrializaçăo é devastadora porque leva essas populaçőes a perderem os seus territórios (restriçăo territorial) feitos de biodiversidade e cultura. A chegada da Aracruz Celulose SI A ao território indígena dá início ao quarto ciclo de perdas territoriais Tupiniquim o processo de desterritorializaçăo e reterritorializaçăo erode o modo de vida desses indígenas. As mulheres portadoras de saberes imprescindíveis ŕ vida do seu povo se vęem expropriadas das fontes materiais e simbólicas que pennitiam a construçăo e a reproduçăo dos seus saberes: agricultoras coletoras e artesăs săo transformadas em subempregadas. A nova conformaçăo territorial fragiliza o papel e o poder da mulher na sociedade Tupiniquim. Diante de uma realidade tăo complexa essa populaçăo reafirma a importância do lugar como foco de resistęncia ao projeto hegemônico global e trava há quarenta anos uma luta incansável pela recuperaçăo territoria1. Muitas batalhas e alianças săo feitas. Nesse sentido a Rede Alerta Contra o Deserto Verde é um importantee apoio da luta indígena no Espírito Santo porque ajuda a consolidar uma gama de apoio local nacional e internacional ŕ luta indígena: uma luta que assume uma dimensăo cosmopolita. AB mulheres năo abrem măo de se somarem ŕ luta pela terra por meio de uma organizaçăo específica. Forjam a Comissăo de Mulheres Indígenas Tupiniquim e Guarani que constitui um espaço de elaboraçăo de estratégias e de fortalecimento dos laços entre as mulheres. Dessa forma os Tupiniquim văo construindo a sua história de r-existęncia dando uma importante contribuiçăo ŕ luta contra a globalizaçăo hegemônica.
Abstract
\N
Palavras Chave
MULHERES
GĘNERO
MEIO AMBIENTE
MODERNIDADE
COLONIALISMO
DESEN
Key Words
\N
Tipo
DOUTORADO
Universidade
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Data
2008
Páginas
417
Localização
BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA DA UFMG
uri
\N
Orientador
GEOGRAFIA
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
UFMG
Área de Concentração
\N
Língua
Português
email
1