Paisagem recursos hídricos e desenvolvimento econômico na Bacia do Rio Jequitinhonha em Minas Gerais

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Paisagem recursos hídricos e desenvolvimento econômico na Bacia do Rio Jequitinhonha em Minas Gerais
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Resumo
As bacias hidrográficas tornaram-se as unidades territoriais preferidas para o planejamento e gestăo dos recursos hídricos. Entretanto a existęncia de especificidades internas ŕs mesmas relaciondas aos atributos naturais em interaçăo com a dinâmica histórico-cultural pode dificultar as tomadas de decisőes tendo em vista a diversidade de cenários em termos de disponibilidade e necessidades hídricas. A consideraçăo das sub-bacias é importante mas năo resolve integralmente o problema porque os limites permanecem definidos unicamente a partir de parâmetros físicos inflexíveis. A utilizaçăo da divisăo político-administrativa também năo atende porque as variáveis envolvidas săo independentes dos limites definidos politicamente. Neste contexto a presente pesquisa procurou aplicar o conceito de paisagem considerado útil para a identificaçăo e entendimento integrado das dimensőes naturais sociais culturais e econômicas em áreas especificadas no interior das bacias. A iniciativa possibilitou a determinaçăo de pontos de maiores e menores restriçőes hídricas limites de possíveis irreversibilidades e a indicaçăo regionalizada de alternativas de manejo. A consideraçăo das médias diárias de vazăo para períodos de dados de até 60 anos mostrou que na maioria dos casos tanto as vazőes mínimas quanto as máximas estăo sendo paulatinamente reduzidas a princípio indicando mudanças na curva de permanęncia sugerindo alteraçőes no regime hidrológico das sub-bacias. A análise conjunta dos totais anuais dos escoamentos hídricos e das chuvas permitiu confirmar a reduçăo da disponibilidade hídrica concomitantemente a uma clara tendęncia de aumento dos índices pluviométricos. Além da precipitaçăo vazőes mínimas e máximas diárias e totais anuais de escoamentos foram também estudadas as seguintes variáveis: vazăo média de longo termo (Q) descarga específica de superfície (q) deflúvio superficial (D) rendimento (D/P) rendimento específico mínimo de 7 dias de duraçăo e 10 anos de recorręncia (Q7 10) e contribuiçăo subterrânea. No caso das águas subterrâneas foi avaliada a capacidade de produçăo dos poços tubulares por meio de dados de vazăo e de capacidade específica dos mesmos. Os valores apurados informam que a relaçăo entre disponibilidade média e demanda hídrica nas unidades de paisagem năo ultrapassa 2 5%. Entretanto o fato de haver oferta de água superior ŕ demanda nos principais cursos d’água năo significa que todos os espaços disponham ininterruptamente da água que necessitam. Em muitas comunidades o uso da água nos períodos de seca fica restrito ás escavaçőes de cacimbas nos leitos secos com limitaçőes quantitativas e qualitativas. A distribuiçăo desigual e ineficaz do recurso acaba contribuindo para a inviabilizaçăo de atividades econômicas potenciais nas unidades de paisagem reproduzindo o quadro de pobreza regional. Aliás as unidades mais restritivas quanto ŕ disponibilidade hídrica săo também as mais problemáticas do ponto de vista dos índices de desenvolvimento. Entretanto a persistęncia dos baixos indicadores sociais e agraves da condiçăo de pobreza năo pode ser tratada como um fenômeno meramente físico mas percebida como parte de um movimento econômico e social de controle do território havendo um problema fundamental de política e de opçőes gerenciais a enfrentar
Abstract
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Palavras Chave
GEOGRAFIA
Key Words
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Tipo
DOUTORADO
Universidade
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Data
2007
Páginas
200
Localização
BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA DA UFMG
uri
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Orientador
GEOGRAFIA
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
UFMG
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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