MODERNIZAÇĂO DA AGRICULTURA: expropriaçăo camponesa e.precarizaçăo do trabalho no agronegócio da manga em Livramento de Nossa.Senhora (BA)

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Título
MODERNIZAÇĂO DA AGRICULTURA: expropriaçăo camponesa e.precarizaçăo do trabalho no agronegócio da manga em Livramento de Nossa.Senhora (BA)
lista de autores
José Aparecido Lima Dourado
Resumo
A presente dissertaçăo tem como objetivo compreender as transformaçőes espaciais ocorridas na.agricultura de Livramento de Nossa Senhora (BA) a partir da implantaçăo do Projeto de Irrigaçăo do.Vale do Rio Brumado na década de 1980 e seus desdobramentos no que se refere ŕ relaçăo capital.versus trabalho no agronegócio da manga. A escolha do recorte espaço-temporal levou em.consideraçăo as açőes da Política de Irrigaçăo para o Nordeste Semiárido pela qual o Estado buscou .através da disponibilidade de infraestrutura modernizar o território e assim fornecer as condiçőes.adequadas para o capital territorializar-se. A territorilizaçăo do capital em Livramento de Nossa.Senhora ocorre através do agronegócio fruticultor exportador de manga. Nesse sentido tornam-se.evidentes as novas dinâmicas espaciais tanto no campo quanto na cidade decorrentes da.funcionalidade que o município assume como polo produtor frutícola. As lavouras voltadas para a.produçăo de gęneros de primeira necessidade passaram a ocupar cada vez menos espaço e em.contrapartida a mangicultura tem tido um crescimento considerável situaçăo que coloca o município.como um importador de produtos básicos da alimentaçăo como arroz e feijăo. A metodologia utilizada.na pesquisa esteve pautada na abordagem qualitativa compreendendo diversos instrumentos de coleta.de dados tais como entrevistas diário de campo registro fotográfico e relatos orais. No referencial.teórico discuti-se os conceitos de campesinato e trabalho no contexto da implantaçăo dos projetos de.irrigaçăo no Nordeste semi-árido com base nos estudos sobre a recriaçăo do campesinato enquanto.produto do desenvolvimento desigual e combinado do capitalismo. Questionou-se quem săo os.beneficiados com as açőes da Política de Irrigaçăo implementada no Nordeste semi-árido de modo a.trazer ŕ tona as contradiçőes e movimentos que permeiam tais açőes cujos resultados tęm sido.camuflados pelo Estado para atender ŕs demandas do capital financeiro. Nesse contexto defende-se a.importância de pensar os sujeitos que vivem na Caatinga a partir de suas singularidades havendo para.isso a necessidade de conceituar esse sujeito como camponęs caatingueiro por reconhecer que o seu.modo de vida em seus diferentes aspectos (culturais sociais e econômicos) difere significativamente.dos sujeitos denominados de “sertanejos”. Com a inserçăo do agronegócio da manga no município .presenciou-se profundas transformaçőes nas relaçőes de trabalho no campo como a quase extinçăo de.relaçőes năo capitalistas de produçăo (parceria e meaçăo) ao passo que houve uma intensificaçăo do.assalariamento. A exploraçăo de camponeses e trabalhadores que mesmo morando na cidade voltam ao.campo para trabalhar tem aumentado sendo que a presença dos empreiteiros “gatos” tem contribuído .sobremodo para que isso ocorra. Estes trabalhadores ocupam-se temporariamente em atividades nas.lavouras galpőes e Packing houses em sua maioria sem ter garantidos os direitos trabalhistas haja.vista que trabalham como boias-frias e diaristas sem registro em carteira e sob condiçőes precárias de.trabalho.
Abstract
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Palavras Chave
PROJETO DE IRRIGAÇĂO NO NORDESTE SEMIÁRIDO
Key Words
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Tipo
MESTRADO
Universidade
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Data
2011
Páginas
234
Localização
BIBLIOTECA DIGITAL DE TESES E DISSERTAÇŐES - UFG
uri
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Orientador
HELENA ANGÉLICA DE MESQUITA
Programa
GEOGRAFIA ( CAMPUS CATALĂO )
Sigla Universidade
UFG
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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