A QUESTIONÁVEL ENERGIA DO DESENVOLVIMENTO: a construçăo do parque gerador hidrelétrico brasileiro e a expropriaçăo camponesa

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Título
A QUESTIONÁVEL ENERGIA DO DESENVOLVIMENTO: a construçăo do parque gerador hidrelétrico brasileiro e a expropriaçăo camponesa
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Jaqueline de Cássia Naves
Resumo
O presente trabalho busca apresentar a dinâmica dos territórios em disputa usando como análise o conflito entre o modelo de geraçăo de energia elétrico brasileiro concentrado na fonte hidrelétrica e a expropriaçăo camponesa causada pela construçăo de hidrelétricas no Brasil. O texto se organiza apresentando a relaçăo entre o modelo de desenvolvimento adotado pelo Estado brasileiro e suas políticas direcionadas ao setor elétrico entre os anos de 1945-1990 período onde ocorrem as maiores construçőes de usinas hidrelétricas e se fortalece a opçăo pela hidroeletricidade. Desta forma o Estado no Brasil desempenhou a funçăo de administrador mas também de produtor de energia naquele período. As medidas impostas aos países de capitalismo periférico no período da reestruturaçăo do modo capitalista de produçăo nos anos 1980-1990 produziu inúmeras medidas de ajuste ŕ estas economias tais como a desnacionalizaçăo da economia que implicou a privatizaçăo das empresas públicas e a abertura da economia ao capital internacional agravando assim a dependęncia destas economias ao capital estrangeiro. O setor elétrico no Brasil foi um dos setores que mais se abriu ŕ desnacionalizaçăo como a privatizaçăo de várias unidades produtoras estatais de geraçăo e comercializaçăo de energia. A falta de investimentos na potęncia instalada em razăo da crise econômica dos anos 1980 aliado ao crescimento da demanda por energia elétrica e suscetibilidade do sistema elétrico nacional ŕs intempéries metereológicas o Brasil vive a crise do fornecimento de energia no ano de 2001. O Apagăo de 2001 desencadeou a abertura da legislaçăo de geraçăo elétrica e ambiental para o setor privado intensifica-se a participaçăo dos autoprodutores e produtores independentes que investiram maciçamente em unidades de produçăo hidrelétrica privada. O setor que mais investiu no crescimento da produçăo de energia hidrelétrica foi o setor das indústrias eletrointensivas interessados em conseguir energia hidrelétrica barata e privada como as indústrias Alcoa Alumínio S.A. e Votorantim Energia. Em razăo das medidas do apagăo o governo autoriza a construçăo de novas hidrelétricas sem o devido rigor ambiental e social resultando assim em vários casos de irregularidades nas construçőes produzindo impactos socioambientais irreparáveis. A UHE Serra do Facăo no município de Catalăo (GO) foi uma destas usinas aprovadas pelo IBAMA que apresentaram problemas no EIA/RIMA e no PBA e que provocaram a expropriaçăo camponesa e prejuízos ambientais tal como a mortandade de parcela da icitiofauna. O quarto capítulo apresenta-se a relaçăo do camponęs com seu território baseado na tríade indissociável da ética camponesa: família terra e trabalho. A construçăo do território camponęs e a territorializaçăo do movimento de resistęncia contra a expropriaçăo produzida por UHE Serra do Facăo bem como os efeitos na vida de alguns camponeses que foram desterritorializados/reterritorializados por UHE Serra do Facăo.
Abstract
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Palavras Chave
USINAS HIDRELÉTRICAS
TERRITÓRIOS EM DISPUTA
EXPROPRIAÇĂO
Key Words
\N
Tipo
MESTRADO
Universidade
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Data
2010
Páginas
178
Localização
BIBLIOTECA JOSÉ CRUCIANO ARAÚJO - CATALĂO
uri
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Orientador
HELENA ANGÉLICA DE MESQUITA
Programa
GEOGRAFIA ( CAMPUS CATALĂO )
Sigla Universidade
UFG
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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