Goiânia: o mito da cidade planejada

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Título
Goiânia: o mito da cidade planejada
lista de autores
Márcia Cristina Hizim Pelá
Resumo
Goiânia foi a primeira cidade planejada do Brasil no século XX. A sua edificaçăo era uma estratégia de poder que buscava no âmbito regional articular as regiőes produtivas do Estado de Goiás principalmente ŕs regiőes sul e sudoeste bem como dar fim ŕs antigas oligarquias familiares e no âmbito nacional adequar o país a um novo ritmo de produçăo capitalista ou seja era a investida do processo de expansăo do modo de produçăo capitalista via modernizaçăo do território. Sendo assim a cidade já surge com interesses e funçőes políticas e econômicas bastante definidas. Para que esse projeto se viabilizasse inúmeros foram os recursos utilizados desde acordos políticos econômicos a campanhas publicitárias que tinham como objetivo difundir a necessidade de modernizaçăo. O novo era o caminho. Para isso nada melhor que um plano urbanístico inovador que retratasse por meio das curvas e traços o avanço o crescimento e a inserçăo do sertăo nos tempos modernos. O Goiás das “Tropas e Boiadas” de Hugo de Carvalho Ramos deveria se render ao traçado de Versalhes de Atílio Correia Lima e Cia. Essa tentativa de sobreposiçăo de uma cultura sobre a outra gerou contradiçőes pois năo se levou em conta – ou pelo menos năo enxergou a importância – o fato de que quem compőe uma cidade săo os sujeitos sociais. Por mais que um plano de cidade seja minuciosamente elaborado e acordado política e economicamente a sua implantaçăo terá a influęncia dos diversos grupos sociais que irăo integrá-la fato que acarretará deslizamentos de sentidos. Assiste-se assim ŕ criaçăo de um mito e/ou fenômeno urbano em torno da cidade planejada e moderna em terras sertanejas embasado por uma ideologia da cidade como sujeito. Para compreender essas assertivas é necessário romper com o modo fragmentado de pensar a cidade o que leva ŕ construçăo de um olhar espacial que por sua vez permite deparar com o local e o global com as contradiçőes entre norma e vida com as interferęncias das práticas socioculturais no planejamento urbano. Enfim possibilita uma análise integrada em que teoria e prática razăo e percepçăo se complementam na busca de compreender por meio da paisagem da representaçăo social e do cotidiano como as práticas socioculturais materiais e imateriais incidiram diretamente na feiçăo e no conteúdo do território goianiense no período de 1930 a 1950 observando as transformaçőes ou até mesmo a desconfiguraçăo do plano original que implica o conflito entre a norma e a vida.
Abstract
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Palavras Chave
CIDADE PLANEJADA
MEMÓRIA
PRÁTICAS SOCIOCULTURAIS
GOIÂNIA
Key Words
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Tipo
MESTRADO
Universidade
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Data
2009
Páginas
165
Localização
BIBLIOTECA CENTRAL DA UFG
uri
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Orientador
EGUIMAR FELÍCIO CHAVEIRO
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
UFG
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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