Recategorizando a Conservaçăo: do apogeu do biocentrismo ŕs investidas socioambientalistas na concepçăo e na gestăo de Unidades de Conservaçăo.

Item

Título
Recategorizando a Conservaçăo: do apogeu do biocentrismo ŕs investidas socioambientalistas na concepçăo e na gestăo de Unidades de Conservaçăo.
lista de autores
Alba Valéria Santos Simon
Resumo
As unidades de conservaçăo da natureza tornaram-se em nível mundial uma das mais importantes e expressivas políticas de Estado. No Brasil a introduçăo dessa política se deu através da importaçăo do modelo de parques norte-americanos concebidos no final do século XIX no âmbito de um culto da vida silvestre e amparados pela chamada ecologia profunda centrada em valores advindos da Biologia. No campo da administraçăo pública brasileira é possível perceber a presença de um movimento conservacionista que atua de forma sistemática em especial na segunda metade do século XX auxiliando a criar estruturas políticas e sendo responsável por uma ideologia biocęntrica ainda com forte presença nos modelos contemporâneos de conservaçăo da natureza. Esse modelo também chamado de parquismo por associar-se preferencialmente ao modelo de parques considera com reservas a presença humana em geral tolerada apenas em relaçőes de uso indireto dos recursos naturais como a pesquisa e o turismo. Em direçăo contrária novas correntes ambientalistas sustentam práticas de conservaçăo associadas ŕ presença humana em unidades de conservaçăo com destaque para os povos e comunidades tradicionais. Partindo portanto da atuaçăo da Secretaria Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro em especial o extinto Instituto Estadual de Florestas (atual Diretoria de Áreas Protegidas do Instituto Estadual do Ambiente) no período entre 2007 e 2010 săo correlacionados os modelos biocęntrico e socioambiental em choque na prática administrativa. Desse modo na Introduçăo săo levantas as principais questőes a serem examinas no trabalho a saber: a concepçăo conservacionista a territorializaçăo estatal e a etnoconservaçăo. O Capítulo 1 busca rever o conceito de conservacionismo demonstrando-o como movimento de idéias em forçosa confluęncia com o campo dos movimentos sociais. O Capítulo 2 resgata o histórico do movimento conservacionista no Brasil em especial no estado do Rio de Janeiro buscando demonstrar o enraizamento do parquismo na máquina burocrática. O Capítulo 3 aborda a institucionalizaçăo territorial ponderando sobre as utilizaçőes das ferramentas conservacionistas a modelarem espaços enquanto territórios da conservaçăo e destacando modelos em contraste como a Reserva de Desenvolvimento Sustentável e a Reserva Biológica. O Capítulo 4 analisa um caso concreto a partir do projeto de recategorizaçăo de parte da Reserva Biológica Estadual da Praia o Sul que objetiva a transformaçăo do território da Comunidade do Aventureiro em Reserva de Desenvolvimento Sustentável. É retomada a gęnese do conflito e seus desdobramentos e abordado o Grupo de Trabalho institucional criado para propor alternativas a partir de oficinas junto ŕ comunidade. Nas consideraçőes finais săo apontados alguns cenários prospectivos no campo da política de unidade de conservaçăo.
Abstract
\N
Palavras Chave
CONSERVAÇĂO DA NATUREZA | CONFLITO SOCIOAMBIENTAL
Key Words
\N
Tipo
DOUTORADO
Universidade
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Data
2010
Páginas
200
Localização
BIG
uri
\N
Orientador
Ester Limonad
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
UFF
Área de Concentração
\N
Língua
Português
email
\N