A dimensăo espacial nas políticas públicas de turismo brasileiras

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Título
A dimensăo espacial nas políticas públicas de turismo brasileiras
lista de autores
Luiz Antônio de Souza Pereira
Resumo
Com o intuito de investigar o descaso para com a dimensăo espacial das políticas nacionais e as possibilidades de construçăo de novas estruturas de governança para os espaços apropriados pelo turismo a partir de redes regionais o presente trabalho apresenta os resultados da pesquisa desenvolvida nos últimos quinze anos a partir da observaçăo participante do autor no contexto do estado do Rio de Janeiro em especial da regiăo turística das Agulhas Negras. Partindo do entendimento do turismo como fenômeno socioespacial marcante da contemporaneidade que năo deve ser apreendido apenas pelas características mais visíveis da atividade econômica que gera propőe que seu estudo ocorra por diversos meta-pontos de vista que possam incluir e ampliar o complexo jogo de açőes retroaçőes e inter-relaçőes estabelecido pelos os seus diversos agentes sociais: turistas empresários poder público trabalhadores diretos e indiretos e populaçăo residente nos destinos turísticos. Após discorrer sobre a dialógica existente entre o fenômeno socioespacial e a atividade econômica gerada pelo turismo apresenta uma revisăo das bases teóricas necessárias para a análise e discussăo dos processos de turistificaçăo de trechos do espaço tendo como referęncia que o turismo năo é sujeito desses processos mas sim resultado das açőes e das interaçőes dos diversos agentes sociais que o produzem. Para tanto discute as diferentes lógicas de apropriaçăo do espaço estabelecida por cada um daqueles agentes e as combinaçőes possíveis entre elas. Comenta também a tradiçăo do uso da regionalizaçăo nos processos de gerenciamento dos espaços turistificados apontando para a contradiçăo dessa prática uma vez que aqueles espaços săo essencialmente descontínuos. A seguir apresenta uma revisăo da evoluçăo das políticas públicas de turismo implementadas no Brasil a partir de 1966 buscando identificar o modo como a espacialidade do fenômeno vem sendo tratada por cada uma delas. Tendo como objeto de observaçăo o processo de construçăo da regiăo turística das Agulhas Negras propőe a adoçăo da categoria geográfica do território-rede como a mais adequada para análise e estudo dos espaços turísticos por entender que através dela seja possível contemplar tanto a lógica reticular como a lógica zonal das açőes e interaçőes dos agentes produtores e das redes de relaçőes estabelecidas entre eles. Após retomar e aprofundar as questőes das distintas lógicas de territorializaçăo daqueles agentes sociais aponta para a tendęncia de ampliaçăo dos territórios-redes do turismo para a escala micro-regional e formaçăo de redes regionais de turismo. Tais redes regionais săo consideradas como uma oportunidade de adoçăo de uma nova estrutura organizacional de governança público-privada mais democrática e participativa para a gestăo do desenvolvimento a nível nacional. Por fim alerta para que o espaço apropriado para o turismo năo deve ser visto apenas como cenário e suporte para uma atividade econômica mas considerado como resultado das açőes de cada um dos seus agentes sociais tornando-se ao mesmo tempo conteúdo e continente do turismo.
Abstract
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Palavras Chave
ESPAÇO TURÍSTICO | POLÍTICAS PÚBLICAS | TERRITÓRIO | REDE | REDES
Key Words
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Tipo
MESTRADO
Universidade
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Data
2008
Páginas
258
Localização
BIG
uri
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Orientador
Marcio Pińon de Oliveira
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
UFF
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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