A Produçăo Imobiliária Capixaba Panorama Atual

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Título
A Produçăo Imobiliária Capixaba Panorama Atual
lista de autores
Silma Lima Ferreira
Resumo
A fase atual do capitalismo independente da forma como é denominada (acumulaçăo flexível acumulaçăo patrimonial acumulaçăo sob dominância financeira capitalismo tardio etc.) tem como elemento central a finança dotada do grande poder de submeter os setores produtivos ŕ sua lógica de rentabilidade. Năo foi diferente com a produçăo imobiliária. A abertura de capital e nos demais instrumentos financeiros (FII securitizaçăo de recebíveis títulos certificados etc.) săo formas de superar via mercado o entrave do financiamento da produçăo. E para os investidores investir em imóveis é um negócio rentável e seguro. A articulaçăo da produçăo imobiliária com o capital financeiro é recente no Brasil. Datam da década de 90 as leis que regulam a criaçăo dos fundos de investimento imobiliários (FII) e a securitizaçăo de recebíveis imobiliários. E só após o ano 2000 incorporadoras optaram por fazer suas IPO’s. Como suspeitou-se desde o início deste trabalho a relaçăo do mercado imobiliário capixaba com o capital financeiro ocorre através da atuaçăo de incorporadoras listadas na Bovespa. Fato que năo deve ser subestimado. Elas chegaram ao Espírito Santo a partir de 2007 e vieram para cá no processo de expansăo geográfica impulsionado pela necessidade de responder ŕ exigęncia de rentabilidade do capital financeiro. Trouxeram um aporte de capital que possibilitou a introduçăo de uma série de inovaçőes que eram inviáveis para as empresas locais. Através de parcerias ou atuando sozinhas influíram em mudanças que se manifestaram no produto na publicidade e promoçăo dos empreendimentos na comercializaçăo no mercado de terras na área de atuaçăo do mercado imobiliário e no processo de repartiçăo dos ganhos gerados no setor. A atuaçăo dessas empresas trouxe algo “estranho” para a produçăo imobiliária capixaba. Uma outra lógica. Quando se fala de incorporadoras fala-se de empresas cuja atividade objetiva a produçăo de um tipo especial de mercadoria: a moradia. A mercadoria moradia tem na terra uma condiçăo de produçăo o que significa que para produzir unidades habitacionais é necessário o terreno e este entra na composiçăo da mercadoria já que prédio e terreno săo indissociáveis. Como a unidade produtiva (o canteiro) é a própria mercadoria em construçăo (o empreendimento) para que o processo de produçăo tenha continuidade é necessário um outro terreno. Dessa forma a produçăo de moradias năo é apenas itinerante no espaço mas é sobretudo produçăo e apropriaçăo de espaço. Se essa produçăo obedece a lógica do capital financeiro os motivos e interesses nela envolvidos nem sempre representam os anseios locais por uma cidade justa acessível e democrática. O que equivale dizer que a produçăo do espaço capixaba pelo viés da construçăo serve mais do que antes a ampliaçăo da valorizaçăo do capital investido na construçăo e năo necessariamente ŕs necessidades reais de reproduçăo da cidade.
Abstract
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Palavras Chave
CONSTRUÇĂO | MERCADO IMOBILIÁRIO | CAPITAL FINANCEIRO | |
Key Words
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Tipo
MESTRADO
Universidade
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
Data
2010
Páginas
140
Localização
BIBLIOTECA CENTRAL DA UFES / NÚCLEO DE ESTUDOS DA GEOGRAFIA
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Orientador
Carlos Teixeira de Campos Júnior
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
UFES
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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