TRANSPORTE E CIRCULAÇĂO NA REPRODUÇĂO ESPACIAL URBANA: CONSIDERAÇŐES SOBRE O METRÔ DO RIO DE JANEIRO
Item
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Título
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TRANSPORTE E CIRCULAÇĂO NA REPRODUÇĂO ESPACIAL URBANA: CONSIDERAÇŐES SOBRE O METRÔ DO RIO DE JANEIRO
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lista de autores
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André Luiz Bezerra da Silva
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Resumo
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Este estudo visa analisar o papel desempenhado pelos transportes no processo de reproduçăo.do espaço urbano buscando compreender a relaçăo entre o ambiente construído na cidade e o seu.esquema de circulaçăo resultando num espaço de circulaçăo cuja efetivaçăo se faz através de um.sistema de transporte para este fim concebido. O transporte urbano é entendido aqui como um produto.e uma condiçăo do próprio urbano empreendido com a finalidade de viabilizar os objetivos e.interesses dos atores urbanos. A cidade estruturada como um sistema tem em outros fins viabilizar.um conjunto de relaçőes e proporcionar uma certa qualidade de vida através da criaçăo de acessos ao.trabalho estudo moradia lazer serviços etc ocasionando movimentos e interaçőes sócio-espaciais. A.circulaçăo intra-urbana é interpretada nesta pesquisa como a expressăo de um processo mais amplo e.complexo visando intermediar a relaçăo entre as atividades desenvolvidas no espaço citadino .englobando as estruturas de produçăo e reproduçăo. Acessibidade e mobilidade săo considerados.fatores cujo objetivo é otimizar o funcionamento de uma rede de transportes urbanos tornando.possível a localizaçăo de diversas atividades no espaço intra-urbano bem como a reproduçăo das.relaçőes sócio-espaciais estabelecidas. A relaçăo entre transporte e uso do solo está implícita na.configuraçăo da malha urbana através de fatores como integraçăo e conectividade influenciando.certos movimentos e a localizaçăo de determinadas atividades (uso do solo). A complexificaçăo das.atividades urbanas a partir da revoluçăo industrial trouxe uma alteraçăo no relacionamento entre.transporte e cidade passando a exigir um planejamento detalhado do primeiro em relaçăo ŕ segunda..A interaçăo entre sistemas de transporte e projetos urbanos aumentou enormemente visto que as.condiçőes de acessibilidade aos pontos de realizaçăo de diversas atividades e de mobilidade da força.de trabalho requeridas por tais projetos estăo ligadas ŕ capacidade de realizaçăo de tal papel por parte.dos transportes urbanos. A formaçăo urbana do Rio de Janeiro năo se limitou apenas ŕs conseqüęncias.da implementaçăo progressiva do setor de transporte. Seu espaço metropolitano estratificado.socialmente foi o resultado de um processo histórico iniciado aproximadamente na metade do século.XIX com o modo de produçăo capitalista exigindo uma organizaçăo do espaço urbano vinculada as.suas necessidade de (re)produçăo. Trens bondes e ônibus só vieram coisificar um espaço urbano cujas.bases já estavam postas antes mesmo de sua efetivaçăo esperando apenas os meios adequados para.isso (planejamento). O metrô no Rio de Janeiro ao contrário dos bondes e trens năo teve um papel.pioneiro acontecendo em um espaço urbano já estruturado em suas bases sendo mais uma.conseqüęncia do que causa desse espaço reforçando assim o seu arranjo. A decisăo de se implantar o.transporte metroviário no Rio de Janeiro se deu sob condiçőes muito mais amplas do que as que.podem ser controladas por intervençőes no sistema de transporte. A linha dois do metrô foi implantada.no antigo leito da Estrada de Ferro do Rio do Ouro preterida em relaçăo ŕ proposta rodoviária de.Doxiadis (linha verde) por oferecer melhores índices de acessibilidade e mobilidade intra-urbana. O.Plano Integrado de Transportes do Metropolitano (PIT-METRÔ) apontou o metrô como o meio de.transporte mais indicado para atender aos novos índices de urbanizaçăo e econômicos vigentes no Rio.de Janeiro a partir das décadas de 1960/1970. Os novos índices de acessibilidade e mobilidade.conferidos pelo metrô a partir da metade década de 1980 repercutiram diferencialmente no espaço.geográfico ao longo da linha dois mais precisamente no trecho Del Castilho x Pavuna otimizando a.mobilidade da força de trabalho e viabilizando novas áreas para investimentos imobiliários e.comerciais os quais de forma muito pontual e seletiva além de incentivarem novos processos de.favelizaçăo em alguns pontos e incrementar outros mais antigos. O metrô veio assim reproduzir o.papel histórico dos trens e bondes no Rio de Janeiro perpetuando o modelo segundo o qual os.transportes atuam no sentido de viabilizar uma segregaçăo sócio-espacial da cidade e disponibilizar.novas áreas para investimentos reproduzindo assim a lógica do espaço urbano capitalista.
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Abstract
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Palavras Chave
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ESPAÇO URBANO
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TRANSPORTE URBANO
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METRÔ
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Key Words
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Tipo
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MESTRADO
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Universidade
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
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Data
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2008
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Páginas
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239
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Localização
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UERJ
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Orientador
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Susana Mara Miranda Pacheco
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Programa
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GEOGRAFIA
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Sigla Universidade
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UERJ
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Área de Concentração
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Língua
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Português
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email
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