O espaço carcerário e a reestruturaçăo das relaçőes socioespaciais cotidianas de mulheres infratoras na cidade de Ponta Grossa Paraná.
Item
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Título
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O espaço carcerário e a reestruturaçăo das relaçőes socioespaciais cotidianas de mulheres infratoras na cidade de Ponta Grossa Paraná.
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lista de autores
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Karina Eugenia Fioravante
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Resumo
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Essa pesquisa tem por objetivo compreender a experięncia do espaço carcerário feminino na reestruturaçăo das relaçőes socioespaciais cotidianas das mulheres infratoras na cidade de Ponta Grossa Paraná. Nosso referencial empírico foi o Mini – Presídio Hildebrando de Souza localizado na cidade de Ponta Grossa a partir do qual realizamos dezessete entrevistas com roteiro semi - estruturado com as mulheres encarceradas durante os meses de outubro de 2009 a janeiro de 2010 bem como coleta de dados por meio de questionários respondidos pelas detentas. Da mesma forma realizamos entrevistas com oito mulheres egressas do espaço carcerário. A criminalidade feminina e o número de mulheres encarceradas vęm crescendo expressivamente no Brasil. Entretanto a Academia ainda tem dificuldade em explorar essa temática seja pela sua polęmica seja pela falta de metodologias coerentes. Mesmo as perspectivas feministas da cięncia encontram constrangimentos nessas discussőes possivelmente por colocar abaixo a idéia tăo consolidada em nosso imaginário social das mulheres enquanto seres frágeis passivos e dóceis. É imprescindível apontar que a espacialidade carcerária năo é fixa imutável subjugadora como muitas vezes a imaginamos. O espaço carcerário é concebido em nossa perspectiva enquanto um produto de inter-relaçőes como uma esfera que possibilita a coexistęncia da multiplicidade sempre em construçăo. O conceito de gęnero é da mesma forma um interessante componente de análise para as dinâmicas dos espaços prisionais uma vez que é importante apontar que as espacialidades năo săo vivenciadas da mesma forma por todos os sujeitos. Evidenciamos que os dois grupos apresentam um perfil similar. Săo mulheres majoritariamente pobres com baixa escolaridade e renda. Săo da mesma forma em sua grande maioria măes o que torna consequentemente seus filhos participantes das dinâmicas carcerárias. Podemos concluir da mesma forma o quanto o sistema de varejo do tráfico de drogas está crescendo na cidade de Ponta Grossa. Podemos observar também o quanto ŕs mulheres vęm se inserindo nessa dinâmica. As mulheres encarceradas na cidade de Ponta Grossa estăo em sua grande maioria ligadas de alguma forma com as drogas esta obtendo posiçăo de centralidade em suas falas. Da mesma forma concluímos a partir de suas falas que apesar de uma vivęncia formalmente administrada essas mulheres conseguem encontrar mecanismos em seu cotidiano para burlar essa ordem. Com relaçăo ŕs experięncias espaciais das mulheres ex – detentas da cidade de Ponta Grossa evidenciamos que elas raramente conseguem retomar de forma plena seu cotidiano após o encarceramento. Da mesma forma o condicionamento corporal imposto pela espacialidade carcerária permanece em suas açőes mais pontuais. Suas maiores dificuldades se relacionam ao afastamento sentimental dos filhos da família e dos companheiros. A estigmatizaçăo dessas pessoas pela sociedade também implica em menor probabilidade de conseguirem retomar suas vidas profissionais
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Abstract
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Palavras Chave
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ESPAÇO CARCERÁRIO
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MULHERES
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GĘNERO
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EGRESSAS
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Key Words
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Tipo
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MESTRADO
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Universidade
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
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Data
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2011
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Páginas
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169
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Localização
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UEPG
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Orientador
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JOSELI MARIA SILVA
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Programa
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GEOGRAFIA
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Sigla Universidade
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UEPG
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Área de Concentração
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Língua
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Português
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email
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