A PRODUÇĂO CAMPONESA E O MONOPÓLIO DO TERRITÓRIO PELO CAPITAL: ESPACIALIDADES DISTINTAS NA EXTRAÇĂO DA ERVA-MATE NA REGIĂO DA FLORESTA COM ARAUCÁRIA DO PARANÁ

Item

Título
A PRODUÇĂO CAMPONESA E O MONOPÓLIO DO TERRITÓRIO PELO CAPITAL: ESPACIALIDADES DISTINTAS NA EXTRAÇĂO DA ERVA-MATE NA REGIĂO DA FLORESTA COM ARAUCÁRIA DO PARANÁ
lista de autores
Marcelo Barreto
Resumo
O presente trabalho tem por finalidade propor uma compreensăo sobre a produçăo camponesa na regiăo da Floresta com Araucária do Paraná na atualidade mais precisamente aquela inserida nos moldes do Sistema Faxinal. A organizaçăo camponesa dos Faxinais consolidou-se em meados do século XIX quando a atividade econômica de produçăo da erva-mate tomou grandes proporçőes no estado. Neste período surgiram no litoral e nos arredores de Curitiba várias unidades industriais de beneficiamento da erva-mate. Essas indústrias adquiriam desses camponeses a erva-mate primariamente beneficiada como matéria prima para alimentar a sua produçăo voltada para o mercado externo. Com a crise dessa atividade na década de 1930 devido ao aumento da atividade ervateira na Argentina que era o maior mercado para o mate brasileiro essas comunidades de Faxinais começaram a se organizar em torno de cooperativas. As cooperativas do mate na regiăo perduraram até meados da década de 1980 quando veio uma nova crise provocada pelo fechamento do mercado uruguaio. Quando a produçăo do mate retomou seus níveis significativos as indústrias ervateiras optaram por uma realocaçăo das suas plantas fabris. Agora junto ŕ matéria prima no Centro-sul do Paraná. A partir desses momento as fábricas passaram a adquirir dos camponeses năo mais erva-mate beneficiada de forma artesanal em suas comunidades e sim a folha verde para o beneficiamento total dentro do processo industrial. Dessa forma retirou-se das măos dos camponeses a possibilidade da obtençăo de renda. Com a aquisiçăo da folha verde e năo da beneficiada o capital industrial ervateiro encontra possibilidades de se reproduzir em terras camponesas por meio da monopolizaçăo do território. Dessa forma distintas espacilalidades acabam sendo criadas em território faxinalense. Por meio do processo de luta e resistęncia na terra os Faxinais năo se dissolvem e continuam se reproduzindo como camponeses até os dias atuais.
Abstract
\N
Palavras Chave
PRODUÇĂO CAMPONESA
ERVA
MATE
MONOPOLIZAÇĂO DO TERRITÓRIO
Key Words
\N
Tipo
MESTRADO
Universidade
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Data
2008
Páginas
93
Localização
BICEN/UEPG
uri
\N
Orientador
CICILIAN LUIZA LOWEN SAHR
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
UEPG
Área de Concentração
\N
Língua
Português
email
\N