Leishmaniose Tegumentar Americana: aspectos geográficos intervenietnes na ocorręncia da enfermidade em Maringá Paraná
Item
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Título
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Leishmaniose Tegumentar Americana: aspectos geográficos intervenietnes na ocorręncia da enfermidade em Maringá Paraná
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lista de autores
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Glauco Nonose Negrăo
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Resumo
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Objetivo: a pesquisa teve por objetivo principal identificar as condiçőes geográficas que constituem potencialmente fatores de risco associados aos casos autóctones de leishmaniose tegumentar americana no município de Maringá Paraná ocorrido no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2007. Métodos: fez-se o levantamento geográfico in loco para identificaçăo dos fatores ambientais e sociais de risco para a transmissăo da leishmaniose tomando-se por objeto de estudo os locais correspondentes aos 28 casos autóctones mediante a caracterizaçăo das condiçőes peridomiciliares em ambiente urbano e rural quanto ŕs formas de ocupaçăo urbana e rural a presença de áreas vegetadas a posiçăo topográfica os elementos microclimáticos os tipos de habitaçőes e as formas de degradaçăo ambiental identificaram-se as condiçőes geográficas facilitadoras da transmissăo da enfermidade. O estudo do clima local a partir dos dados de temperatura precipitaçăo umidade relativa e ventos obtidos junto ŕ Estaçăo Climatológica Principal de Maringá de 1987 a 2007 permitiu a caracterizaçăo dos aspectos sazonais de transmissăo. As informaçőes epidemiológicas foram coletadas junto ao banco de dados da Secretaria Municipal de Saúde Coordenaçăo Municipal de Epidemiologia Sistema de Informaçăo de Agravos de Notificaçăo (SINAN) e Laboratório de Análise Clínicas da Universidade Estadual de Maringá (LEPAC-UEM) sendo utilizados principalmente os dados do LEPAC. Para a identificaçăo da presença de possíveis reservatórios da doença principalmente na classe dos mamíferos bem como para identificar a presença de aves animais comumente procurados para os repastos das fęmeas de flebotomíneos foram entrevistados moradores de 152 residęncias ao longo das áreas de risco. Resultados: da análise dos 28 casos autóctones registrados junto ao LEPAC foram identificadas seis áreas dentro do perímetro urbano de Maringá de possível risco de transmissăo da leishmaniose. Essas áreas aparecem ora como focos locais quando associadas a reservas florestais ora como corredores de risco quando associadas aos cursos de água e fundos de vales vegetados que permeiam o espaço urbano de Maringá. O acúmulo de matéria orgânica e a proximidade das residęncias das prováveis áreas de risco a presença de solos úmidos no peridomicílio a presença de construçőes semi-acabadas isto é de casas de lajota sem reboco formando ocos nas paredes externas săo fatores que podem propiciar a formaçăo de criadouros do flebotomíneo e de esconderijo para os insetos adultos. Da análise temporal dos casos observou-se que os anos com maior incidęncia da leishmaniose tegumentar americana no município de Maringá foram 2000 com 6 casos 2002 com 13 casos e 2003 com 7 casos. Retroagindo-se 45 dias a partir da data do diagnóstico ocasiăo provável da contaminaçăo observou-se que possivelmente as estaçőes de inverno e de outono parecem ser de maior risco. A faixa etária mais frequentemente atingida foi de 41-50 anos com 28.5% dos casos confirmados. Dentre as residęncias avaliadas pelo questionário em suas respectivas áreas a presença de animais domésticos como o căo e sinantrópicos como o rato hospedeiros de Leishmania sp ocorrem em 78.76% delas sendo que a presença de animais silvestres como o gambá também é bastante comum a criaçăo de galinhas foi encontrada em muitas residęncias das áreas pesquisadas. Com relaçăo ŕ proximidade de áreas vegetadas seja das inúmeras reservas florestais nativas presentes dentro do perímetro urbano de Maringá bem como na zona rural seja das áreas cobertas por vegetaçăo secundária invasora nos fundos de vale observou-se que 57.5% dos entrevistados percorrem essas áreas no seu dia-a-dia. Quanto ŕ presença do vetor no domicílio tem-se que 60.9% das residęncias afirmaram que a presença é maior no período noturno em cerca de 60% dos domicílios avaliados a direçăo predominante do vento parece influir na amplitude maior de vôo do inseto das áreas vegetadas para os domicílios agravando os riscos de transmissăo. A distância encontrada entre a presença do domicílio e a mata varia de 0m (inserida na própria área analisada) a 800m. Quanto ŕ altitude encontrou-se a cota mínima de 468m e a cota máxima de 579m. Conclusőes: os casos autóctones confirmados estăo sempre próximos de reservas de floresta nativa mais ou menos alterada e/ou de áreas vegetadas acompanhando os córregos urbanos. Ocorrem tręs tipos de transmissăo nas áreas analisadas: transmissăo intraflorestal transmissăo extraflorestal e transmissăo domiciliar. A leishmaniose ocorre em Maringá principalmente na zona urbana permeada por inúmeras áreas vegetadas. O perfil urbano e peridomiciliar de transmissăo associam-se ŕ presença de matéria orgânica em decomposiçăo na forma de entulhos de resíduos sólidos de materiais diversos descartados e de restos vegetais a presença de ratos foi freqüentemente citada bem como de gambás a criaçăo de aves como galinhas é fator de atraçăo dos flebotomíneos as construçőes semi-acabadas sem reboco favorecem a permanęncia do flebotomíneo no local. Nas zonas rurais os quatro casos identificados estăo relacionados ŕ presença nas proximidades das residęncias de pequenos fragmentos de mata primária com corredores de vegetaçőes arbustivas entre a reserva florestal e as casas permitindo a passagem dos flebotomíneos da reserva ao peridomicílio possibilitando condiçőes para a transmissăo intra e peridomiciliar.
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Abstract
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Palavras Chave
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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
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TRANSMISSĂO URBANA
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Key Words
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Tipo
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MESTRADO
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Universidade
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
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Data
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2009
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Páginas
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116
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Localização
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BIBLIOTECA CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
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Orientador
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Maria Eugenia Moreira Costa Ferreira
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Programa
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GEOGRAFIA
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Sigla Universidade
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UEM
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Área de Concentração
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Língua
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Português
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email
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