Levantamento fitogeográfico da vegetaçăo de cerrado no interflúvio Pirapó/Bandeirantes Sabaúdia-PR.
Item
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Título
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Levantamento fitogeográfico da vegetaçăo de cerrado no interflúvio Pirapó/Bandeirantes Sabaúdia-PR.
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lista de autores
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Patricia Fernandes Paula
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Resumo
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O trabalho consistiu na identificaçăo de possíveis relictos da vegetaçăo de cerrado (savana) referidos por Maack em 1950-1968 numa área de 40km2 entre Sabáudia e Astorga no norte do estado do Paraná. Esse cerrado presente no interflúvio dos rios Pirapó e Bandeirantes encontra-se bastante fragmentado năo formando mais uma mancha contínua em algumas localidades subsiste de forma esparsa representado por pequenos agrupamentos ou por plantas isoladas de espécies e gęneros próprios dos cerrados brasileiros. Os pontos de coleta derivaram de um trabalho de esquadrinhamento da área apontada por Maack anotando-se os pontos nos quais ocorriam espécies ou gęneros típicos das formaçőes de cerrado. A investigaçăo também tratou da comparaçăo do cerrado de Sabáudia com duas áreas correlatas (morro Tręs Irmăos-Terra Rica-PR e Estaçăo Ecológica do Cerrado de Campo Mourăo-PR) concluindo-se que a formaçăo do interflúvio Pirapó/Bandeirantes (cerrado de Sabáudia) apresenta maior similaridade florística com o cerrado de Campo Mourăo. As formaçőes superficiais dessas duas regiőes săo assemelhadas. Foram coletadas 75 plantas tanto do cerrado quanto da floresta estacional no interflúvio Pirapó/Bandeirantes sendo identificadas 70 delas. Desse total 30% estăo relacionadas ŕ vegetaçăo de cerrado Já no morro Tręs Irmăos-Terra Rica-PR foram coletadas 78 plantas identificando-se 74 delas em nível de família gęnero e/ou espécie. Desse total 17% estăo relacionadas ŕ vegetaçăo de cerrado. Outro fator que pode ser mantenedor do cerrado do interflúvio Pirapó/Bandeirantes está relacionado a altitude pois neste local a formaçăo de cerrado foi encontrada em altitudes superiores a 630m e mais freqüentemente a 700/800m. As coletas foram feitas em 43 localidades em 29 pontos ocorreram famílias gęneros e/ou espécies de cerrado sobre a formaçăo Santo Anastácio do grupo Bauru (arenito) correspondendo a 69% das localidades nas quais a vegetaçăo de cerrado subsiste. O tipo de solo predominante nesta formaçăo é o LEd2 (latossolo vermelho escuro distrófico) que abriga 31 localidades dos 43 pontos plotados correspondendo a 73% dos pontos pesquisados demonstrando a forte associaçăo desse tipo de formaçăo vegetal com o solo. O clima atual úmido com estaçăo seca pouco pronunciada está em desconformidade com o clima do bioma típico de cerrado. O cerrado estudado seria portanto um relicto da vegetaçăo que se estendia ao longo dos corredores de aridez que seguiam pelos planaltos e topos durante as glaciaçőes do Quaternário na América do Sul associados aos climas semi-áridos e semi-úmidos. O trabalho comprovou a teoria de que a permanęncia de cerrados em áreas hoje da floresta estacional semidecidual deve-se a năo ocupaçăo total desses topos e interflúvios pela vegetaçăo florestal que se expandiu a partir dos refúgios úmidos dos vales com o aquecimento e o aumento da umidade que se seguiram ao término da última glaciaçăo.
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Abstract
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Palavras Chave
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FITOGEOGRAFIA
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CERRADO
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VEGETAÇŐ RELICTUAL
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Key Words
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Tipo
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MESTRADO
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Universidade
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
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Data
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2008
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Páginas
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85
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Localização
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BIBLIOTECA CENTRAL DA UEM
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Orientador
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Maria Eugenia Moreira Costa Ferreira
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Programa
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GEOGRAFIA
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Sigla Universidade
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UEM
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Área de Concentração
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Língua
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Português
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email
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