Políticas públicas de desenvolvimento rural e o projeto de reforma agrária no MST no Noroeste do Paraná:uma contribuiçăo ao entendimento do conflito capital x trabalho da gestăo territorial do Estado e do controle social do capital.
Item
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Título
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Políticas públicas de desenvolvimento rural e o projeto de reforma agrária no MST no Noroeste do Paraná:uma contribuiçăo ao entendimento do conflito capital x trabalho da gestăo territorial do Estado e do controle social do capital.
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lista de autores
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Jorge Ramon Montenegro Gomez
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Resumo
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Por tratar-se de uma regiăo eminentemente rural a regiăo Noroeste do Paraná se constitui em alvo preferencial das novas políticas públicas de desenvolvimento rural. Este novo paradigma de intervençăo do Estado na gestăo do território ignora os problemas estruturais e históricos do campo que foram denominados questăo agrária. No seu lugar implementa uma série de programas destinados a dinamizar o meio rural baseados na centralidade da idéia de desenvolvimento. O que denominados como questăo do desenvolvimento substitui (sem resolve-la) ŕ questăo agrária nos objetivos das novas políticas públicas para o campo. Assim sob a promessa do progresso geral contida no termo desenvolvimento văo se adotando medidas que com o objetivo de intensificar os mecanismos de mercado no meio rural aumentam a exclusăo. Ao mesmo tempo as novas políticas pretendem a eliminaçăo dos movimentos sociais críticos que se fortaleceram nos últimos vinte anos no campo brasileiro. Priorizando o individual e um falaz consenso entre classes com interesses e posiçőes divergents como săo por exemplo os trabalhadores rurais e os latifundiários as políticas de desenvolvimento para meio rural tentam minar a grande ferramenta dos trabalhadores para alcançar conquistas sociais o conflito e facilitar assim a reestruturaçăo do sistema de metabolismo social do capital. O Noroeste do Paraná é um caso exemplar de avanço na luta dos trabalhadores rurais organizados neste caso no MST através do confronto. Com todas as dificuldades organizativas e de viabilizaçăo que os assentamentos padecem estes incorporam formas embrionárias e contraditórias de transformaçăo social que contestam a ordem destrutiva do capital. A opçăo por formas de produzir voltadas ŕ subsistęncia pela incorporaçăo incipiente da agroecologia e a experięncia de luta acumulada na conquista da terra revelam posiçőes de resistęncia e quem sabe também de superaçăo do modelo "incontestável" do capital. Portanto percebemos que o conflito năo tem acabado simplesmente porque o Estado o ignore nas suas políticas ao contrário assistimos a um acirramento do conflito capital x trabalho mas num novo patamar. O capital na tentativa de sair da sua crise estrutural reformula os mecanismos que maximizem sua reproduçăo. Assim no meio rural sob a proposta de um desenvolvimento baseado na pluriatividade na reconversăo do pequeno proprietário em pequeno empresário e na adoçăo de matrizes produtivas e tecnológicas intensivas em capital se aprofundam os mecanismo de acumulaçăo e de forma prioritária de controle social do capital. Diante do confronto entre esta proposta e a construída por movimentos sociais críticos como o MST entendemos que a auto-afirmaçăo da classe-que-vive-do-trabalho passa pela radicalizaçăo do antagonismo contra o capital e năo em integrar-se da melhor (ou da menos má) forma possível em um sistema baseado na concorręncia e portanto na exclusăo.
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Abstract
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Palavras Chave
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CONFLITO CAPITAL X TRABALHO
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QUESTĂO AGRÁRIA
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Key Words
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Tipo
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MESTRADO
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Universidade
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
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Data
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2002
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Páginas
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230
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Localização
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BIBLIOTECA CENTRAL A UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
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Orientador
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Antonio Thomaz Júnior
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Programa
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GEOGRAFIA
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Sigla Universidade
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UEM
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Área de Concentração
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Língua
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Português
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email
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