A Viagem Philosophica: O Naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira e a Paisagem Brasileira do Século XVIII.

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Título
A Viagem Philosophica: O Naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira e a Paisagem Brasileira do Século XVIII.
lista de autores
Eulalia Maria A. Moraes dos Santos
Resumo
No curso das relaçőes entre o Velho e o Novo Mndo as necessidades de reconhecimento engendraram operaçőes simbólicas e significaçőes culturais que permitiram um alargamento do universo no sentido de recuperar a unidade perdida. A constataçăo de que estamos diante de alguma coisa distinta sugere indagaçőes que certamente nos levam a uma metodologia nascida de questionamentos simples como por exemplo esta espécie é diferente?"Năo há como negar que ao chegar nos trópicos depara-se o europeu com algo inusitado. Tratam-se de seres e circunstâncias improváveis dentro do contexto geográfico. Os conceitos com os quais se pensava o mundo graativamente foram modificados e a ampliaçăo da espacialidade foi decisiva para a continuidade do pensamento moderno. Năo poderíamos compreender o dinamismo científico de um século sem as premissas que o antecederam. Entender um estudo laborioso como seja do naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira sem considerarmos o contexto político-econômico e científico de seu período é fragmentá-lo na sua importância. Assinalamos portanto uma preocupaçăo com a efervescęncia científica do século XVIII e conseqüente influęncia na área de formaçăo acadęmica européia - em especial do naturalista na Universidade de Coimbra sob a reforma de Pombal. Designado para dirigir a parte científica da expediçăo denominada pelos seus idealizadores de Viagem Philosophica Alexandre Rodrigues Ferreira e sua equipe percorreram cerca de 39 mil quilômetros pela regiăo norte e parte da regiăo oeste compreendendo as capitanias do Grăo Pará Săo José do Rio Negro Matto Grosso e Cuyabá durante nove anos (1783-1792). Năo por acaso encontramos a informaçăo de que o referido naturalista viajava com o manual de sistemática de Carl Linnaeus Systema Naturae (1735) - hoje largamente empregada pelos botânicos e zoólogos - e Histoire Naturelle des Oeseaux (1753) de Buffon. Fizeram parte da expediçăo Viagem Philosophica Agostinho Joaquim do Cabo o jardineiro botânico Joaquim José Codina e José Joaquim Freire "riscadores" responsáveis pelas aquarelas e desenhos documentais. Tais "riscos" - desenhos que representavam componentes ambientais - eram feitos a partir de espécimes coletados observaçăo da paisagem e contato com tribos indígenas até entăo desconhecidas o que podemos hoje interpretar como fragmentos do universo amazônico. Ŕs anotaçőes do naturalista reuniram-se milhares de amostras minerais vegetais animais e dezenas de artefatos e imagens de diferentes grupos indígenas e ainda um número incalculável de aquarelas que eram remetidas para Portuga. Vive-se nesse período uma particular experięncia na percepçăo da paisagem das regiőes percorridas obtendo da mesma uma das maiores contribuiçőes ŕ História da Geografia e Biogeografia. Parte dos diários manuscritos e memórias sobre etnografia biogeografia e agricultura foram publicados mas pouco estudados. Buscamos portanto um estudo da produçăo científica do naturalista do século XVIII século em que se começa a pensa a Geografia em termos de unidade temática e continuidade ns formulaçőes.
Abstract
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Palavras Chave
ALEXANDRE RODRIGUES FERREIRA
SÉCULO XVIII
BRASIL
Key Words
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Tipo
MESTRADO
Universidade
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
Data
2001
Páginas
359
Localização
BIBLIOTECA CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
uri
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Orientador
Maria Eugęnia Moreira Costa Ferreira
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
UEM
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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