TRAÇANDO MOBILIDADES E TECENDO TERRITORIALIDADES: O COMÉRCIO DE ARTESANATO NA BEIRA-MAR DE FORTALEZA/CE.

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Título
TRAÇANDO MOBILIDADES E TECENDO TERRITORIALIDADES: O COMÉRCIO DE ARTESANATO NA BEIRA-MAR DE FORTALEZA/CE.
lista de autores
Luiz Antonio Araújo Gonçalves
Resumo
Este trabalho teve como objetivo refletir sobre a relaçăo do trabalho informal e a cidade por meio da territorializaçăo e mobilidade do comércio ambulante de artesanato na avenida Beira-Mar de Fortaleza (CE). Partiu-se do entendimento da urbanizaçăo brasileira e como as transformaçőes decorrentes da transiçăo do.paradigma agrário-exportador para o urbano-industrial produziu uma massa de trabalhadores urbanos que para subsistir nas cidades se utilizou das atividades que conformam o circuito inferior da economia urbana (SANTOS 1978). O contexto da reestruturaçăo das relaçőes de trabalho no Brasil dentre outros fatores refletiu na.expansăo do comércio informal nas grandes cidades. Em Fortaleza o excedente de trabalhadores que vive na periferia da cidade bem como na sua regiăo metropolitana exerceu forte pressăo sobre o mercado de trabalho contribuindo para a ocupaçăo de espaços públicos como praças e calçadas. Acredita-se com efeito que a feira de artesanato da Beira-Mar se estabeleceu como alternativa para muitos trabalhadores que viram na produçăo e comércio de artesanato um meio de sobrevivęncia ante o desemprego. A pesquisa empírica teve como suporte a.aplicaçăo de questionários na feira de artesanato o que serviu de base na conformaçăo de um banco de dados primários bem como nas entrevistas realizadas com os vendedores ambulantes de artesanato. Os resultados da pesquisa mostram como a expansăo das atividades informais em Fortaleza marca o espaço urbano por meio de novas territorialidades do comércio ambulante caracterizadas por formas precárias de trabalho e pela ocupaçăo dos espaços públicos urbanos. O comércio de artesanato na Beira-Mar teve início com a venda de artigos artesanais nas calçadas dos hotéis daquela área sendo atualmente marcada pela territorializaçăo diária (montagem/desmontagem) da feira de artesanato assim como pelo comércio ambulante de artesanato no calçadăo da avenida Beira-Mar. Pôde-se constatar nesta pesquisa que houve uma mudança do perfil dos feirantes nos últimos anos com o crescimento do número de barracas de comércio de artesanato sem.necessariamente serem estes artesăos além de vendedores de produtos diversos notadamente confecçőes. Mesmo năo se caracterizando como artesanato a venda de confecçăo se revelou uma estratégia utilizada pelos feirantes justamente para garantir sua sobrevivęncia na feira. Por outro lado os ambulantes estăo inseridos na.área da feira trabalham no seu entorno estabelecendo territorialidades mediante uma mobilidade compulsória. Para permanecerem naquele espaço muitos ambulantes utilizam o próprio corpo como marco de sua territorializaçăo para vender seus produtos diante da impossibilidade de fixaçăo e imposiçăo de sua mobilidade..Considera-se pois que a feira de artesanato da Beira-Mar é influenciada pelas tendęncias de consumo e pelo ambiente litorâneo e turístico de modo que a atividade artesanal como um elemento do circuito inferior é influenciada pelo circuito moderno ao incorporar novas tendęncias do circuito superior.
Abstract
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Palavras Chave
MOBILIDADE
TERRITÓRIO
TERRITORIALIDADE
TRABALHO INFORMAL
Key Words
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Tipo
MESTRADO
Universidade
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
Data
2009
Páginas
201
Localização
BIBLIOTECA CENTRAL
uri
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Orientador
Zenilde Baima Amora
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
UECE
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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