AGRONEGÓCIO E A NOVA DIVISĂO SOCIAL E TERRITORIAL DO TRABALHO AGROPECUÁRIO FORMAL NO NORDESTE
Item
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Título
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AGRONEGÓCIO E A NOVA DIVISĂO SOCIAL E TERRITORIAL DO TRABALHO AGROPECUÁRIO FORMAL NO NORDESTE
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lista de autores
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Juscelino Eudâmidas Bezerra
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Resumo
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O objetivo da pesquisa é compreender a divisăo territorial do trabalho agropecuário formal nas áreas de expansăo do agronegócio da fruticultura e da soja no Nordeste como signo da expansăo do capital no campo. Para isso utilizamos a metodologia baseada na organizaçăo e execuçăo de uma matriz metodológica a partir da base de dados da Relaçăo Anual de Informaçőes Sociais (RAIS) e do Cadastro de Empregados e Desempregados (CAGED) ambas pertencentes ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A adequaçăo ao modelo preconizado pelo agronegócio no Nordeste brasileiro tem se processado de forma bastante veemente graças ao constante processo de reestruturaçăo produtiva da agropecuária. Nesse modelo a natureza năo representa um fator ofensivo ŕ regulaçăo econômica do território. Atualmente as áreas de expansăo da agropecuária moderna tęm se organizado a partir do desenvolvimento de atividades altamente lucrativas. É o caso da fruticultura que ocupa os vales úmidos dos rios Săo Francisco Açu e Jaguaribe bem como a expansăo da sojicultura nos cerrados nordestinos mais precisamente nos Estados do Maranhăo Piauí e Bahia. A consecuçăo do agronegócio no campo nordestino acelerou o processo de transiçăo da terra de trabalho para a terra de negócio (MARTINS 1991) via expropriaçăo dos trabalhadores rurais e o crescimento do processo de territorializaçăo do capital através da chegada de empresas agropecuárias lócus da reproduçăo de formas de afirmaçăo e negaçăo do capital. Os rebatimentos para a classe trabalhadora se evidenciaram mediante o aumento do estoque de empregos formais no setor da agropecuária no Nordeste sobretudo nas áreas de produçăo da fruticultura e da soja. A reestruturaçăo produtiva agropecuária também acarretou inúmeras mudanças no perfil da classe trabalhadora como o aumento da participaçăo das mulheres da demanda por trabalho especializado e o surgimento de novas categorias sócio-ocupacionais. As áreas de expansăo do agronegócio também foram exemplos da extrema precarizaçăo dos trabalhadores onde os mesmos atuam em extensas jornadas de trabalho muitas vezes em condiçőes năo compatíveis aos preceitos das normas trabalhista. Conclui-se que os trabalhadores do agronegócio no Nordeste estăo numa verdadeira encruzilhada pois destituídos dos meios de produçăo se submetem quase que inevitavelmente a venda de sua força de trabalho sendo alvos fáceis para a ocupaçăo em atividades precárias. Contrariamente ao movimento de expansăo do agronegócio globalizado e na busca por um novo modelo de orientaçăo da sociedade é que os movimentos sociais nas áreas de expansăo do agronegócio apresentaram uma maior dinâmica através da ocupaçăo de terras para a viabilizaçăo da reforma agrária e da soberania alimentar
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Abstract
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Palavras Chave
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AGRONEGÓCIO
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DIVISĂO TERITORRITORIAL DO TRABALHO AGROPECUÁRI
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Key Words
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Tipo
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MESTRADO
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Universidade
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
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Data
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2008
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Páginas
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257
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Localização
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BIBLIOTECA CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
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Orientador
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Denise de Souza Elias
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Programa
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GEOGRAFIA
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Sigla Universidade
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UECE
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Área de Concentração
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Língua
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Português
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email
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