Territórios da Conservaçăo: uma análise do potencial fitogeográfico das UC’s de uso sustentável em Sergipe.
Item
-
Título
-
Territórios da Conservaçăo: uma análise do potencial fitogeográfico das UC’s de uso sustentável em Sergipe.
-
lista de autores
-
MARIA DO SOCORRO FERREIRA DA SILVA
-
Resumo
-
As Unidades de Conservaçăo (UCs) fazem parte das Áreas Protegidas (APs) săo consideradas como mecanismos de gestăo ambiental. No Brasil a Lei 9985/2000 que dispőe o Sistema Nacional de Unidades de Conservaçăo (SNUC) estabelece critérios e normas para a criaçăo implementaçăo e gestăo das UCs dividindo-as em UCs de Proteçăo Integral onde é permitido o uso indireto dos recursos naturais e de Uso Sustentável ou de uso direto. Todavia sua criaçăo gestăo e implementaçăo tęm sido permeadas por conflitos territoriais envolvendo atores sociais e interesses diversos pela apropriaçăo controle e uso dos recursos naturais o que tem implicado na perda da biosociodiversidade. Essa tese tem como recorte empírico as UCs de Uso Sustentável de Sergipe e como objetivo analisar as potencialidades e a importância fitogeográfica no Estado de Sergipe partindo das UCs de Uso Sustentável. O desenvolvimento da tese foi delineado a partir dos procedimentos metodológicos: a) levantamento bibliográfico e documental b) pesquisa de campo mediante o levantamento de dados secundários e primários a partir de entrevistas semi-estruturadas: gestora da Superintendęncia de Biodiversidade e Florestas (SBF) vinculada SEMARH Analista Ambiental da Flonai (ICMBio) coordenadores e técnicos das APAs do Morro do Urubu e do Litoral Sul (SEMARH) técnico do IBAMA responsável pelo gerenciamento do Parque da Cidade na APA do Morro do Urubu (EMDAGRO) comandante do Pelotăo Ambiental da Polícia Militar de Sergipe diálogos informais com vários atores sociais e observaçőes sistemáticas nos territórios pesquisados c) elaboraçăo dos mosaicos e das métricas da paisagem a partir da teledetecçăo com o uso de ortofotocartas/2003 na escala de 1:10.000 e 1:2000 cujas imagens foram tratadas no software ArcGis 9.3 e da ferramenta Patch Analyst para os cálculos da métricas da paisagem d) ordenamento e tabulaçăo dos dados obtidos e e) análise e interpretaçăo das informaçőes. As UCs pesquisadas săo dotadas de potencial fitogeográfico representado por enclaves de floresta ombrófila densa vegetaçăo de mangue vegetaçăo secundária de restinga de dunas e campos de várzeas. Esse potencial vem sendo afetado pelos diversos usos atribuídos aos territórios pesquisados (cultivos pastagem aquicultura indústrias extraçăo de minérios) além da atividade turística que vem crescendo no litoral sul. Esses usos sem planejamento tęm gerado conflitos territoriais resultando na exclusăo e/ou espoliaçăo das comunidades tradicionais e pequenos produtores locais implicando em perdas para a biosociodiversidade. Apesar do potencial existente as métricas da paisagem evidenciaram que parcela significativa dos fragmentos estăo envolvidos pelo efeito de borda cujas médias da Área Core mostraram que apenas 43 17% da área dos fragmentos florestais da APA do Litoral Sul e 52 35% da Flonai e entorno estăo menos propícias aos efeitos de bordas (relaçăo interior-margem da mancha). As Médias dos Índices de Forma (MSI) indicaram que os fragmentos possuem formas irregulares 1 59 e 1 45 respectivamente onde o formato se afasta do padrăo circular. O Índice de Proximidade identificou elevadas distâncias entre os fragmentos caracterizando o isolamento de várias manchas. Esses índices săo resultados dos usos atribuídos ao território e de falhas na gestăo das UCs via órgăos ambientais pois mesmo criadas na década de 1990 ainda năo dispőe de mecanismos de gestăo ambiental capazes de coibir as açőes danosas comuns nos territórios da conservaçăo contradizendo os preceitos estabelecidos pela política de conservaçăo ambiental. A manutençăo dos atributos biofísicos depende da criaçăo e implementaçăo desses mecanismos de gestăo ambiental atrelada a açőes que visem ŕ conectividade dos remanescentes florestais os quais podem vir a fazer parte de futuros corredores ecológicos de mata atlântica. Os planos de manejo devem incluir os anseios das comunidades tradicionais que dependem desses recursos tornando-se importante estabelecer parcerias entre os proprietários de terras visando o acesso aos recursos naturais (restingas manguezais) pelas comunidades tradicionais. Assim propostas que incentivem o uso da “floresta em pé” através das atividades năo-madeireiras devem ser priorizadas. A política de conservaçăo deve contemplar a gestăo do território de forma integrada evitando o uso predatório dos recursos naturais com o intuito de reduzir e/ou evitar a perda da biosociodiversidade pois envolve a defesa de interesses e das condiçőes de vida dos sujeitos que dependem direta e/ou indiretamente da proteçăo de tais recursos seja para uso presente ou para usos futuros. Desse modo é primordial que o órgăo gestor conheça a realidade in locu das UCs buscando caminhos alternativos na perspectiva de superar os desafios encontrados na gestăo ambiental desses territórios para que de fato possa contribuir efetivamente para a elaboraçăo das políticas públicas inclusivas a luz da biosociodiversidade para que as UCs cumpram com as finalidades pelas quais foram criadas.
-
Abstract
-
\N
-
Palavras Chave
-
UNIDADES DE CONSERVAÇĂO
-
POTENCIAL FITOGEOGRÁFICO
-
Key Words
-
\N
-
Tipo
-
DOUTORADO
-
Universidade
-
FUNDAÇĂO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
-
Data
-
2012
-
Páginas
-
333
-
Localização
-
BICEN E BIBLIOTECA DO NPGEO
-
Orientador
-
ROSEMERI MELO E SOUZA
-
Programa
-
GEOGRAFIA
-
Sigla Universidade
-
FUFSE
-
Área de Concentração
-
\N
-
Língua
-
Português
-
email
-
\N