Expansăo da Eucaliptocultura no Planalto da Conquista-singularidades no processo de implantaçăo da monocultura.
Item
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Título
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Expansăo da Eucaliptocultura no Planalto da Conquista-singularidades no processo de implantaçăo da monocultura.
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lista de autores
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EDVALDO OLIVEIRA
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Resumo
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O problema agrário tem sido palco das discussőes no campo brasileiro nas últimas décadas com diferentes nuances. A cultura do eucalipto é parte desse processo em todo mundo com o que se convencionou chamar de “florestas plantadas”. O Brasil sétimo país em monocultivos para a produçăo de madeira (FAO 2010) e o primeiro em produçăo de eucalipto (GTY 2012) adotou o modelo dos grandes projetos envolvendo grandes empresas do setor de papel e celulose e siderúrgicas guseiras resultando em conflitos. Na Bahia a chegada da eucaliptocultura na década de 1970 marca a ocupaçăo dos territórios do nordeste e sul resultando no adensamento dos plantios e na concentraçăo fundiária. No Planalto da Conquista o eucalipto chega em meados da década de 1990 numa estrutura agrária de pequenas e médias propriedades com ęnfase na agricultura familiar. O objetivo da tese é o de comprovar a partir da comparaçăo com o sul do Estado a forma diferenciada de implantaçăo da eucaliptocultura no Planalto da Conquista com ęnfase na estrutura fundiária nas políticas governamentais na açăo do capital privado. Parte-se entăo da premissa de que sem um grande projeto apoiada na grande empresa o avanço da eucaliptocultura năo afetou profundamente a estrutura fundiária regional uma vez que foi efetivado pelo proprietário local pela via do fomento florestal e investimentos pessoais. O recorte teórico levou em conta a produçăo desigual do espaço como linha norteadora com ęnfase no processo de igualizaçăo da paisagem pelo capital como provocador da desigualdade ratificando que diferentes formas de aplicaçăo do capital refletem diferentes formas de produçăo do espaço. Reafirma a geografia como cięncia capaz de dar repostas ŕs questőes oriundas desse mecanismo particularmente a geografia da agricultura na definiçăo de territorialidades/desterritorialidades na geraçăo de assimetrias espaciais e na dicotomia agricultura patronal/familiar. O recorte espacial envolveu os doze municípios do Planalto da Conquista e vinte e tręs do sul do estado dos quais apenas seis fazem parte efetivamente do recorte empírico por evidenciar maiores percentuais de ocupaçăo de eucalipto. A partir do método comparativo delineou-se o percurso metodológico apoiado em: a) levantamento documental junto ŕs associaçőes fomentadoras da eucaliptocultura b) aplicaçăo de questionário semi estruturado com os eucaliptocultores. Os dados primários resultaram da interpretaçăo de imagens de satélite para mapeamento dos plantios apoiado pelos levantamentos topográficos das áreas produtoras utilizando os softwares Envi 8.0 AutoCadMap e MapWiewer 7.6. A base de dados executada com dados dos relatórios obtidos do SIG e dos relatórios da ASIFLOR. Dados fundiários foram obtidos junto ŕ Cafir/ Vitória da Conquista e dos Censos do IBGE. Os resultados apontam que ausęncia de um grande projeto reduziu a ocupaçăo contínua e manteve a pequena e média propriedade que em parte se inseriu no processo de expansăo do eucalipto. Considerando que a eucaliptocultura é um fato no Planalto da Conquista em face das condicionantes físicas desfavoráveis a leste do território a manutençăo da pequena propriedade de dará se mantido o fortalecimento da agricultura familiar que sob ameaça de novos projetos corre o risco de ser adquiridas pelas grandes empresas e investidores de fora.
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Abstract
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Palavras Chave
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GEOGRAFIA AGRÁRIA
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ESTRUTURA FUNDARIA
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MONOCULTURA
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Key Words
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Tipo
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DOUTORADO
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Universidade
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FUNDAÇĂO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
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Data
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2012
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Páginas
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346
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Localização
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BICEN E BIBLIOTECA DO NPGEO
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Orientador
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JOSÉ ELOÍZIO DA COSTA
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Programa
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GEOGRAFIA
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Sigla Universidade
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FUFSE
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Área de Concentração
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Língua
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Português
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email
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