Do Torrăo da vida ŕ marcha forçada rumo ao apito das gaiolas de pedra: mobilidade do trabalho na dialética campo cidade no município de Ribeirópolis/SE.

Item

Título
Do Torrăo da vida ŕ marcha forçada rumo ao apito das gaiolas de pedra: mobilidade do trabalho na dialética campo cidade no município de Ribeirópolis/SE.
lista de autores
JOSE RENATO DE LIMA
Resumo
A presente dissertaçăo analisa os desdobramentos da mobilidade do trabalho no município de Ribeirópolis Se redefinindo a dialética campo cidade a partir da reestruturaçăo produtiva como movimento de descentralizaçăo do processo produtivo no contexto da acumulaçăo flexível do capital sob a intervençăo das políticas de desenvolvimento custodiadas pelo Estado. Procurou-se desvendar o movimento contraditório de territorializaçăo e monopolizaçăo do capital subordinando o trabalho no campo e na cidade ŕs mais perversas instâncias totalizadoras de controle e extirpaçăo da mais valia. O recorte espacial da pesquisa tomou como base os povoados Lagoa das Esperas Esteios Serrinha Serra do Machado Joăo Ferreira Fazendinha e Queimadas como território que indica os processos em curso do avanço do capital fundiário mercantilizando e redirecionando o uso da terra por meio do seu parcelamento o que torna sobrantes as geraçőes mais novas dos produtores familiares camponeses. Uma vez “supérfluos” no campo a marcha forçada para o urbano permite desvendar a consonância do estabelecimento do capital industrial em busca da satisfaçăo da reproduçăo em escala ampliada consumindo vidas humanas com extensivas taxas de exploraçăo da força de trabalho tornada precária. A leitura da realidade é realizada a partir do materialismo histórico-dialético já que sua base de desenvolvimento impőe a leitura da totalidade das relaçőes sociais como necessária para revelar a produçăo da realidade histórica pelos sujeitos que a constroem ou seja é possível revelar o território inscrito no movimento da produçăo reproduçăo e apropriaçăo do espaço pelo capital e como as relaçőes sociais e produtivas se materializam nos conflitos de classe historicamente construídos. Identificou-se o avanço do capitalismo no campo que em parceria com o Estado vem redirecionando o uso da terra para a pecuária e produtos agrícolas voltados para o comércio ao tempo que subordina as pequenas unidades produtivas ŕs determinaçőes do mercado por meio da dependęncia de créditos insumos e fertilizantes. Como rebatimento destaca-se a expulsăo do trabalhador das suas lavouras em direçăo ŕs cidades engrossando as fileiras do exército de reserva. Por sua vez o capital industrial incentivado pelo Estado aparece como indutor do desenvolvimento via incentivos fiscais infraestruturas e desregulamentaçăo dos direitos trabalhistas para se apropriar dos territórios vantajosos e de extensivas horas de trabalho do operariado. A inscriçăo de uma divisăo social e territorial do trabalho conforme a lógica acumulativa do valor é resultante de uma nova articulaçăo campo cidade como centro periferia diante da hierarquia espacial imposta. Contraditoriamente na cidade se observa a especulaçăo imobiliária e a valorizaçăo do solo com a extensăo do tecido urbano conforme a demanda por habitaçőes e a produçăo de espaços segregados como condiçăo de negaçăo da obra do urbano para quem a produziu.
Abstract
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Palavras Chave
MOBILIDADE DO TRABALHO
REESTRUTURAÇĂO PRODUTIVA
Key Words
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Tipo
MESTRADO
Universidade
FUNDAÇĂO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
Data
2012
Páginas
237
Localização
BICEN E BIBLIOTECA DO NPGEO
uri
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Orientador
JOSEFA DE LISBOA SANTOS
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
FUFSE
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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