Do Chăo da Terra ao Chăo da Fábrica: As Formas Contraditórias da Apropriaçăo do Capital no Espaço Agrário no Município de Barro Preto/BA.
Item
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Título
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Do Chăo da Terra ao Chăo da Fábrica: As Formas Contraditórias da Apropriaçăo do Capital no Espaço Agrário no Município de Barro Preto/BA.
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lista de autores
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DAYSE MARIA SOUZA
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Resumo
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A presente dissertaçăo de mestrado tem como objetivo analisar o processo de reestruturaçăo produtiva no novo modelo de acumulaçăo flexível e sua interferęncia na produçăo e reproduçăo das relaçőes sociais de produçăo. Em pleno desemprego estrutural o capital que na sua essęncia se reproduz de forma contraditória subordina o trabalho no campo e na cidade para garantir a super extraçăo de mais valia através da mobilidade do trabalho. Para compreender esse processo no espaço agrário no município de Barro Preto/BA é fundamental analisar a inserçăo da relaçăo capital e trabalho no novo formato de acumulaçăo financeira nas diferentes escalas geográficas. A pesquisa em questăo adotou o método do materialismo histórico dialético por esse entender os conflitos construídos historicamente a partir da açăo das diferentes classes sociais em seu movimento contraditório. Revelando como o espaço a partir da categoria território é apropriado pelo capital e como ŕs relaçőes sociais se materializam e redefinem o mesmo território no processo global de acumulaçăo capitalista. Para entender esse processo foram elaboradas reflexőes da forma como o Estado garante as bases para a territorializaçăo do capital principalmente a partir de investimentos em infra-estrutura incentivos fiscais políticas de créditos e implementaçăo de políticas modernizantes (inserindo os pacotes tecnológicos) a partir da criaçăo de órgăos institucionais e centro de pesquisa como por exemplo o Instituto de Cacau da Bahia (ICB) e a Comissăo Executiva da Lavoura Cacaueira(CEPLAC) modelando assim o espaço para o capital. Tais açőes ao mesmo tempo em que provocaram a subordinaçăo da produçăo camponesa ao capital acentuaram e concentrou terras tornando a força de trabalho do campo verdadeiro exército de reserva para o capital. O debate sobre o processo de financeirizaçăo e o novo formato de acumulaçăo capitalista foi necessário para entender como se dá a exploraçăo do trabalho na lógica de acumulaçăo em pleno processo de crise estrutural do capital marcado pela intensa busca da extraçăo de trabalho năo pago. A pesquisa permitiu desvendar a forma contraditória em que o capital se territorializa no espaço agrário do município de Barro Preto materializado nas novas formas de exploraçăo do trabalho onde a força de trabalho tornada no campo supérflua para o capital é explorada em maior quantidade no chăo da fábrica especificamente na Indústria de Calçados Vulcabrás-Azaleia revelando como o capital se apropria do território criando novos modelos de produçăo seja no campo ou na cidade. Ao mesmo tempo que na mobilidade do trabalho essa força de trabalho - em sua grande maioria jovens filhos de camponeses e de trabalhadores assalariados - encontra-se disponível para ser explorada pelo capital de forma perversa e insaciável.
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Abstract
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Palavras Chave
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ESTADO
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MOBILIDADE DO TRABALHO
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REESTRUTURAÇĂO PRODUTIVA
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Key Words
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Tipo
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MESTRADO
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Universidade
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FUNDAÇĂO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
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Data
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2011
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Páginas
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129
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Localização
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BICEN E BIBLIOTECA DO NPGEO
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Orientador
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ALEXANDRINA LUZ CONCEIÇĂO
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Programa
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GEOGRAFIA
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Sigla Universidade
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FUFSE
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Área de Concentração
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Língua
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Português
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email
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