Território Poder e as múltiplas territorialidades nas terras indigenas e de pretos: Narrativa e Memória como mediaçăo na construçăo dos territórios dos povos tradicionais

Item

Título
Território Poder e as múltiplas territorialidades nas terras indigenas e de pretos: Narrativa e Memória como mediaçăo na construçăo dos territórios dos povos tradicionais
lista de autores
MARIA ESTER FERREIRA DA SILVA
Resumo
Esta Tese apresenta uma discussăo sobre a emergęncia das territorialidades negras e indígenas como responsáveis por uma nova modalidade de estrutura fundiária que vem construindo novas oportunidades de acesso a terra através do discurso da identidade. Negros e indígenas baseados no artigo 68 ADCT (Ato das Disposiçőes Constitucional Transitória) vem se organizando através das narrativas étnicas e da memória coletiva na construçăo de um espaço de luta onde procuram a reconstruir antigos territórios ou recriarem novas condiçőes de sobrevivęncia através do uso da terra. O sentido histórico de se escrever uma geografia dos vencidos é o sentimento maior que perpassa esta pesquisa. Diversos foram os mecanismos utilizados para que índios e negros tivessem suas falas silenciadas. Pelas tramas urdidas na violęncia do processo colonizador índios e negros foram silenciados e hoje através da perspectiva da narrativa pautada na oralidade eles tęm a oportunidade de contar as suas geografias suas histórias as suas subjetividades que foram destruídas no arbítrio da hegemonia do colonizador. Ao problematizar os diferentes territórios que constituem hoje o território brasileiro mas precisamente na cidade de Palmeira dos Índios se faz necessário ŕ reflexăo sobre a geografia material objetivada no espaço terrestre bem como o discurso geográfico acerca de tais realidades utilizando-se para tanto dos pressupostos que a História nos oferece enquanto cięncia que se ocupa da rememoraçăo da retomada salvadora pela palavra de um passado que sem isso desapareceria no silęncio e no esquecimento como também da Geografia Histórica entendendo que os discursos geográficos variam por lugar variam por sociedade mas principalmente pela época em que foram gerados. Esta pesquisa se inscreve neste âmbito ela parte do pressuposto que os negros e índios tęm muito a contar sobre a geo-história da formaçăo do território brasileiro uma história e uma geografia que năo está escrita nos livros nem registrada nos meios de comunicaçăo de massa (rádio televisăo e cinema) e portanto desconhecida por grande parte da populaçăo. Essa nova Geografia baseada na memória testemunho onde tanto os sonhos năo realizados e as promessas năo cumpridas como também as insatisfaçőes do presente apontam como possibilidade metodológica essa re-escritura que se dá em camadas como um palimpsesto aberto a infinitas releituras e reinscrito. Nesse sentido a busca por outra geografia do território desafia a escrever as diferentes geografias colhidas nos relatos dos povos negros e indígenas que tiveram seus territórios sobrepostos no avanço das forças produtivas na organizaçăo do território brasileiro. Sobre essas geografias absurdas e negadas pela historiografia oficial emerge a importância da narrativa onde o cuidado com o lembrar seja para reconstruir um passado que nos escapa seja para resguardar alguma coisa da morte dentro da nossa frágil existęncia humana aponta as possibilidades de ler as histórias que a humanidade conta de si mesma como expressăo das diversas classes e dos diferentes tempos que se objetivam na realidade.
Abstract
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Palavras Chave
TERRITÓRIO – POVOS TRADICIONAIS – NARRATIVA
Key Words
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Tipo
DOUTORADO
Universidade
FUNDAÇĂO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
Data
2010
Páginas
196
Localização
UFS E NPGEO
uri
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Orientador
ALEXANDRINA LUZ CONCEIÇĂO
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
FUFSE
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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