Do latifúndio ao agronegócio: as novas territorialidades do capital no campo sergipano e as formas em que se reveste o domínio do “Senhor” e do “Escravo.

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Título
Do latifúndio ao agronegócio: as novas territorialidades do capital no campo sergipano e as formas em que se reveste o domínio do “Senhor” e do “Escravo.
lista de autores
SHIZIELE DE OLIVEIRA SHIMADA
Resumo
A financerizaçăo da economia foi viabilizada pelo desmonte do sistema fordista de produçăo e da desregulamentaçăo do Estado. Desregulamentaçăo que ocasionou a falęncia do Estado do Bem Estar Social e a flexibilizaçăo da produçăo e do mercado. A internacionalizaçăo do capital ampliou a participaçăo do capital via mercantilizaçăo de terras através do modelo de desenvolvimento econômico do agronegócio com o predomínio da monocultura em larga escala. Nesse sentido esta dissertaçăo tem como objetivo analisar o agronegócio da cana-de-açúcar a partir da realidade do espaço agrário sergipano propondo compreender do período colonial do latifúndio ao do agronegócio o que permanece e o que se altera com a nova reestruturaçăo produtiva năo só no que se refere ao sistema de produçăo como também a implementaçăo tecnológica a estrutura fundiária e principalmente as relaçőes de trabalho estabelecidas entre os usineiros e os cortadores de cana. Esta pesquisa está fundamentada no método histórico-dialético remetendo ao ir-e-vir da escala local/nacional/internacional. Para melhor entender a lógica desigual e combinada do capital é fundamental a análise do Estado presente em todo o processo histórico da economia canavieira seja em articulaçăo com a Metrópole Portuguesa na época colonial seja na atualidade através dos incentivos fiscais oferecidos aos pequenos produtores e principalmente aos grandes latifundiários para estabelecer o poder nas grandes empresas sucroalcooleira. Compreende-se assim que as novas configuraçőes territoriais geradas pela produçăo canavieira levam a um pensar reflexivo e contraditório estabelecido pela relaçăo capital-trabalho colocando em evidęncia as formas de travestimento do trabalho “escravo” precarizado estabelecido pela exploraçăo e expropriaçăo dos cortadores de cana que nas amarras do capital ficam subservientes ao poderio dos grandes latifundiários e do Estado. Desse modo tem-se o espaço agrário sergipano como local de reproduçăo do capital estabelecido pelo fortalecimento do agronegócio em que as novas territorialidades geradas pelo latifúndio e do agronegócio da cana-de-açúcar continuam a se estabelecer no domínio do Senhor ao Escravo.
Abstract
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Palavras Chave
AGRONEGÓCIO
TRABALHO PRECARIZADO
TERRITÓRIO
ESTADO
Key Words
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Tipo
MESTRADO
Universidade
FUNDAÇĂO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
Data
2010
Páginas
212
Localização
UFS E NPGEO
uri
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Orientador
ALEXANDRINA LUZ CONCEIÇĂO
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
FUFSE
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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