DO ISOLAMENTO REGIONAL Ŕ GLOBALIZAÇĂO: CONTRADIÇŐES SOBRE O DESENVOLVIMENTO DO EXTREMO SUL DA BAHIA

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Título
DO ISOLAMENTO REGIONAL Ŕ GLOBALIZAÇĂO: CONTRADIÇŐES SOBRE O DESENVOLVIMENTO DO EXTREMO SUL DA BAHIA
lista de autores
SEBASTIĂO PINHEIRO GONÇALVES DE CERQUEIRA NETO
Resumo
Esta pesquisa teve como objetivo principal oferecer uma contribuiçăo para se entender a trajetória geográfica do Extremo Sul da Bahia uma regiăo conhecida primordialmente por ser um referencial histórico para o Brasil tendo em vista ser ela um marco da chegada dos portugueses ao país. Passados mais de quinhentos anos a regiăo só recentemente conhece o crescimento econômico combinado com o aumento em sua demografia. Até o final da primeira metade da década de 1980 o Extremo Sul da Bahia năo passava de uma periferia pobre do estado da Bahia que tentou fazer da regiăo uma área produtora de cacau para abastecer o pólo de Itabuna-Ilhéus. Paralelamente a este modelo de administraçăo adotado pelos governos baianos a regiăo foi sendo reconfigurada pelo extrativismo vegetal e pela pecuária o que leva a regiăo a ter uma outra interpretaçăo no cenário brasileiro: o Extremo Sul da Bahia havia se tornado uma área de expansăo do Sudeste do país. Com uma posiçăo geográfica privilegiada o Extremo Sul da Bahia é considerado atualmente um pólo de desenvolvimento estadual e funciona como uma ponte que liga o Nordeste e o Sudeste. A regiăo possui uma dimensăo territorial maior que o estado de Sergipe e até mesmo supera a área de alguns países portanto pesquisá-la exigiu um grande esforço para compreender toda a sua diversidade produzida pela natureza e pela sociedade. Atualmente o Extremo Sul da Bahia é caracterizado econômica e ambientalmente pela produçăo de eucalipto no entanto há outras atividades que tęm grande relevância como o turismo a pecuária e os cultivos de café e cana-de-açúcar. Este último já está adquirindo proporçőes tais quais as das áreas de eucalipto. Juntos o eucalipto e a cana săo motivos de constantes questionamentos no que tange ao controle das suas áreas de plantio. E pelo que se observa os conflitos com movimentos sociais e organizaçőes năo governamentais devem continuar pois săo parte de uma dialética entre o desenvolvimento econômico e a conservaçăo do meio ambiente combinado com a produçăo de alimentos. Percebe-se que a regiăo cresce de maneira desigual onde aqueles municípios que possuem maior influęncia política e econômica concentram os maiores recursos públicos e privados levando uma preferęncia pelo localismo em detrimento da coletividade. Esta dinâmica mostra que năo é o fenômeno da globalizaçăo que fragmenta os lugares mas o comportamento tradicional do modo de se fazer política năo só na Bahia como no Brasil. O paradoxo é que mesmo havendo explicitamente uma opçăo pelo desenvolvimento local há também alguns discursos internos que propőem a formaçăo de uma outra Unidade Federal a partir do Extremo Sul da Bahia o que pode ser algum rebatimento da Crise do Federalismo na regiăo. Assim a regiăo é o reflexo dos velhos e novos problemas regionais que acontecem tanto no âmbito estadual quanto no federal.
Abstract
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Palavras Chave
EXTREMO SUL DA BAHIA
DESENV
REGIONAL E GLOBALIZAÇĂO
Key Words
\N
Tipo
DOUTORADO
Universidade
FUNDAÇĂO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
Data
2009
Páginas
339
Localização
BICEN
uri
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Orientador
SYLVIO CARLOS BANDEIRA DE MELLO E SILVA
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
FUFSE
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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