Mobilidade populacional na produçăo do espaço metropolitano regional: O caso de Fortaleza
Item
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Título
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Mobilidade populacional na produçăo do espaço metropolitano regional: O caso de Fortaleza
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lista de autores
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ANA MARIA MATOS ARAUJO
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Resumo
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A superpopulaçăo das metrópoles é um fato notório e desejado como um modo de viver urbano e moderno. As metrópoles oferecem as melhores condiçőes de vida em termos de emprego moradia comodidades de transportes de comunicaçăo de lazer e entretenimento de cultura e de expressăo política. Contraditoriamente as metrópoles săo um misto de opulęncia e miséria que se reproduz espacialmente. A acumulaçăo capitalista produz mobilidade do trabalho e da populaçăo ao mesmo tempo em que gera desigualdades sócio-territoriais. O cidadăo metropolitano notadamente os trabalhadores desempregados subempregados e por conta¬própria estăo sujeitos a constantes deslocamentos espaciais compulsórios ou voluntários produzindo espacialidades e territorialidades no sentido centra-periferia. As favelas e os condomínios fechados das classes altas săo modos de ocupaçăo atual da periferia metropolitana brasileira. Mas hoje a periferia năo está apenas na ocupaçăo física da metrópole ou da sua regiăo. Aumenta o hiato sociocultural entre as classes e assim tanto os bairros populares e as favelas podem ser lugares periféricos a dominaçăo capitalista sobre o espaço quanto tomarem-se vizinhos e centrais em termos de paisagem e de território requerendo (segundo a perspectiva capitalista dominante) uma reestruturaçăo espacial para mudança de usos e de valorizaçăo da área ou do bairro. Os trabalhadores metropolitanos mudaram suas estratégias clássicas de habitar. Além da autoconstruçăo e do loteamento irregular adotaram as invasőes de propriedades públicas e privadas de áreas de preservaçăo ambiental permanente apropriando-se de diversos lugares da metrópole como soluçăo para suas necessidades năo apenas de moradia mas de reproduçăo de sua força de trabalho. O imenso déficit habitacional produzido nas classes populares metropolitanas alimenta esse mercado popular de moradias que apesar de ser uma produçăo năo-capitalista faz parte do mercado imobiliário como um todo. Esta foi a discussăo que se fez nesta tese a partir do estudo de caso de nove favelas invadidas e ocupadas por trabalhadores na metrópole de Fortaleza e em 16 favelas de seis municípios periféricos da regiăo metropolitana totalizando 801 famílias entrevistadas. Foi pelo método da geografia crítica e seguindo as técnicas de observaçăo das estruturas sócio-espaciais auxiliada pela análise de indicadores sócio-demográficos e dos discursos dos habitantes junto com a interpretaçăo dos conflitos relativos aos deslocamentos compulsórios das famílias que se compreendeu a mobilidade populacional como um fenômeno contemporâneo básico de valorizaçăo capitalista do espaço associada ŕ valorizaçăo capitalista mais global. Confirmando portanto alguns pressupostos teóricos adotados inicialmente de que haveria uma relaçăo mais geral entre mobilidade da populaçăo espaço metropolitano e acumulaçăo capitalista.
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Abstract
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Palavras Chave
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MOBILIDADE POPULACIONAL
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ESPAÇO METROPOLITANO
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Key Words
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Tipo
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DOUTORADO
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Universidade
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FUNDAÇĂO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
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Data
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2007
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Páginas
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373
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Localização
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BICEN E NPGEO
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Orientador
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JOSÉ BORZACCHIELLO DA SILVA
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Programa
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GEOGRAFIA
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Sigla Universidade
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FUFSE
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Área de Concentração
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Língua
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Português
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email
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