CAMPONESES "ÓRFĂOS": FARINHEIROS DE RIBEIRÓPOLIS E SĂO DOMINGOS-SE (1975-2005)

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Título
CAMPONESES "ÓRFĂOS": FARINHEIROS DE RIBEIRÓPOLIS E SĂO DOMINGOS-SE (1975-2005)
lista de autores
GIVALDO SANTOS DE JESUS
Resumo
O estudo analisa a produçăo e a reproduçăo das unidades camponesas nos municípios de Ribeirópolis e Săo Domingos-SE integrado ao sistema geral do ciclo do capital produtor de mercadorias na trajetória 1975 - 2005. Nos dois municípios verifica-se uma alta concentraçăo fundiária decorrente da inserçăo do capital no campo e com uma economia voltada para o mercado externo tornando-se necessária ŕ ampliaçăo das pastagens para a criaçăo de gado atendendo aos interesses do capital. Todavia quanto mais o capitalismo avança paralelamente persiste a unidade produtiva camponesa que resiste com o uso da força de trabalho familiar cultivando a mandioca o milho e o feijăo além do pequeno criatório. A mandioca com o beneficiamento da farinha e a comercializaçăo do seu excedente tornou-se um dos elementos fundamentais da reproduçăo e resistęncia desse campesinato no campo. As unidades de produçăo possuem um baixo nível de modernizaçăo pois ainda predominam as técnicas tradicionais de produçăo com o uso de instrumentos de trabalho artesanal como a enxada e praguicidas para o combate ŕs formigas e pragas. Para efeito de análise o campesinato dos dois municípios foi dividido em camponeses “parciais” e camponeses “exclusivos”. Os parciais caracterizam por pouca terra e năo produz o suficiente para a sua reproduçăo necessitando complementar a renda familiar vendendo força de trabalho. Contudo os considerados exclusivos possuem área de terra suficiente para produzir e garantir a sua sobrevivęncia sem recorrer ao trabalho alugado. Entretanto a subordinaçăo do campesinato ao capital é ainda muito forte e a omissăo do Estado gera o que denominamos de camponeses “órfăos” das políticas públicas agregando uma série de problemas enfrentados pelo campesinato a exemplo da cadeia produtiva que é desarticulada nos dois municípios favorecendo a açăo dos intermediários na comercializaçăo da farinha de mandioca. Na verdade é na fase da circulaçăo que o capital subordina reproduzindo um sistema contraditório e se apropria do excedente do trabalho do campesinato onde de um lado subordina o trabalho do camponęs-farinheiro na circulaçăo e de outro resiste em que características como afeto ŕ terra uso exclusivo da força de trabalho familiar e domínio do trabalho necessário ainda persistem.
Abstract
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Palavras Chave
CAMPESINATO
SUBORDINAÇĂO
RESISTĘNCIA
ÓRFĂOS
MERCADO CAPITALI
Key Words
\N
Tipo
MESTRADO
Universidade
FUNDAÇĂO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
Data
2006
Páginas
153
Localização
BICEN E NPGEO
uri
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Orientador
JOSÉ ELOÍZIO DA COSTA
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
FUFSE
Área de Concentração
\N
Língua
Português
email
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