PRA NĂO FAZER DO CIDADĂO PACATO UM CIDADĂO REVOLTADO: MST E NOVAS TERRITORIALIDADES NA USINA SANTA CLARA

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Título
PRA NĂO FAZER DO CIDADĂO PACATO UM CIDADĂO REVOLTADO: MST E NOVAS TERRITORIALIDADES NA USINA SANTA CLARA
lista de autores
ERALDO DA SILVA RAMOS FILHO
Resumo
Esta pesquisa tem como objetivo central a intençăo de analisar o processo de desterritorializaçăo da Usina Santa Clara a territorializaçăo do MST expressa na ocupaçăo destas terras identificando os elementos que interferem na construçăo de novas territorialidades na área. A Usina Santa Clara situada em Capela-SE lócus da hegemonia açucareira sergipana há décadas teve seu processo de desterritorializaçăo iniciado com a paralisaçăo das suas atividades produtivas em março de 1991 e continuada com a realizaçăo das primeiras vistorias por parte do INCRA atestando a improdutividade da área e a viabilidade agrícola para assentamento de 220 famílias de trabalhadores rurais. Diante disso os trabalhadores rurais ou năo de Capela e de municípios circunvizinhos mediante mobilizaçăo realizada pelo MST e o líder religioso católico do município de Japaratuba passam a refletir sobre suas condiçőes de miséria e subordinaçăo. Culminando assim numa decisăo coletiva de ocupaçăo das terras da referida Usina em 28 de novembro de 1995 por um conjunto de 800 famílias de ex-funcionários daquela empresa trabalhadores rurais sem-terra pequenos parceiros trabalhadores urbanos domésticos ou do setor informal. Frente ŕ instalaçăo do conflito o latifundiário utiliza-se da violęncia explícita utilizando seus jagunços para reprimir os trabalhadores chegando inclusive a assassinar um destes. E da violęncia branca ao judiciarizar a questăo agrária. Em junho de 1996 a fazenda é desapropriada por decreto federal mas o INCRA năo é imitido na posse do imóvel em funçăo dos processos judiciários que impedem há 6 anos a imissăo de posse em favor daquele órgăo. Todavia os trabalhadores resistem na terra lutando pela realizaçăo da reforma agrária na área. Este período foi necessário para a territorializaçăo dos trabalhadores mediante a construçăo de tręs acampamentos no imóvel: Acampamento Santa Clara Acampamento Analício Barros e Acampamento Junco. Diante da peculiaridade de ser o acampamento mais antigo do estado de Sergipe o longo tempo decorrido e as relaçőes sócio-territoriais desenvolvidas nas terras em litígio tem permitido a (re)criaçăo de novas e distintas territorialidades dos acampados. Estas explicitam-se nos novos usos dados a terra (terra de trabalho em busca da subsistęncia familiar) nas distintas relaçőes políticas internas nas diferentes formas de organizaçăo para a produçăo assim como nos elementos simbólicos que preservam a partir do contato com a terra.
Abstract
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Palavras Chave
TERRA
PODER
CONFLITO
ACAMPAMENTO
TERRITÓRIO
Key Words
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Tipo
MESTRADO
Universidade
FUNDAÇĂO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
Data
2002
Páginas
163
Localização
NPGEO/UFS
uri
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Orientador
MARIA GERALDA DE ALMEIDA
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
FUFSE
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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